terça-feira, 31 de agosto de 2010

Salt

Angelina Jolie é acusada de ser espiã russa
Foto: AllMovie Photo
Talvez hoje a mais famosa atriz no mundo (qual outra lhe faria sombra?), Angelina Jolie se dá ao direito de escolher seus filmes. Ela nunca estrelou uma comédia romântica (a não ser que você considere assim Sr. e Sra. Smith, onde conheceu o atual marido, Brad Pitt) e tem especial predileção por aventuras.
É o caso dessas, originalmente um projeto feito para Tom Cruise, que preferiu não aceitar. Na passagem para Angelina, só mudou o sexo da personagens, sendo mantidas todas as ações, o que mostra que é a moça é boa de aventura. Ela vive Evelyn Salt, agente da CIA que vai interrogar um espião russo, mas durante a conversa ele diz que a própria Evelyn nasceu na Rússia e foi infiltada nos Estados Unidos como agente inimiga.
Em busca da verdadeira identidade (a propaganda original traz a frase Who is Salt?, ou seja Quem é Salt?), ela se envolve numa trama perigosa. Quem gosta de ação não tem do que reclamar. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Bem Amado

Matheus Nachtergaele Marco Nanini: de volta à Sucupira
Foto: Google Image
Este é o tipo de filme nacional que a gente já sabe de antemão o que a crítica vai dizer: que se trata de uma cópia de um modelo televisivo, que é a submissão do cinema aos padrões globais e blá blá blá... E não é que disseram mesmo? As críticas até têm a ver, mas é preciso se reconhecer que a matriz é televisiva (a novela e a série escritas por Dias Gomes) e a opção do diretor Guel Arraes foi fazer um filme popular.
E nisso ele foi bem sucedido. A história, como todo mundo sabe, é sobre o prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu (Marco Nanini, sempre bom e que não tenta imitar Paulo Gracindo), que constrói um cemitério na cidade mas não consegue inaugurá-lo. No original era uma sátira à ditadura militar e seus políticos oportunistas.
Se de um lado a classe política não evoluiu nada, os costumes são atualizados, mesmo com a história se passando nos anos 60. Assim, as irmãs Cajazeira (Zezé Polessa, Andréa Beltrão e Drica Moraes) não são tanto "donzelas juramentadas", mas mulheres independentes. Dirceu Borboleta (Matheus Nachtergaele) ficou menos bobo e Zeca Diabo (José Wilker) mais soturno. É onde está a imitação da televisão, então? (Ronaldo Victoria)

domingo, 29 de agosto de 2010

Nos Embalos da Dança

Fritz Karl interpreta o instrutor de dança conquistador
Foto: Google Image
Assistir uma comédia alemã é uam raridade no mercado de DVD, por isso vale como curiosidade e descoberta. A capinha destaca que se trata de uma mistura de Tootsie com Dirty Dancing, o que não deixa de ser verdade, mas ao mesmo tempo mostra que a originalidade não é o forte da drama. O resultado, prém, diverte sem compromisso.
O personagem principal é Leo (o austríaco Fritz Karl), um instrutor de dança que vive dando em cima de suas alunas. Acontece que ele ganha a maioria. Por ética ou ciúme, a dona da academia o dispensa. Na rua da amargua, ele descobre que outro local aceita professores, desde que sejam senhoras de meia idade.
É assim que nasce Leonore, a porção mulher do malandro. No novo emprego, ele se envolve com Sandra (Jule Ronstandt), a secretária que é mãe solteira e nunca se deu bem com os homens. Ela também não tem coragem de dançar em público. Leo se apaixona, mas não sabe como confessar seu amor com tanta maquiagem. (Ronaldo Victoria)

sábado, 28 de agosto de 2010

Defendor

Woody Harrelson é um super-herói em carne e osso
Foto: Google Image
Pode ser definido como uma tragicomédia, ou uma comédia muito séria. Fala sobre um cara, com problemas mentais, que se julga um super-herói. Veste um uniforme preto e usa como armas bugigangas diferentes como bolinhas de gude e dardos de tiro ao alvo. Você pode dar risada ou achar tudo muito triste. Mas é bem provável que goste do filme.
Para quem acha que o roteiro parece difícil de acreditar, é bom lembrar que recentemente a revista Super Interessante publicou uma matéria (sem citar o filme) de pessoas que vivem nos Estados Unidos (só poderia ser lá) e querem combater os malfeitores. Gente da vida real. Há até uma garota que se diz feminista e defende as mocinhas que são agarradas nas baladas.
Com isso fica mais fácil de acreditar na história de Arthur (Woody Harrelson), que se envolve no submundo do crime. Com o nome de Defendor, ele fica amigo de Kat (Kat Dennings), garota abusada pelo pai. O roteiro é divido em dois tempos. No presente ele é analisado por uma psicóloga. Interessante e diferente. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

