sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Investigação Perigosa

Paddy Consindine (à frente) encara a corrupção policial
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Filmes a respeito de corrupção policial geralmente despertam interesse, e por uma razão muito simples: veracidade. É que infelizmente, a gente vê notícias a respeito do assunto na vida real, então não fica difícil acreditar no tema. Esta produção é baseada num livro do escritor David Pearce, que na verdade escreveu uma trilogia sobre o tema. Este é o segundo capítulo.
O título original é in The Year of The Lord 1980, ou seja, no Ano do Senhor de 1980, tempo em que transcorre a história. O personagem principal é o investigador Peter Hunter (Paddy Considine, ator que sempre tem uma expressão séria).
Ele logo percebe que da onda de crimes que investiga, todos têm um ponto em comum: o departamento de polícia da cidade está envolvido. O pior de tudo é que ele percebe que será a próxima vítima dessa conspiração se continuar desvendando a armação. Não é nada especial, mas prende a atenção. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Tesouro Perdido

Bryce Dallas Howard e Chris Evans: atração pergiosa
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Este drama é baseado numa peça de Tennessee Williams, autor de enorme sucesso nos anos 60 (Um Bonde Chamado Desejo, Gata em Teto de Zinco Quente), mas que hoje parece datado demais. Ele deve ter ficado conectado a essa época, em que os desejos costumavam ficar reprimidos. Principalmente para um homossexual como ele, que tinha de ficar à sombra.
Por isso, os textos de Williams mostram mulheres sensuais que seriam uma projeção dele mesmo. E quase sempre há a atração entre a grã-fina que tem um tufão sob as saias e um grosseirão que exala testosterona. Aqui é formada por Bryce Dallas Howard (de A Vila) e Chris Evans, o Capitão América.
Ela é Fisher, filha de um rico fazendeiro que retorna após estudos na Europa. E logo fica de olho em Jimmy, um belo funcionário de seu pai. Só que, para ter a permissão da família, vai aprensentá-lo como rico e para isso precisa dar "um verniz cultural" ao rapaz. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Regresso do Além

Simon Baker revisita seu passado
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Apresentar um "final supresa" ultimamente tem sido requisito especial para os filmes de suspense. Vem de longe a tradição, mas ficou ainda mais forte com O Sexto Sentido, há mais de 10 anos. O problema é que, com o público ficando mais acostumado, e "espertinho", com esse tipo de trama, esse efeito vem ficando difícil de dar certo.
É isso que tanta o suspense Regresso do Além, que investiga a vida de um cara que parece estar com tudo certinho. Ele é Jack Bishop (Simon Baker). Ele vive o sonho de todo homem, casado com uma bela mulher, Amaya (a espanhola Paz Vega). O casal mora numa cidade na fronteira dos Estados Unidos com o México, país onde ficam as origens da moça.
Mas tudo se complica quando a filha do casal, Toby, é sequestrada. Aí Jack descobre que tem retornar às origens e se apegar de novo a sua religião. O desfecho pode lhe supreender ou não, depende de saber decifar os sinais ao longo do roteiro. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Combate

Cole Carson interpreta o soldado
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Será que todo jovem americano, mais cedo ou mais tarde, tem de encarar uma farda e defender o país? Será que esse instinto guerreiro está sendo colocado com frequência cada vez maior na cabeça desses rapazes, e do país todo? Por que os americanos não ficam muito tempo em paz? E por que, ao contrário de nós, brasileiros, cultivam um patriotismo que chega a ser chato?
Afinal, eles têm um orgulho danado dos "nossos rapazes" que estão na linha de tiro. São perguntas que vêm à cabeça ao ver esse drama de guerra (claro) cujo título original é Everyman's War, ou seja., Todos os Homens da Guerra. O filme não tem a pretensão de responder a tudo isso, mas conta como uma participação num conflito muda uma vida.
O personagem principal é Don Smith (Cole Carson), que em 1942, aos 1942, vai lutar na Segunda Guerra Mundial. Ele larga tudo o que tem, e durante três anos só o que o segura são as memórias do que deixou para trás. Não é original, mas sincero. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Flashes de uma Psicose

