sábado, 22 de outubro de 2011

Transformers 3 - O Lado Oculto da Lua

Shia LaBeouf encara mais aventuras com máquinas
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Foi um grande sucesso nos cinemas e deve repetir o feito nas locadoras (até quando existirem locadoras) essa terceira aventura da série de máquinas dirigida por Michael Bay. O segundo episódio causou críticas intensas ao diretor, que parece ter se preocupado demais com a adrenalina e esquecido de um mínimo de neurõnios. Até mesmo Megan Fox dançou e parece não ter feito falta.
Neste nova história, Bay tenta dar um pouco mais de consistência à história, apesar de palavras ou emoções são serem muito a sua praia. Por horas a gente fica meio atordoado com a overdose de imagens em alta velocidade, que de fato não dão muito tempo para pensar.
Shia LaBeouf, queridinho de Spielberg que parece ter cansado o público, está novamente à frente da aventura. O roteiro é confuso, sim. Tudo é centrado na disputa entre as máquinas do bem e do mal. você até curte, mas terminado o filme, não lembra muito bem qual era o enredo. E faz diferença? (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Assassino a preço fixo

Ben Foster e Jason Statham: parceria inusitada
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Quem gosta de filmes mais "cabeça", como eu, às vezes tem a tendência de repetir o conceito (na verdade, preconceito) de que filme de ação "é tudo igual". Perseguição, porrada, um fiapo de história e o mocinho vencendo os bandidos no final. Pode ser que a receita seja sempre a mesma, mas os ingredientes podem ser melhorados, e o modo de fazer também.
É o que acontece com os filmes estrelados por Jason Statham, o ator inglês bonitão e sempre carrancudo. Ele alia a pose de brucutu com um algo a mais. É o que acontece nessa história. Ele vive Arthur Bishop, chamado de "mecânico", gíria para designar matador de aluguel. Tudo complica quando é contratado para eliminar Harru (Donald Sutherland), seu mentor.
Ele vira o jogo e também é obrigado a conviver com Steve (Ben Foster), filho esquentado de seu ex-chefe. A convivência forçada entre os dois rende boas cenas, e Foster também é um ator bastante interessante. Garante a diversão. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um Homem de Caridade

Giulio Scarpati (ao centro) vive um padre abnegado
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Demorou um tempo para chegar às locadoras brasileiras esse drama feito para a televisão italiana. É baseado numa história real, a do padre Don Luigi di Liegro, que seria um sacerdote que fez "opção preferencial pelos pobres", como dizia a Igreja Católica antigamente. Por isso mesmo, ele acumulou tanto admiradores quanto inimigo por conta de seu jeito combativo.
Interpretado com intensidade pelo ator Giulio Scarpati, Don Luigi é daqueles que não evita um confronto para defender os mais necessitados. Uma de suas ações mais famosas aconteceu no Pantanella, prédio de Roma onde imigrantes ilegais, a maioria da África ou do Leste Europeu, viviam em condições subumanas. O religioso não teve medo de encarar a polícia armada.
A partir desse confronto, começa a narrativa que é centrada na opção de Don Luigi pela defesa dos pobres e o em que isso modificou sua vida. É interessante conhecer a história real de um tipo de religoso que anda em desuso nos últimos anos. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Última Estação

Christopher Plummer e Helen Mirren: os gênios também amam
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Não se trata daquelas adaptações fantasiosas que procuram mostrar o lado romanceado (ou escandaloso, o que é mais comum) de grandes personalidades. O drama A Última Estação fala sobre um gênio literário, o russo Leon Tolstoi, mostra seu jeito controverso, os dilemas que enfrentava e as inevitáveis confusões sentimentais e amorosas. Mas tudo com classe.
Quem vive o escritor, retratado já na velhice, é Christopher Plummer, que pelo papel foi candidato ao Oscar pela primeira vez. Sua mulher, a temperamental Sofia Andreyevna, é interpretada com intensidade pela ótima Helen Mirren, que foi novamente candidata ao prêmio da Academia após vencer por A Rainha.
O roteiro traz outras duas pessas importantes na vida de Tolstoi: seu melhor amigo Chertkov (Paul Giamatti) e o jovem Valentim Bulgakov (James McAvoy), secretário dele. Todos eles se embatem, nos últimos dias do gênio, com uma questão fundamental: o apoio de Tolstoi à comuna, sua negação à propriedade privada, e ao mesmo tempo o que fazer com sua fazenda, que a esposa tenta preservar a qualquer custo. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Inversão