De Volta para a Escola

Jason Schwartzmann: herói sem noção
Foto: Google Image
Existe coisa mais triste do que uma comédia sem graça? Se isso for verdade mesmo (e é), essa é uma das experiências mais tristes a que qualquer ser humano, com um mínimo bom senso, possa ser submetido. Sério, você fica o tempo todo olhando sem conseguir acreditar como pode ser tão chato. Sabe quando você fica com vergonha pelo mico alheio?
A coisa é tão feia que nem mesmo Ben Stiller se salvou. E olha que ele consegue provocar risadas sem muito esforço. Anna Kendrick, que esteve ótima em Amor sem Escalas, não tem muito o que fazer. Porque o astro é Jason Schwartzmann, ator pretensioso que aparece com um cabelo ridículo em cena e fazendo a pose de nerd sem noção.
Ele é Marc Pease, líder de um grupo vocal a capela, ou seja, que não usa acompanhamento instrumental (chato, claro), que vive das glórias do passado, nos tempos do colégio. Se quiser arriscar, vai ser uma prova ao seu bom humor. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Amor Acontece

Aaron Eckhart e Jennifer Aniston: romance e trauma
Foto: AllMovie Photo
É uma comédia romântica, claro (com um título desses, você queria o quê?), mais uma contribuição de Jennifer Aniston para aumentar a taxa de água com açúcar na tela. Tem um roteiro bem sacado, não fica apenas naquelas situações manjadas, mas também não foi lá um grande sucesso nas salas de cinema.
O assunto principal são os traumas que a gente acumula na vida. Quem faz na verdade o papel principal é Aaron Eckhart, bom ator e com porte de galã. Ele vive Burke Ryan, que sente remorso por conta da morte da mulher num acidente de automóvel, quando estava à direção.
Lança um livro de auto-ajuda que se torna um sucesso em todo o país. Numa das palestras, conhece Eloise (Jennifer). Apesar de os dois se detestarem de início, começam a se entender. O desfecho deixa uma mensagem no estilo auto-ajuda, o que pode aborrecer os céticos e encantar os mais crentes. Mesmo assim, não é um passatempo descartável. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Pequeno Nicolás

Maxime Godart e Valérie Lemercier: doce infância
Foto: Google Image
Quem acha que filme francês é sempre pretensioso e aborrecido, precisa conhecer essa comédia encantadora. O tom é deliciosamente nostálgico, ambientado nos anos 60 em Paris, tempo em que a infância tinha um sabor bem mais doce (com o perdão pelo saudosimo). O roteiro é baseado num personagem infantil criado por Renée Goscinny (que criou, junto com Uderzo, a turma de Asterix), certamente baseado em sua própria história.
O Nicolás do título (Maxime Godart) é um menino de oito anos que tem uma vida que considera perfeita. A mãe (Valérie Lemercier) é uma dona de casa amorosa e o pai (Kad Merad), apesar de um tanto avoado, é muito gente fina.
Tudo se complica quando ele suspeita que ganhará um irmão e correrá o risco de perder o trono de filho único. Então, junto com seus amigos (um mais bagunceiro que o outro), faz campanha para mostrar aos pais o quanto é indispensável. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Casa Comigo?

