segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Julia

Tilda Swinton interpreta alcoólatra em crise
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À primeira vista Tilda Swinton, com sua imagem um tanto fria e até ambígua, não seria a atriz indicada para viver uma perua escandalosa, vulgar e chegada numa garrafa. É aí, porém, que está o mistério do talento, porque ela dá um banho da primeira à última cena, num desempenho vigoroso. O roteiro lembra o clássico Gloria, de John Cassavetes e estrelado por Gena Rowlands, e que parece ter servido também de matriz para o nacional Verônica, com Andrea Beltrão.
Ou seja, fala de uma mulher sem alternativas na vida que tem seu caminho cruzado com uma criança, o que termina por lhe servir de redenção. No começo, Julia pensa em se dar bem, ouvindo o desabafo de uma mãe que foi afastada de seu filho pelo sogro milionário.
Então, Julia decide sequestrar o garoto, só que como há muita gente envolvida na história, o caldo entorna de vez. O desfecho acontece no México, em clima pesado. E Julia descobre, em breves momentos, que consegue ser o que nunca imaginou: mãe. (Ronaldo Victoria)