Marisol Ribeiro é uma delegada estressada
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Inversão, mesmo com o nome que desperta curiosidade, foi um grande fracasso nas bilheterias do Brasil e nem mesmo no mercado de DVD se sustentou. Mas não é um produto de todo desprezível, só parece ser mesmo equivocado em suas intenções. O diretor, Edu Felistoque, tenta fazer algo com pegada de denúncia política, mas frequentemente soa aborrecido.
É o típico caso de boas intenções que não resultam em bom resultado. Tudo está ligado a corrupção policial, violência entre gangues, mas esses assuntos já deram mostras de estar bastante saturados para o público brasileiro.
A história fala sobre o sequestro de um empresário por um bando bastante perigoso. Porém, o desenrolar da trama dá errado e eles ficam perdidos numa selva. Curioso que os dois lados são liderados por mulheres. Gisele Itié, artificial como a peruca loira que usa, é a bandida chefe. Marisol Ribeiro, que está com destaque em Família Vende Tudo, é a delegada que investiga o caso. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Suspeito Mora ao Lado

Scott Speedman, Emily Hampshire e Jay Baruchel em cena
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É um suspense que faz a gente refletir a respeito de duas questões, aparentemente simples demais. Só que, basta a gente esquecer desses ditados, coisas estranhas acontecem. A primeira é que morar em prédio exige mais diplomacia (e sangue frio) do que diplomata da Organização das Nações Unidas. A segunda é que, quanto maior a cara de cordeiro, pior é o lobo.
Isso faz com que se acompanhe melhor um filme que não tem muitas pretensões. E que pode passar em branco nas locadoras. A história se passa num pequeno prédio de apartamentos da gelada cidade canadense de Montreal.
É lá que moram Spencer (Scott Speedman) e Louise (Emily Hampshire). Ele quase não sai de casa, pois está numa cadeira de rodas. Já a vizinha é solitária, louca pelo seu gato (um felino, não um rapaz), mas começa a pintar uma atração entre ela e o novo morador, Victor (Jay Baruchel). Aí é que coisas muito estranhas começam a acontecer no condomínio. (Ronaldo Victoria)

sábado, 15 de outubro de 2011

Identidade Paranormal

Jonathan Rys Meyers e Julianne Moore: farsa desmascarada
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Juliane Moore é a atriz preferida da turma cinematográfica descolada, por suas interpretações marcantes em obras como Magnólia, As Horas e Ensaio Sobre a Cegueira, este rodado no Brasil. Curioso é que ela busca alternar filmes cult com outros comerciais e às vezes erra feio, como nos péssimos Evolução, O Tigrão e O Vidente, este último com Nicolas Cage.
Esse suspense fica no meio-termo. Não chega a ser filme de arte, mas nem pode ser considerado algo descartável. Ao contrário, pelo que se propõe, que é manter o público interessado em uma boa história, cumpre perfeitamente seu objetivo.
Julianne vive Cara, uma psicóloga que tem como missão profissional descartar a ideia de síndrome de múltipla personalidade. Ou seja, ela sempre acredita que há um componente de interpretação, de farsa, em pacientes que se portam de maneira múltipla. Até que aparece em seu caminho Adam (Jonathan Rys Meyers, da série Tudor), que será um osso duro de roer. Pra dizer o mínimo. (Ronaldo Victoria)