Brittany Murphy interpretou escritora em crise
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A expressão "o último filme de Brittany Murphy" foi colocada na capa de alguns DVDs durante o ano passado, logo após a morte precoce da atriz, em dezembro de 2009. O que se chegou à conclusão é que o derradeiro mesmo foi Busca Alucinanete e não esse. O que não faz diferença já que ambos mostram infelizmente a fase decadente em que ela estava.
A morte de Brittany foi explorada até depois, quando seu marido também morreu em circunstâncias misteriosas. Uma pena, já que ela despontou como promessa. Aqui ela interpretou Alice, uma escritora de livros de mistérios que entra em crise criativa após um doloroso rompimento amoroso.
Contra todos os conselhos, Alice decide se isolar para tentar encontrar a inspiração perdida. Vai para um casarão, onde sons esquisitos começam a atormentar a sua mente. É nesse clima que a história se desenvolve, e transmite uma sensação ainda mais pesada quando a gente lembra o que aconteceu com a estrela. O resultado é bem baixo-astral. (Ronaldo Victoria)

domingo, 25 de setembro de 2011

Espelhos do Medo 2

Nick Stahl é o vigia atormentado
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É uma curiosa forma de continuação. Na verdade nem é. O número 2 colocado no título acaba sendo falso, já que não retoma o ponto de partida do suspense estrelado por Keifer Sutherland e que fez um sucesso razoável há alguns anos. É como se fosse uma nova versão, uma espécie de genérico. Parece oportunista? Parece mesmo.
A história original falava sobre um homem contratado para ser vigia noturno de uma grande loja. Não demora para ele ter de encarar fantasmas que aparecem no local, onde teria havido uma demolição em que se profanou lugares que não deveriam ser incomodados.
O clima é exatamente o mesmo, só que desta vez quem encara o vigia é Nick Stahl, ator que já teve destaque, em O Exterminador do Futuro 2 por exemplo, mas hoje atua em produções mais modestas. Ele perdeu a noiva num acidente de carro, se culpa por isso, e começa a achar que está passando por alucinações ao ver sempre o mesmo rosto de mulher refletido nos espelhos. (Ronaldo Victoria)

sábado, 24 de setembro de 2011

Atirando para Matar

Ernest Borgnine (ao centro) interpreta o chefão
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Será que o western (ou o velho e bom bangue bangue, como a gente se acostumou a chamar) é um gênero que realmente não tem retorno. Vez por outra, o estilo volta a ser revisitado, como no recente Cowboys & Aliens, que foi uma surpresa negativa no Brasil, onde não funcionou. Já essa produção é bem mais modesta e mostra que o espírito original do western, ah esse sim, não volta.
Quem é fã do gênero (da velha guarda), sabe que havia antes, nos filmes de John Ford ou nos western spaghetti do italiano Sergio Leone, um história que falava sobre honra, busca pela verdade, que não se repete. É o que acontece aqui, com um título original (Aces 'n' Eights, ou seja, ases e oitos), que mostra que viver naquele tempo era como um jogo de pô quer.
O lendário Ernest Borgnine vive um dono de terras que deseja mantê-las a qualquer custo, mas aparece um rico dono de ferrovia que deseja expandir uma linha e passar pelo lugar. Acaba sendo uma metáfora entre o velho e o novo. Mas o resultado é regular. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Força Oculta

Michael Dorman vive o estudante curioso
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Aficionados do gênero terror costumam ter um jeito diferente de analisar seus filmes preferidos. São geralmente adolescentes, público-alvo desse tipo de produção, e eles tem categorias novas, expostas em seus fóruns de discussões na internet, como o fato de as mortes serem "legais". Alguns preferem a expressão "divertidas".
É sem dúvida um jeito diferente de analisar filmes e é um pouco assim que deve ser visto Força Oculta. Se a gente for mal humorado, claro que dirá que é uma porcaria. Se procurar ver com outros olhos, até se diverte. A história fala sobre o estudante Ben (Michael Dorman), que herda uma máquina antiga e resolve mostrar a coisa para seus amigos.
É algo parecido com aquela tábua ouija, ou a velha brincadeira do copo que se comunica com os mortos. O problema é que a máquina se revela possuída e logo começa uma sucessão de mortes, que inclui mãos amputadas e bocas rasgadas de orelha a orelha. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Mistério da Rua 7

