quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

400 Contra 1

Daniel de Oliveira (ao centro) vive o chefão da quadrilha
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Não fez sucesso nos cinemas esse drama nacional que conta a história do cara que criou a facção criminosa Comando Vermelho. E nem merecia. Só que nem tanto pelo que foi acusado pela mídia rançosa de direita, que seria de dignificar a bandidagem. Isso é besteira. O fato é que se trata de um produto que não encontrou seu público.
Para começar, fica clara a intenção, por mais que o diretor Caco de Souza negue, de copiar o grande sucesso Cidade de Deus. É evidente em tudo, no tratamento dos personagens, na trilha sonora, no figurino, na linguagem, no sotaque acariocado que torna Daniel Oliveira, um bom ator, artificial em cena.
Ele vive William, que começa na criminalidade e tem a ideia de juntar os companheiros. O problema é que o roteiro (também reflexo da "matriz") fica num vai e vem cronológico que em certa altura do campeonato deixa o espectador confuso. E aí tudo se perde. (Ronaldo Victoria)