O Padre

Paul Bettany sobrevive em um mundo desolado
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Você conhece algum filme ambientado no futuro que retrata a Terra como um local que se tornou uma espécie de paraíso, com verde em abundância, pessoas felizes e sem poluição? Se conhece, me indica porque sinceramente eu não me lembro de nenhum. Ao contrário, existem milhares que mostram o planeta como um local ermo e sem condições de ser habitado, onde impera a violância.
Tanto que isso já virou até clichê. Pessimismo ou vontade de alertar as pessoas para o que estamos fazendo. Fico mais com a falta de imaginação. É o que acontece com essa ficção científica que retrata o resultado de uma guerra entre humanos e vampiros que durou séculos.
Como resultado, um padre guerreiro, interpretrado por Paul Bettany, foi forçado a viver escondido entre os mortais comuns em uma cidade totalmente controlada pela Igreja. Mas ele busca também encontrar a sua família. Se você embarcar no clima, vai se divertir. Senão... (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Colega de Quarto

Leighton Meester vive a inquilina maluca
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O bom de já ter uma certa "bagagem" cinematográfica (ou uma certa idade, diriam os inimigos) é que a gente consegue identificar qual é a "matriz" de certos filmes. No caso, esse suspense, anunciado como novo, é na verdade uma cópia descarada de um sucesso dos anos 90, Mulher Solteira Procura, estrelado pelas então gatinhas Bridget Fonda e Jennifer Jason Leigh.
O que aconteceu foi apenas uma modernização. Antes a trama era ambientada num prédio de Nova York, agora acontece no campus de uma universidade. Tudo começa quando a caloura Sara (Minka Kelly) chega à faculdade, começa um namoro com Stephen (Cam Gigandet) e de cara se simpatiza com sua colega de quarto, Rebecca (Leighton Meester).
Como em todos os roteiros de suspense, Rebecca parece um anjo de criatura à primeira vista, mas começa pouco a pouco a dar sinais de insanidade, que vão aumentando com o tempo. A explicação não convence muito e nem chega a assustar. Melhor conhecer o "original". (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Matador em Perigo

Emily Blunt, Rupert Grint e Bill Nighy: trio de morte
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Você certamente já ouviur falar que os ingleses são os grandes mestres das comédias de humor negro. Pois então, se você assistir Matador em Perigo, certamente vai concordar com a frase e dizer que eles conseguem se manter no equilíbrio delicado entre o engraçado e o mau gosto. E sempre privilegiando o primeiro. O que não é nada fácil, nesses tempos em que o humor parece ter perdido os parâmetros.
A história, apesar de ser centrada num matador de aluguel, o mostra como uma pessoa humana e cheia de qualidades. Por que não? Acontece que Victor (Bill Nighy) foi criado para suceder o pai no ofício. A mãe, hoje num asilo, o incentiva na tarefa e não quer que Victor "amoleça". Tanto que na infância ele tinha em cima do berço um móbile com figuras de revólveres.
Até que acontece um "drama" na vida dele, algo que ele nunca quis: se apaixona, e justamente pela garota que deveria matar. Ela é vivida por Emily Blunt, atriz tão bonita quanto talentosa e que dá um banho. Há ainda um aprendiz vivido com charme por Rupert Grint, que nos faz esquecer o Ronnie de Harry Potter. Descubra. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Céu não Pode Esperar

Rob Schneider é executivo estressado
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O que você espera de uma comédia com Rob Schneider, o ator que já estrelou "coisas" como O Animal e Garota Veneno? Ora, uma produção que flerta descaradamente com a baixaria, com um humor bem parecido com aquele da galera do fundão, certo? Pois essa ofereceu algo diferente. E acabou se tornando um dos grandes fracassos do humorista.
A análise apressada pode colocar a culpa no público, que estaria acostumado com esse tipo de humor e não assimilou a nova ideia. Calma, nada a ver. O fato é que o filme não tem a menor graça. Ou seja, colocaram a sutileza, mas se esqueceram de chamar a comicidade. Aí não tem jeito.
Schneider interpreta um executivo estresssado, abandonado pela esposa, que pensa até em suicídio. Ele tem também uma mãe megera e um irmão que se diz budista mas só quer prejudicá-lo. Até que um dia, não se sabe bem o motivo, aparecem representantes de uma tribo da América Latina que dizem ser ele o enviado, a reencarnação. Pior: a brincadeira com eles resulta preconceituosa. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eldorado