Hayden Christensen passeia na cidade vazia
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O maior problema dos filmes de terror e ficção científica creio estar no roteiro. Não deve ser fácil inventar a cada vez histórias convincentes que deixem o público assustado e ao mesmo tempo façam sentido. Sim, porque o fã de terror pode até levar uns bons sustos durante a exibição, mas depois se reúne e fica achando defeito, igual torcedor analisando seu time.
Por isso esse filme não fez tanto sucesso assim, pois a explicação parece meio chocha. O diretor Brad Anderson é bom, fez o ótimo O Operário, onde Christian Bale ficou praticamente um esqueleto, mas aqui parece dirigir no piloto automático.
A história fala sobre o desaparecimento quase total dos habitantes de uma grande cidade, no caso Los Angeles. Entre os que resistem estão um projetor de sala de cinema (John Leguizamo), uma médica (Thandie Newton) e um ator (Hayden Christensen). Eles precisam se unir para sobreviver. O resultado é mediano. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Olho por Olho

Kevin Bacon passa poucas e boas na Tailândia
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A capa do DVD e tudo o mais já deixam claro o estilo do filme: é daqueles meio toscos, que se passa num lugar distante (dos Estados Unidos) e onde dois ou mais durões enfrentam bandidos sanguinários. Bem dentro da filosofia americana, mas é bom deixar de procurar pelo em ovo se você quiser só uma diversão leve e sem compromisso.
Os dois atores principais, Kevin Bacon e Djimon Hounsou, ajudam. Eles podem fazer o tipo brucutu, mas ao mesmo tempo deixam claro que têm neurônios. Bacon vive um mercenário que é contratado por um milionário para ir até a Tailândia vingar a morte da filha por traficantes de escravas brancas.
No país oriental, ele enfrenta situações perigosas mas aprende que as situações são bastante relativas em relação à moral naquele lugar. É o que aprende com o personagem de Honsou, que já está no lugar há bastante tempo. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Inquilina

Hillary Swank tem um endereço perigoso
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Ok, ninguém vai falar daquele velho papo de maldição de Oscar que isso é muito chato. Aquela lenga lenga que depois do prêmio a carreira da estrela começa a ir para trás. Porém, depois de duas estatuetas (por Meninos não Choram e Menina de Ouro), Hillary Swank parece sim ter se acomodado. A prova é esse thriller, que não acrescenta muito a sua carreira.
Outra atriz menos famosa poderia ter feito o papel e você se pergunta qual foi a graça oculta do roteiro que a levou a aceitar a personagem. Hillary vive uma médica socorrista que, claro, tem uma vida estressante e relaxa nos momentos de tensão com corrida de impacto.
A relação com o namorado desanda e, sozinha, ela decide morar num apartamentinho gracinha (e antigo) que fica perto do hospital em que trabalha. O zelador do lugar, e faz-tudo, é Jeffrey Dean Morgan, que começa a elegê-la como objeto de paixão. O lendário Christopher Lee, dos filmes de terror ingleses, também dá o ar da graça. A resolução é chocha. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os Agentes do Destino

Matt Damon e Emily Blunt: amor perseguido
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Imagine que você é um homem poderoso que se apaixona à primeira vista por uma bela bailarina. Os dois são livres e desimpedidos. Mas logo você descobre que este amor vai contra as leis do Universo, que o sentimento não está previsto no livro da vida. E que o misterioso e silencioso exército, os tais "agentes do universo", vai garantir que ele não aconteça.
Interessante, não? É esse o ponto de partida do filme que se baseia num conto do talentoso escritor americano Philip K. Dick. Não conhece? Pois Dick, que morreu ainda jovem, aos 53 anos em 1982, foi o mesmo que inspirou O Pagamento, Minority Report e Blade Runner.
Ou seja, ele era ótimo em histórias de ficção científica que não pareçam apenas delírio. É nessa linha que segue o filme. Matt Damon e Emily Blunt estão muito bem na pele do casal perseguido, mas a capinha do DVD tenta vender o filme como uma aventura movimentada. O que não é, é até melhor. (Ronaldo Victoria)