Amy Adams e Matthew Goode: romance na Irlanda
Foto: AllMovie Photo
Bom, com esse título, quem resolver assistir e depois reclamar do estilo romântico, ou é muito avoado ou ranzinza mesmo. A produção não disfarça que é uma comédia romântica, dessas que o público feminino adora e os homens que não se preocupam com rótulos podem curtir.
A heroína é Anna (Amy Adams, de Julie e Julia, uma graça de atriz), que namora um médico mauricinho, Jeremy (Adam Scott). O problema é que, apesar do longo tempo de relação, o cara não se decide a fazer o pedido de casamento. Um dia ele vai para a Irlanda e vai atrás, porque descobre que no país há uma curiosa tradição: no 29 de fevereiro de um ano bissexto, as mulheres podem pedir os homens em casamento.
Para conseguir chegar em Dublin, onde ele está, a moça enfrenta toda sorte de imprevistos, começando por ficar num hotel fuleiro administrado pelo charmoso Declan (Matthew Goode), que acabou de levar um fora e não quer saber de compromisso. Entre os dois nasce uma implicância imediata, mas... Por mais que soe previsível, fica difícil não se divertir. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Confusões em Família

Andy Garcia e Steven Strait vivem pai e filho se descobrindo
Foto: Google Image
Família, a gente sabe, é fonte tanto de carinho quanto te barracos. E isso em todo lugar do mundo. Essa comédia consegue divertir bastante pelo inusitado de suas situações e por mostrar que há muito lixo varrido para debaixo do tapete em qualquer lugar. No caso a trama se passa em City Island (título original do filme), pedaço do Bronx novaioquirno.
A família em questão é a Rizzo. O pai, Vince (Andy Garcia), esconde que tem um filho fora do casamento, Tony (Steven Strait). A mulher dele, Joyce (Julianna Margulies), não desconfia de nada e quase tem um caso com o garotão que passa a morar em casa.
Enquanto isso, a filha, Vivian (Dominick Garcia) faz bico como stripper, já que foi expulsa da faculdade. E o caçula, Vinnie Jr. (Ezra Miller), que parece o único normal, acalenta fetiche por mulheres gordas e vive entrando em sites pornôs. Quando os segredos estouram, nas cenas finais, fica difícil não rir. (Ronaldo Victoria)

domingo, 22 de agosto de 2010

Pandorum

Ben Foster estrela a ficção científica claustrofóbica
Foto: Google Image
O que acontece quando uma ficção científica, gênero que já não é apreciado por todos os tipos de público, apresenta um roteiro pretensioso, com toques de filme de arte? E tudo como se fosse uma análise do futuro da humanidade. A resposta é fácil: uma parte acha o máximo, enquanto a maioria tende mesmo é a morrer de tédio.
É o maior problema com essa produção com status de filme "cabeça". A história, como a maioria, fala sobre um tempo em que a Terra se tornou um planeta inviável. É quando dois homens, Payton (Dennis Quaid) e Bower (Ben Foster) acordam numa nave espacial, sem saber onde estão, o que estão fazendo lá e quanto tempo se passou desde que partiram.
A questão é que nós, o pobre público, também não sabemos, e temos de ir descobrindo aos poucos, numa narrativa que vai ficando confusa e que dá vontade de desistir no meio. No elenco, um dos vilões de Crepúsculo, Cam Gigandet, volta a fazer um vilão. Mas é muito trabalhoso de acompanhar. (Ronaldo Victoria)

sábado, 21 de agosto de 2010

Opium

Kirsti Stubo: tratamento medieval num hospício
Foto: Google Image
Produzido na Hungria, país que raramente tem espaço para seus filmes em nosso mercado, sem dúvida se trata de uma opção diferente. Sabe aquele clichê que diz que um filme é perturbador e com clima sombrio? Pois é, aqui é realmente verdade. Vai ficar difícil alguém não se afetar depois da produção.
Tudo se passa no começo do século passado. O personagem principal é o médico e escritor Josef Brenner (o dinamarquês Ulrich Thomsen), que trabalha numa clínica psiquiátrica. Por estar sofrendo de bloqueio mental e não conseguir mais escrever, ele se torna viciado em morfina. Acaba conseguindo emprego num hospício antiquado, onde se sente atraído pela misteriosa Gizela (Kirsti Stubo).
A moça acredita ter sido engravidada pelo vento e tem crises delirantes de possessão. As cenas de sexo entre ela e o médico são fortes, assim como as tomadas em que o doutor é seduzido por uma freira louca por sexo. Para completar, os tratamentos são radicais, incluindo uma lobotomia. Para espíritos menos impressionáveis. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Encontro Perfeito