Shane West investiga mistérios na América do Sul
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O subtítulo desta aventura é Em Busca da Cidade de Ouro. O mote do roteiro, claro, é falar sobre a cidade mitológica que estaria localizada numa região da América do Sul e que teria as ruas cobertas de ouro. Até hoje também se fala que a maioria dos imigrantes está em busca de um Eldorado que não existe. Também se diz que, depois de Spielberg com Indiana Jones, toda produção que veio depois ficou com cara de produto de segunda linha.
É o que acontece aqui, com um orçamento modesto e efeitos especiais um pouco toscos. Para quem quer só diversão, porém, isso não chega a incomodar. Shane West vive o arqueólogo Jack Wilder, que embarca numa aventura para encontrar o local lendário.
Só que, quando é descoberto, passa a ser perseguido tanto por um mercenário misterioso quanto pelo exército. Ele precisa atravessar a cordilheira dos Andes, passar por tribos nativas da Amazônia e decifrar inscrições antigas. Diversão ligeira. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Garota da Capa Vermelha

Amanda Seyfried é a nova Chapeuzinho Vermelho
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É uma nova versão da clássica história da Chapeuzinho Vermelho, modernizada e procurando explicar as origens da personagem. A produção é de primeira linha, com belíssimos cenários, efeitos especiais também convincentes, mas o problema maior parece ter sido esse lado híbrido, essa mistura de filme infantil com adulto. Tanto que no Brasil optou-se por um título mais genérico.
A heroína da história é Valerie (Amanda Seyfried, revelação das comédias românticas), bela garota ligada a dois homens. Ela é apaixonada por Peter (Shiloh Fernandez), um melancólico forasteiro, mas seus pais a prometem em casamento a Henry (Max Irons), um milionário.
Tudo se complica ainda mais quando Valerie e Peter tentam fugir para ficar juntos, mas descobrem que a irmã da moça foi vítima de um lobisomem que percorre a floresta vizinha. Aí o lobo entra em cena, com interpretação de Gary Oldman. Divertido, nada mais. (Ronaldo Victoria)

domingo, 9 de outubro de 2011

Cativeiro

Rachel Blanchard enfrenta perigos
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O primeiro chamariz desse suspense para um público informado é a foto na capa dos atores Anna Paquin e Stephen Moyer, a dupla (casada na vida real) da série True Blood. Primeiro engano, já que eles desempenham papéis totalmente coadjuvantes. A presença dos dois no elenco só pode se explicar por uma questão de afinidade parental, já que o diretor, Andrew Paquin, é irmão de Anna.
A segunda expectativa a ir por água abaixo é a possibilidade de ser um filme de suspense com classe, com história bem contada, que mostre mentes perturbadas sem clichê. Nada disso. O roteiro cai numa "sangria desatada", como dizia minha avó, e os malucos matam sem a menor razão.
Tudo começa quando um casal resolve se separar, e o divórcio entra em litígio. Existe uma grande casa que a esposa , Alice (Rachel Blanchard), propõe vender para dividir entre eles o total e seguirem em frente. Porém, aparece como provável comprador uma dupla de irmãos psicopatas. Aí o caldo (de  senague) entorna. A atriz que faz a maluca, Tricia Helfer, é tão canastrona que provoca risos. Fuja. (Ronaldo Victoria)

sábado, 8 de outubro de 2011

Homens e Deuses

Monges enfrentam os males do mundo
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Esse belo drama foi o representante da França, finalista ao Oscar de melhor filme estrangeiro, prêmio vencido pelo dinamarquês Um Mundo Melhor. Mas também merecia, pois consegue abordar um tema espinhoso, e altamente polêmico, sem fazer apologia. Mantém-se o tempo todo num fio da navalha, sem cair para nenhum lado, o que seria mais fácil.
Porém, é uma narrativa adulta, que por não buscar o escândalo, acaba resultando sóbria demais. Claro que isso é um elogio, mas pode afugentar uma parcela do público que certamente o irá considerar parado demais. A história real fala sobre os monges trapistas que mantém um mosteiro na Argélia justamente quando explode uma guerra civil.
O chefe deles, por coincidência chamado de Christian, é vivido com intensidade por Lambert Wilson, impede a entrada de armas no convento, o que para muitos pode ser considerada uma escolha pelo suicídio. Mas Christian não permite vendilhões no templo, e é disso que fala o drama: de manter a fé em tempos de guerra. O final deixa um travo amargo na boca. Belo e intenso. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Deixe-me Entrar