domingo, 18 de setembro de 2011

Passe Livre

Owen Wilson e Jason Sudeikis: maridos em férias
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Os irmãos Farrely ficaram famosos mesmo com a hilária comédia Quem Vai Ficar com Mary?, comentada (e querida) em todo mundo lá pelo meio dos anos 90. Antes eles haviam realizado a comédia sem noção Débi e Lóide, que lançou Jim Carrey. Há três anos eles não davam as caras na telone, desde Antes Só Que Mal Casado. Será que estão em crise?
Esse lançamento prova que não. O resultado é até legal, permite algumas risadas, mas a impressão é que os Farrely ficaram um pouco para trás nessa cruel linha de montagem, que parece uma montanha-russa: Judd Apatow (Superbad) estava em alta, mas foi substituído por Todd Philips (Se Beber Não Case). E assim gira a roda...
Esse filme mostra que os irmãos amadureceram. A história fala sobre dois maridos (Owen Wilson e Jason Sudeikis), que vivem reclamando da rotina e do que estão perdendo. Até que as mulheres oferecem uma semna de férias para eles caírem na gandaia. Claro que dá tudo errado. E eles concluem que nada é melhor que a família. Quem diria, hein? (Ronaldo Victoria)

sábado, 17 de setembro de 2011

O Retrato de Dorian Gray

Ben Barnes vive o jovem que não envelhece
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A obra clássica do inglês Oscar Wilde, que fala sobre um jovem que faz um pacto para permanecer sempre jovem, enquanto a figura sua em um quadro envelhece, já ganhou inúmeras versões na tela e no teatro. Esta é a mais recente, e tem uma produção de primeira linha. Foi criticada pelos mais puristas pelas liberdades que tomou com o texto original, o que é sempre polêmico.
Acontece que o clima, o estilo original da obra de Wilde, que mostra ao mesmo tempo um fascínio pelas criaturas que retrata e uma crítica pesada à hipocrisia vigente naquela época (e que o vitimou) está presente. O personagem principal, Dorian Gray, mostra bem a repulsa pela velhice e pela morte. Ele permanece jovem e bonito, enquanto a tela escondida no armário vai definhando. A versão não tem medo das cenas pesadas, que até podem chocar. Até porque Ben Barnes, o Dorian, tinha acabado de ser o príncipe Caspian de As Crônicas de Narnia. Colin Firth, como seu mentor, o amargo Lor Henry Wotton, dá um banho, o que não é novidade. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

As Coisas Impossíveis do Amor

Scott Cohen e Natalie Portman: caso complicado
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Saiu direto em DVD, sem passar pelas salas de cinema brasileiras, este drama que tem nome de comédia romântica mas não é. Isso porque o roteiro é bem triste, mirando no depressivo. E só parece ter sido lançado aproveitando a onda em torno da atriz principal, Natalie Portman, depois de sua sensacional intepretação em Cisne Negro, que lhe garantiu o Oscar deste ano.
Aqui Natalie interpreta a jovem advogada Emília, que consegue emprego numa firma e conquista o chefe bonitão, Jack (Scott Cohen). Ele larga a mulher, a médica Carolyn (Lisa Kudrow), uma grã-fina estressada no estilo Tereza Cristina da novela. E Carolyn tenta fazer da vida do novo casal um inferno, não permitindo que o filho se entenda com a madrasta.
Até que acontece uma tragédia. Emilia perde o bebê recém-nascido, que morre enquanto ela dormia. Além da enorme dor, começa a cultivar remorso, por se sentir culpada. Aí que Carolyn, que é pediatra, volta e entrar em cena, para dizer se a moça teve culpa ou não. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fúria sobre Rodas

Nicolas Cage cai na estrada
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Filme que tem como tema principal perseguição de carros a gente sabe mais ou menos como é. Ou seja, há um grande investimento no que se chama de adrenalina, cenas intensas e movimentadas, e pouco cuidado com o roteiro. Resumindo, é para se sentir numa espécie de montanha-russa e deixar os neurônios de descanso.
Preconceito? Ué, Velozes e Furiosos também não é assim? E tem outra coisa: o conceito de certo e errado das tramas é bem elástico, e nem sempre o mocinho da história é tão "prenhe de razão", como já dizia Chico Buarque. Enfim, para quem gosta é uma maravilha. Outros, como eu, não conseguem evitar o tédio.
O "herói" aqui é Nicolas Cage, cada vez mais canastrão e com cara de quem chupou limão. Ele corre para salvar a filha adolescente das garras de um pastor que tem parte com o diabo. Por isso fica carrancudo o tempo inteiro. Nem mesmo Amber Heard, na pele de Piper, consegue fazê-lo dar um sorriso. Enfim, o legal é que a gente esquece assim que termina. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Banda