Jefferson Moore vive o convidado misterioso
Foto: Google Image
Essa produção faz parte de uma nova categoria, a dos filmes evangélicos, com mensagens de fé. Pode ser que sejam importantes no aspecto religioso, mas não é pecado dizer que pouco ou nada acrescentam para o cinema. Se você for cético, melhor passar longe. Para ateus, então, parecem filmes de terror.
Sem entrar no mérito da discussão religiosa (cada um tem sua crença, ou não), o fato é que o resultado desse drama fica meio estranho. Tudo começa quando a jornalista Nikki (Pamela Brumley), agnóstica de carteirinha, recebe um bilhete com a seguinte mensagem: você está convidada para jantar com Jesus Cristo.
Com a pulga atrás da orelha, vai ao restaurante já disposta a desmascarar o engraçadinho, pronta para dizer poucas e boas. Mas ele é um homem bonito e charmoso, interpretado por Jefferson Moore. Os dois passam o tempo todo discutindo a necessidade ou não de ter uma crença. O texto pode cansar e o desefecho não é todo mundo que vai engolir. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Segurança Nacional

Thiago Lacerda interpreta agente da Abin
Foto: Google Image
Apesar de a palavra nacional constar no título, o filme dirigido por Roberto Carminatti não esconde que faz uma cópia descarada de todos os clichês do cinema de ação norte-americano. O resultado é polêmico: uns poucos adoraram, enquanto a maioria parece ter rejeitado, já que foi enorme fracasso nas salas de cinema. E deixa no ar a pergunta intrigante: por que não conseguimos torcer por um agente brasileiro da inteligência?
Esse é o papel de Thiago Lacerda, que vive Marcos Rocha. Ele é encarregado de perseguir poderosos traficantes insatisfeitos com o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), o que prejudica seus negócios escusos. Então, planejam um atentado. Tirando o fato de que os bandidos poderiam encarar rotas alternativas, o roteiro abusa dos lugares comuns e o elenco parece recitar o texto, como se também não acreditasse.
E são ótimos intérpretes, como Milton Gonçalves na pele do presidente do Brasil e Ângela Vieira como a chefe do serviço secreto. Pior mesmo é o patriotismo forçado, com uma desnecessária e melosa interpretação do Hino Nacional por Marina Elali. Um mico. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Batalha dos Três Reinos

Épico de John Woo tem visual deslumbrante
Foto: Google Image
O chinês John Woo fez grande sucesso em Hollywood nos anos 90, graças a seu estilo vertiginoso para as cenas de ação, como comprovou em O Alvo (1993), com Van Damme; A Outra Face (1997), estrelada por Nicolas Cage e John Travolta; e a segunda parte de Missão Impossível (2000), do astro Tom Cruise. De volta a seu país natal, ele investe em outro estilo, e consegue um resultado ótimo.
O filme é de uma enorme beleza, em cenas que demonstram todo o investimento na produção. Mas o roteiro também não fica atrás. Woo fala de uma época bem antiga, localizada entre os anos 220 e 280. É quando três feudos que dividem o poder da China entram em guerra para o controle total.
A batalha verdadeira, que envolveu mais de um milhão de guerreiros, acabou com a união de dois senhores, Sun Quan e Liu Bei, contra o rebelde do Sul, Cao Cao. A duração original é de quatro horas, aqui dividido em dois filmes. A segunda parte deve estrear em breve. Vale conhecer. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Flicka 2

Tammim Sursok ao lado de sua grande amiga
Foto: Google Image
Filmes que falam sobre amor aos animais já costumam de cara contar de cara com a simpatia de um público grande, independente de seus méritos cinematográficos. Quase todos são histórias edificantes, que mostram pessoas salvando animais da irracionalidade dos humanos. Foi assim com Flicka, que há quatro anos fez o maior sucesso e ganha agora uma continuação.
Desta vez a menina que se encanta pela égua preta é Carrie (Tammim Sursok), que o roteiro define como prima da moça do primeiro filme, Kat (Alison Lohmann). Carrie é uma garota da cidade que precisa ir morar na fazenda de seu pai, Hank (Patrick Warburton).
No começo ela não se conforma em ter de abandonar o skate e o rock. Na verdade Carrie é tão selvagem quanto Flicka e por vezes parece insuportável. Mas a ligação com a égua a transforma, até quando o animal é ameaçado por um fazendeiro rival e sua filha chatinha. Para toda a família. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Peter e Vandy