Chloe Moretz e Kodi Smith-Mc Phee: união entre excluídos
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A mania dos americanos fazerem versões de sucessos cinematográficos de outros países incluiu duas produções que tiveram origem na Suécia: esse terror e o policial Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Deixando de lado o fato de que eles não gostam de ler legendas, não se pode reclamar deste não, pois o resultado é belíssimo. Vamos esperar a outra versão, que deve estrear em janeiro.
Deixe-me Entrar fala de vmapirismo, tema que está mais do que na moda. Mas este não é seu mote principal. Ele analisa mesmo, e com muita sensibilidade, a questão dos excluídos, gente diferente, que não se acerta, que sofre bullying, que se angustia...
Pessoas como o adolescente Owen (Kodi Smith-Mc Phee), que vive sozinho e é perseguido de forma cruel pelos valentões da escola numa cidade do Novo México. Mas um dia muda-se para a casa vizinha a garota Abby (Chloe Moretz, de Kick Ass), que é uma vampira. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Revolução em Dagenham

As trabalhadoras lutam pelos direitos femininos
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Talvez você nunca tenha ouvido falar no nome de Nigel Cole. Mas é legal saber que esse diretor inglês tem um especial para construir comédias com aquele toque britânico, receita em que a pieguice nunca tem vez e substituída por um acurado senso de observação da realidade. Foi assim em Garotas do Calendário, sobre as senhoras que posam nuas para ajudar a causa do câncer, ou O Barato de Grace, a respeito da tiazinha que não se importa em vender maconha para ganhar a vida.
Aqui há um interesse adicional, já que tudo é baseado num fato real e que abalou (para melhor) as estruturas trabalhistas da Inglaterra. Dagenham do título é um bairro operário de Londres onde ficam boa parte das fábricas de tecido.
É lá que as operárias, aproveitando a greve de 1968, resolvem parar também e chamar a atenção para o fato de que o setor de costura, comandado por elas, recebe muito menos que os homens. Rita (Sally Hawkins) é que assume a liderança por acaso. O resultado é brilhante. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rango

Camaleão nervoso vira herói do Oeste
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Este é um desenho animado diferente, por vários motivos. Começa que não apenas a concepção, mas toda a história, devem ser mais curtidos pelo público adulto e não infantil. As crianças menores, então, podem até ficar meio assustadas com o jeito do personagem principal e a forma como é contada a história, em ritmo frenético.
Além disso, o jeito "fofinho" de ser, característico das produções da Disney, não dão as caras por aqui. O personagem principal, um camaleão sempre à beira de um ataque de nervos, lembra até o capitão Jack Sparrow. E não é por acaso, já que quem o dubla na versão original é Johnny Depp, o astro de Piratas do Caribe.
O diretor é Gore Verbinski, que ficou atrás das câmeras nos três primeiros episódio da franquia milionária. Ele imprime à produção um tom bastante interessante. Rango, o camaleão, que só queria sobreviver, descobre como é duro bancar o herói. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Trabalho Interno

Reunião de cúpula econômica: crise anunciada
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Foi o documentário vencedor do Oscar deste ano, derrotando Lixo Extraordinário, que teve alguma torcida no Brasil, mas o fato é que mereceu. É uma produção corajosa, que investiga as causas secretas da grande crise econômica gerada nos Estados Unidos e que teve repercussão em todo o mundo. O diretor Charles Ferguson mostra que muita gente acabou ganhando com o caso.
O que Ferguson, que em alguns momentos se revela exagerado como Michael Moore, é que lobistas e estrategistas financeitos sabiam muito bem que a "bolha" da especulação imobiliária iria de fato estourar, mas pouco se preocuparam.
Ele centra fogo nas entrevistas, mas por vezes o tema, para quem não é especializado ou tem uma informação acima da média, acaba resultando espinhoso, com alguma tendência à dispersão. Mesmo assim, é interessante. Detalhe é a entrevista de Dominique Kahn-Strauss, todo poderoso do Fundo Monetário Internacional, antes do escândalo com a camareira de Nova York. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dente Canino