Músicos egipcios ficam perdidos em Israel
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Imagine um filme egípcio, ambientado em Israel, que fala a respeito de músicos de uma banda tradicional que ficam sem lenço e sem documento em Israel. Se você reclama da falta de opções diferentes nas locadoras, essa é uma boa sugestão. E pelo fato de ter atores que a gente não conhece e mostrar paisagens pouco exploradas, fica parecendo uma mistura de comédia com documentário. O que é bem legal.
Tudo começa quando oito músicos do Egito, de várias idades, e que atuam numa banda. Eles pertencem à polícia egípcia e são convidados para uma cerimônia em Israel, de louvação às tentativas de paz. A solenidade acontece na inauguração de um centro cultural árabe.
Porém, tudo dá errado, claro. Não aparece ninguém para recebê-los no aeroporto, por culpa da burocracia e da Lei de Murphy mesmo (shits happen!). Então, são obrigados a se virar e conhecem todo tipo de pessoa. Pinta até um romance para um deles. Vale a pena conhecer. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pânico 4

Neve Campbell retornou à série de  filmes
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A franquia Pânico, ainda nos anos 90, foi responsável por revolucionar o gênero terror, que andava em baixa naquela época por conta de umas versões de Sexta-Feira 13 e outros produtos que cairam de vez na bagaceiragem e só provocam risos e não sustos. O primeiro episódio, que trazia Drew Barrymore sendo morta logo na primeira cena, foi um sucesso inesperado, conseguido mais pelo boca-a-boca.
O problema é que com o passar do tempo, Pânico parece tere caído um pouco em sua própria armadilha, mirando cada vez mais os pré-adolescentes e tirando um pouco sarro de si mesmo. As bilheterias podem ter aumentado, mas as críticas murcharam.
Agora a série retorna, trazendo os personagens que marcaram os primeiros momentos. Neve Campbell volta a ser Sidney, a garota ameaçada do início, que agora é uma escritora de livros de auto-ajuda que volta a sua cidade natal, Woodsboro, após a tragédia Courtney Cox e David Arquette também têm destaque. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eu Sou o Número Quatro

Alex Pettyfer é o extraterrestre do bem
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É uma fantasia total, que pode agradar não apenas a adolescentes que gostam de Harry Potter e outros personagens ligados à magia. O personagem principal veio de outro planeta, chamado Lorien, e aqui vive com uma casca humana. Na verdade ele escolheu um típico adolescente vencedor, bonito e inteligente, intepretado por Alex Pettyfer.
Na Terra ele é conhecido como John Smith (ou João da Silva em inglês), ou seja, nome dos mais comuns. Vive numa pequena cidade, Paradise (outra ironia) e tem um protetor chamado Henry (Timothy Olyphant). Ele têm hábitos normais, se apaixonar por uma garota, Sarah (Dianna Agron), mas logo percebe que terá de lutar pela sobrevivência.
Acontece que são nove os fugitivos e eles precisam se esconder dos mogadorians, inimigos que precisam eliminar todos (e na ordem certa) para deter seus poderes especiais. E os três primeiros já foram mortos. Chegou a vez do número quatro. Divertido e fácil de ver. (Ronaldo Victoria)

domingo, 11 de setembro de 2011

O Ritual

Anthony Hopkins interpreta um exorcista
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Vinte anos depois de O Silêncio dos Inocentes, o grande ator inglês Anthony Hopkins ainda continua identificado como o psicopata Hannibal Lecter. Natural, pois realmente foi uma das melhores interpretações da história do cinema. Lecter poderia ser chamado de o diabo em forma de gente, e agora Hopkins encara a missão de lutar contra o diabo.
Sempre que se fala desse tema, há outra marca cinematográfica que não se consegue evitar: O Exorcista. Mas aqui não existem vômitos verdes, ou masturbações com crucifixos. A história é mais básica, já que baseada em fatos reais.
Hopkins vive o padre Lucas Trevant, especialista em exorcismo. Ele acaba entrando em conflito com um jovem seminarista, Michael (Colin O'Donoghue), que vai para Roma, se matricula numa espécie de curso, mas se revela cético em relação à questão. A brasileira Alice Braga também tem papel de destaque. (Ronaldo Victoria)