Jason Ritter e Jess Weixler em frente à Estátua da Liberdade
Foto: Google Image
A capinha do DVD já anuncia que é uma história de amor contada fora da ordem cronológica. O que já assusta uma parte do público fã de comédias românticas, que curtem uma historinha, além de água-com-açúcar, narrada com começo, meio e fim. E tem outro problema: o romance é daqueles comuns, que podem acontecer com qualquer um. Será que tem graça?
O roteiro mostra como Peter (Jason Ritter, filho do ator John Ritter), ele um nerd simpático, se envolve com Vandy (Jess Weixler), que faz mais a linha princesinha. Os dois se conhecem por acaso num parque em Nova York, quando ele puxa papo com a garota enquanto degustam um yakissoba no intervalo do trabalho.
Começam como um casal apaixonado, mas logo se surpreende ao verem como se transformaram numa dupla ciumenta e manipuladora. Será que ficam juntos? Não é difícil acompanhar, mas no final você pode ficar com a pergunta no ar: tudo bem, mas e daí? (Ronaldo Victoria)

domingo, 15 de agosto de 2010

Bobeou Dançou

Shoshana Bush (à frente) encara uma nova galera
Foto: AllMovie Photo
É uma comédia escrita e produzida pelos irmãos Wayans, os mesmos que produziram As Branquelas e O Pequenino. Precisa falar mais? Só isso já revela o que se esperar: um humor sem a menor sutileza, ofensivo às vezes, e que parodia grandes sucessos do cinema americano. Boa parte dos adolescentes adora, mas o público mais velho tem dificuldades em aderir. Se bem que algumas situações, mesmo toscas, provoquem gargalhadas.
Dessa vez o alvo (e nunca uma palavra foi tão apropriada) são os musicais, de Hairspray a Ela Dança Eu Danço, passando por outros menos votados. A heroína é Megan (Shoshana Bush, nenhum parentesco com o ex-presidente), que precisa sair do colégio rico e frequentar uma escola de periferia.
Lá ela precisa se adaptar à comunidade negra (claro que vale o estereótipo de que os negros são mais descolados) e conhece Thomas (Damon Wayans Jr.), um dançarino de hip hop. O filme demorou a entrar em cartaz porque o título brasileiro anterior foi censurado. Era Ela Dança com Meu Ganso. Realmente, não era necessário dizer mais nada. (Ronaldo Victoria)

sábado, 14 de agosto de 2010

Delgo

Animação é ambientada num universo mágico
Foto: Google Image
Com tantas produções estreando dentro da categoria desenho animado, é natural que algumas delas fiquem encalhadas e não consigam seduzir o público. Afinal, a maioria das pessoas não tem tempo (nem dinheiro) para ver tudo que estreia. Essa foi um tremendo fracasso nos Estados Unidos, o que determinou seu embarque direto para as locadoras brasileiras.
A história fala sobre dois mundos inimigos que se cruzam, e tem em lados opostos uma princesa destemida e o herói, Delgo. Porém, para alimentar a guerra, há a irmã do rei, uma vilã que parece um ditador de desenho.
Pode não ser ruim, mas de qualquer maneira se torna um produto que é facilmente esquecido. E não deve causar muito impacto ao público infantil. A versão original tem vozes de Freddie Prinze Jr., Jennifer Love Hewitt, Val Kilmer, e até da grande atriz Anne Bancroft, já falecida. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dante 01

Lambert Wilson em cena do filme de ficção francês
Foto: Google Imagé
O filme de ficção científica marca a estreia de Marco Caro sem seu parceiro Jean-Pierre Jeunet, ao lado de quem fez Delicatessen e Ladrão de Sonhos. É curioso por ser um estilo de filme não muito comum entre os franceses, sempre preocupados com a profundidade e as discussões metafísicas. Essas características se fazem presentes, o que infelizmente por vezes torna a produção cansativa e sonolenta.
O título lembra o poeta italiano Dante, aquele que escreveu A Divina Comédia, que mostra uma descida ao inferno (matáfora profunda, não?). Num futuro não muito distante (outro clichê das ficções científicas), a estação Dante 01 reúne prisioneiros com distúrbios mentais.
É para lá que vai Saint-Goerges (Lambert Wilson), que está traumatizado e pouco fala, e é sobrevivente de um ataque alienígena. Mas ele ficou com poderes sobrenaturais, o que torna o relacionamento realmente infernal. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Efeito Cascata