Trama é ambientada numa casa fechada
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Esse com certeza é um filme diferente de todos os que você já viu. Foi eleito o melhor na Quizena de Realizadores, uma espécie de mostra paralela, do Festival de Cannes do ano passado. Mas pode chocar os espectadores mais sensíveis. Tudo porque o diretor, o grego Yorgos Lanthimos, opta pelo sadismo, pelo desconforto. E isso chega a cansar.
A história, uma espécie de fábula ao contrário sobre a "inocência perdida", mostra um homem que quer deixar a sua família isenta de todos os estímulos ou tentações do mundo moderno. A esposa e os três filhos adolescentes são encarcerados numa casa e nada sabem do que acontece no mundo real.
Toda relação é resolvida entre eles, a ponto de acontecer um incesto, mesmo sem que os filhos, um rapaz e duas moças, saibam o que estão fazendo. A secretária do pai é autorizada a ensinar sexo para o rapaz, mas se apaixona pela filha mais velha. Os jovens matam um gato, por não saberem que bicho é esse, e atiram pedras na direção dos aviões, tentando abater o "pássaro". A cena do dente incomoda, assim como todo o filme, que, claro, é para públicos restritos. (Ronaldo Victoria)

domingo, 2 de outubro de 2011

A Lista

Cuba Gooding Jr. e Cole Hauser: brincadeira mortal
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Nos últimos tempos, a imagem de Cuba Gooding Jr. já indica que se trata de um filme no estilo aventura policial, com uma boa dose de ação. Desses com tiros, perseguições, e uma história rala para dar a liga. Algo meio tosco, diriam os sofisticados. Mas o ator parece não estar nem aí para críticas. E nesta aventura se uniu a Cole Hauser, bonitão que ficou marcado como o vilão de Velozes e Furiosos.
A diferença é que desta vez o ponto de partida, e tem até um toque de humor, ainda que negro. Tudo acontece quando o empresário Alan Campbell (Hauser), que está deprimido, encontra um estranho que começa a puxar papo com ele. Jonas Arbor (Cuba) diz ser matador profissional e se oferece para eliminar cinco alvos para o empresário.
Campbell estranha, mas como acha que é uma pegadinha, resolve entrar na "brincadeira" e diz para o cara quais são as cinco pessoas pessoas que gostaria de ver mortas. Aí que está: será que todo mundo tem essa listinha de inimigos? O fato é que as pessoas começam a ser assassinadas e todas as pistas levam a incriminar Campbell. O que está por trás disso? (Ronaldo Victoria)

sábado, 1 de outubro de 2011

13 Desafios

Krissada Terrence encara uma maratona
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O cinema tailandês é uma raridade no circuito comercial brasileiro e, quando aparece algum, como esse, já foi lançado no país de origem há algum tempo. E se aparece é por que tem um componente parecido com a nossa cultura, ou seja, é pop oriental. Fala de tramas que também poderiam acontecer aqui. Alguns diriam que é trash, mas esse rótulo é redutor.
O herói da história é Pusit (Krissada Terrence), que de repente vê a vida entrar num inferno astral. A namorada lhe dá um chute, suas dívidas aumentam e um colega de trabalho venenoso rouba um cliente. Para complicar, a Yamaha, empresa onde trabalha, resolve implantar um sistema de vendas online e ele perde o emprego.
Desesperado, recebe um telefonema e um convite para participar de um jogo. Ele deve enfrentar os tais 13 desafios do título. Se ganhar, recebe 100 milhões de baths (a moeda tailandesa, e não m perguntem quando vale em reais). Começa então o reality show. É divertido e não faz muito sentido. Por isso, pode fazer sucesso com o público adolescente. (Ronaldo Victoria)