sábado, 10 de setembro de 2011

Lágrimas de Felicidade

Demi Moore e Parker Posey: irmãs em conflito
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A proposta desta comédia com toques de drama é até interessante: mostrar os rolos e complicações que acontecem em toda a família, e o dilema que toma conta dos filhos quando um dos pais (ou os dois) já não está mais conseguindo se manter sozinho. Mas o resultado ficou bastante esquisito, com um senso de humor que às vezes esbarra e em outras cai com tudo no mau gosto.
Pena, porque a produção foi um esforço de Demi Moore, a esposa de Ashton Kutcher que veio este ano para o Brasil, em conseguir mais um sucesso. Ela vive Jayne, uma executiva estressada que mora já muitos anos longe da cidade onde cresceu. Parker Posey, atriz sempre com o pé no esquisito, interpreta Laura, a irmã mais simples.
O problema das duas é decidir o que fazer com o velho pai, Joe (Rip Torn), que começa a dar sinais de senilidade. Além de ter de resolver o que fazer com a casa, e procurar no quintal uma espécie de tesouro, elas precisam encarar Shelley (Ellen Barkin), a amante descarada do velho. Prejudica também o fato de a caracterização dos personagens ser bem exagerada. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Vida e Morte de Charlie

Zac Efron interpreta o irmão sensível
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O título nacional já demonstra que esse drama romântico tem como mote a discussão da vida após a morte. Ou seja, entra bem no time do cinema espírita, com o qual já estamos bastante acostumados no Brasil, por conta do enorme sucesso de Chico Xavier ou Nosso Lar. Mas o assunto não é central, e só faz parte do enredo, não sendo muito desenvolvido.
A produção na verdade parece mais destinada ao público adolescente que curte o galãzinho Zac Efron, de High School Musical, de olhos verdes e cabelinho sempre arrumado. O que pode ter confundido e não contribuido para o sucesso nos cinemas.
Implicar com Efron é bobeira, ele até parece esforçado. Ele é Charlie do título, um rapaz que se culpa por causa da morte do irmão mais novo num acidente. Por isso, toma a decisão de trabalhar num cemitério, onde cuida da sepultura do menino e fala com ele. Aceitar ou não essa premissa faz toda diferença. Kim Basinger e Ray Liotta comparecem para dar mais maturidade ao elenco. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Assassino em Mim

Kate Hudson e Casey Affleck: psicose encoberta
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Filmes que falam sobre psicopatas quase sempre perturbam o público, quando mostram violência. Isso quando são bem dirigidos. É o caso desse, mas há outro dado que assusta: a pessoa perturbada esconde tudo atrás de uma imensa capa de frieza, mata quase pedindo desculpa. Isso faz com que o efeito se torne ainda mais forte. Por isso não é recomendado a todas as pessoas.
É muito forte ver Lou Ford (Casey Affleck) espancando sem dó o rosto de sua bela namorada, Joyce (Jessica Alba) e quase pedindo desculpa por isso. Ao mesmo tempo, em meio a saraivada de golpes e murros, ela só consegue dizer que o ama. Para complicar, ele se envolve com outra bela mulher, Amy (Kate Hudson), que terá destino parecido.
Tudo por que Luke é xerife de uma pequena cidade e quer esconder sua participação em uma série de crimes. Casey Affleck, que já desfilou seu rosto impassível no filme sobre Jesse James com Brad Pitt, é escolha acertada. A surpresa é ver Kate Hudson, sempre exuberante nas comédias, contida e dramática. Vale conhecer. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lope

Leonor Watling e Alberto Amman: clima medieval
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Difícil entender a razão de o cineasta brasileiro Andrucha Waddington ter optado por esse filme após alguns sucessos de bilheteria, sobretudo Eu Tu Eles. Ninguém é burro de contestar a importância literária do poeta e dramaturgo espanhol Félix Lope de Vega, autor do clássico A Vida é Sonho, mas a pergunta é a seguinte; será que hoje seu nome é reconhecido?
A resposta das bilheterias foi claramente negativa, e fez pouco sucesso. Lope é interpretado pelo argentino Alberto Amman e o roteiro busca mostrar que o caráter apaixonado de sua escrita tinha a ver com a realidade, já que ele era um mulherengo de carteirinha.
Como seus dois interesses amorosos, estão as espanholas Pilar de Ayala e Leonor Watling, conhecida por Fale com Ela, de Almodóvar. Selton Mello e Sônia Braga, como a mãe do poeta, participam. A busca por esse lado romântico de Lope faz com que o resultado seja bem interessante. Merece ser descoberto. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Bom Demais pra ser Verdade

