quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Capitalismo: Uma História de Amor

Michael Moore em cena com seu amado megafone
Foto: AllMovie Photo
Para cineastas que escolhem fazer de sua carreira algo "engajado", expressão que foi moda há alguns anos, o risco é o de perder o bonde da história. De certa forma foi isso que aconteceu com Michael Moore, que parecia heróico nos tempos dos desmandos de George W. Bush, como provam os filmes Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de Setembro, premiados em todo o mundo.
Agora, como Obama no poder, já aparecem críticas de que o gordo e abusado cineasta exagera na dose e cria situações falsas em seus documentários. Sicko, que falava sobre o sistema americano de saúde, nem foi tanto sucesso e este aqui aterrissou direto nas locadoras. Desta vez, Moore elege como alvo o capitalismo, claro, algo mais abrangente e sem alvo pessoal definido. O bom é que fica mais responsável. O ruim (para ele) é que fica menos bombástico.
Moore toma como ponto de partida a crise econômica de 2008, que fez com que muitas pessoas perdessem suas casas com o estouro da "bolha". Ao mesmo tempo, fuça as sujeiras do Congresso, de deixar o público com os cabelos em pé. Seja como for, Moore é sempre interessante. (Ronaldo Victoria)