Elenco reunido: charme de sobra
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O que chama atenção de cara neste lançamento é o elenco charmoso. Começa por Colin Firth, que o fez pouco antes de receber o Oscar por O Discurso do Rei. Mas não é só. Como mãe e filha, atuam a veterana Ellen Burstyn e a sempre classuda Patricia Clarkson. Sem contar que há atores da nova geração, como Orlando Bloom e Amber Tamblyn.
Tudo isso para contar uma história, baseada em texto do dramaturgo americano Horton Foote, que é bem simples porém verdadeira. O título brasileiro até que expressa bem a sensação que toma conta de uma cidade pequena quando surge um forasteiro cheio da grana disposto a investir e tirar o local do atraso. Será que é perfeito como parece?
Logo porém começam a pintar desconfianças a respeito do milionário Gus (Firth), principalmente de Georgiana (Ellen), que aluga para ele um armazém. É fácil de ver, mas não espere grandes dramas. É mais uma trama baseada no cotidiano, o que talvez decepcione quem achou o elenco atraente. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Tempo de Crescer

Jeff Daniels e Ryan Reynolds: amigos imaginários
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Dessa vez o título nacional que arrumaram para este drama americano ficou melhor do que a encomenda. Porque é justamente disso que fala o roteiro: da hora exata de crescer, enfrentar os altos e baixos da vida. E é isso que não consegue fazer o escritor Richard, interpretado por Jeff Daniels, o "paper man" do título original.
Ele não sabe como encarar os percalços do cotidiano e conta, para isso, com uma mulher dominadora, Claire (Lisa Kudrow, a ex-Phoebe de Friends). Um dia o caminho de Richard cruza com o de Abby (Emma Stone), garota de 17 anos que, por conta de uma tragédia em família, vive seu caminho inverso: ou seja, teve de assumir a maturidade muito antes do tempo.
Na briga entre encarar a vida adulta ou não, Richard se dá ao luxo de ter um amigo imaginário, o Captain Excellent, que tenta lhe dar bons conselhos. Com cabelo descolorido e uma roupa vermelha e amarela, Ryan Reynolds parece ter pago um mico dos grandes ao viver o personagem. Mas acho que ele encarou bem a tarefa, até melhor que como Lanterna Verde. (Ronaldo Victoria)

domingo, 4 de setembro de 2011

Onde o Amor Está

Gwyneth Paltrow interpreta cantora country
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Tem brasileiro com implicância contra Gwyneth Paltrow desde 1999, quando ela "roubou" o Oscar de Fernanda Montenegro. O fato é que o rótulo de "loira aguada" pegou fundo na ex-namorada do Brad Pitt e atual mulher do vocalista do Coldplay. Ela ficou com a carreira alguns anos à deriva (falou-se em depressão) e volta com esse drama ambientada no universo da música country.
O filme mostra que não apenas cantoras como a falecida Amy Winehouse são complicadas e vivem entrando e saindo de rehab. A personagem de Gwyneth, Kelly é do tipo que entornava todas e virou estrela dos tablóides sensacionalistas após várias derrapadas.
Tenta dar a volta por cima, com apoio (ou pressão) do parceiro James (Tim McGraw) e encontra oportunidade de renovação por meio de Beau (Garret Hedlund) e Chiles (Leighton Meester). Gwyneth canta mesmo e até apareceu no Oscar interpretando a música-tema. Perdeu. Será que foi secada dos brasileiros? (Ronaldo Victoria)

sábado, 3 de setembro de 2011

Um Negócio de Morte

Jay Baruchel e Rose Byrne: risos na funerária
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Comédias de humor negro costumam fazer sucesso no cinema há muito tempo, e os ingleses sempre foram considerados mestres no assunto, talvez pela sutileza de dizer coisas terríveis com o rosto impassível. Há muitos exemplos recentes, como Morte no Funeral (original britânico) ou Um Morto Muito Louco, esse já caindo para o pastelão.
Essa comédia é americana e consegue se equilibrar entre a delicada linha que ameaça esse tipo de roteiro, que é cair no mau gosto. Afinal, todo mundo sabe que é comum se contar piada em velório, mas há um limite, não? Na história, o personagem principal é Oliver (Jay Baruchel, que ajuda muito por ter corpo franzino e cara de bobo) que descobre ter herdado do pai algo diferente: uma funerária.
Ele mal sabe o que fazer com o presente de grego, mas conta com a ajuda da sensual maquiadora de cadáveres Roberta (Rose Byrne). Mas esse auxílio não é tão bom assim, pois envolve crimes para aumentar a clientela. E a surpresa final é quase mortal para Oliver. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Desconhecido

Liam Neeson e Diane Kruger são parceiros de aventura
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O tema do homem que se vê envolvido em algo que ele não entende faz sucesso no cinema desde O Homem que Sabia Demais, de Alfred Hitchcock. De lá pra cá houve vários outros exemplos, mas o sucesso só acontece se o roteiro conseguir, depois do suspense, manter a verossimilhança da trama. É o que acontece com esse drama dirigido por um espanhol (Jaume Collet-Serra) e com elenco composto por atores de várias nacionalidades.
O inglês Liam Neeson vive o doutor Martin Harris que, ao acordar de um acidente de carro em Berlim, descobre que a esposa (January Jones) não o reconhece e que outro homem (Aidan Quinn) assumiu a sua identidade.
Para entender o que está acontecendo, ele só conta com a ajuda de uma bela taxista, interpretada pela alemã Diane Kruger, que foi a Helena em Tróia. Ele até questiona a sanidade mental para saber o que está acontecendo. O resultado é bem interessante. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Malu de Bicicleta

Marcelo Serrado e Fernanda de Freitas: dores de amores
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Merece ser descoberta esse filme brasileiro baseado no romance de Marcelo Rubens Paiva. O maior mérito do diretor, Flávio Tambellini, foi ter limado os excessos (e a pretensão) e ter construido uma narrativa simples, que por isso mesmo prende a atenção do público e emociona. E o drama do personagem principal acaba se tornando bastante real para muitos.
Ele é Luiz (Marcelo Serrado), um empresário da noite paulistana que coleciona relacionamentos temporários, aproveitando o charme e a profissão. Até que um dia é quase esfaqueado por uma amante em fúria, ensandecida com o chute que levou.
Então o conquistador viaja para o Rio de Janeiro e conhece a jovem Malu (Fernanda de Freitas) por puro acaso, ao quase ser atropelado à beira da praia pela bicicleta da moça. A partir daí o roteiro mostra o envolvimento dos dois, destacando a diferença entre o caráter nublado do paulista e a carioquice solar de Malu. Até que ele resolve boicotar o sentimento. Serrado, que agora arrasa na pele de um gay afetado na novela, se mostra um ator múltiplo. (Ronaldo Victoria)

Hop - Rebeldes sem Páscoa

Coelho atrapalha a vida de James Marsden
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Este é um filme bem infantil. E isso é um elogio. Tudo nele é voltado para crianças, até as menores, e isso que faz a sua graça. É que isso transmite uma ingenuidade (ainda que relativa, já que tudo é comercial, claro) que faz falta nos dias de hoje. Mas é arriscado por que adultos só vão curtir acompanhando os baixinhos. E a ligação muito clara com uma data (a Páscoa) pode também prejudicar.
A história é de Junior, que é escolhido pelo pai para sucedê-lo como Coelho da Páscoa. Mas ele é rebelde, como diz o título brasileiro, e está mais interessado em ser cantor de banda de rock. Então foge para a Terra para ver se consegue um novo caminho.
Acaba invadindo (e atrapalhando) a vida já atrapalhada o suficiente de Fred (James Marsden), que não sabe como explicar a situação para ninguém. As cenas são divertidas. Na versão original, a voz do coelho é de Russel Brand, o comediante inglês que atualmente se acha o máximo. Ainda bem que é só a voz... Mas, já que é infantil, melhor optar pela versão dublada. (Ronaldo Victoria)