Forest Whitaker interpreta um homem amargurado
Foto: Google Image
Grandes atores também têm amigos. Parece ser o caso de Forest Whitaker que, depois de ganhar o Oscar por sua sensacional interpretação do ditador Idi Ami e O Último Rei da Escócia, aceitou participar deste filme. Será que foi apenas por amizade ao autor e diretor, Philippe Caland? Afinal, não acrescenta nada a carreira dele. O pior é que também não acrescenta muita coisa à vida do espectador.
Calland é o astro, na pele de Amer Atrash, estilista de moda famoso que parece andar num inferno astral permanente. A carreira vai mal, assim como o casamento com Sherry (Virginia Madsen). Ele acaba encanando que deve estar pagando o carma por conta de um atropelamento que cometeu anos atrás.
O acidente deixou Philip (Whitaker) paraplégico. O estilista vai atrás dele para entender o que aconteceu. E descobre que o relacionamento de Philip com Kitty (Minnie Driver) guarda segredos importantes. O desfecho parece livro de auto-ajuda, com mensagem bem rala. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Recém-Formada

Rodrigo Santoro e Alexis Bledel: encontro inesperado
Foto: AllMovie Photo
A capinha nacional do DVD até força um destaque para a presença no elenco do brasileiro Rodrigo Santoro, mas a verdade é que ele faz um personagem bem secundário. Quem estrela é a simpática Alexis Bledel, com o auxílio de vários coadjuvantes de reconhecido talento. Aliás, esse é o típico filme em que se pode colar o rótulo de simpático. Ou seja, o resultado é bacaninha, embora nada estimulante.
A história começa quando Ryden (Alexis) sai da faculdade (claro, vem daí o título) e começa a batalhar um emprego. Ela está crente de que tudo dará certo. Porém, logo descobre que na prática a teoria é bem outra. Volta da cidade grande para onde foi e é obrigada a morar novamente com a fámília.
A questão é que o núcleo familiar é pra lá de pirado. Michael Keaton (o ex-Batman), Jane Lynch (a vilã do seriado Glee) e a lendária comediante Carol Burnett dão um show. Santoro vive o vizinho bonitão, identificado como brasileiro. Rola um clima entre ele e Ryden até ela entender que ama mesmo o melhor amigo, Adam (Zach Gilford). (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Far Cry

Til Schweiger interpreta aventureiro de aluguel
Foto: Google Image
Há uma teoria em moda no cinema atual que diz o seguinte: filmes baseados em videogame de ação não dão certo na telona. Pois se você assistir a essa co-produção entre a Alemanha e o Canadá vai achar que está carregada de razão. E nem precisa lembrar de bombas como Resident Evil, Doom ou o distante Street fighter.
Parece que o enredo ralo dos jogos não consegue se adaptar ao formato. O que contribui para deixar a história ainda mais óbvia. Aqui o roteiro é o sempre: o aventureiro Jack Carver (Til Schweiger) é contratado para levar a jornalista Valerie (Emanuelle Vaugier) a um encontro com um informante numa ilha remota.
Acontece que o barco deles é bombardeado e eles ficam na ilha. Lá descobrem que um médico maluco, Doutor Krieger (o canastrão alemão Udo Kier, que já atuou até em clipe de Madonna) está fazendo experiências para criar a máquina de matar perfeita. Os efeitos são bons, mas isso é o mínimo que se espera. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sedução

Eva Green: professora moderna e cheia de segredos
Foto: Google Image
É um drama interessante, que vai criando uma atmosfera densa aos poucos. Nas primeiras cenas parece leve e sem muito atrativo, mas aos poucos fisga a atenção do espectador. E conta uma história, ambientada no início do século passado, a respeito da submissão feminina. Mas, em vez de tratar as mulheres apenas como vítimas, mostra que muitas vezes elas se tornam algozes umas das outras.
Tudo se passa numa austera escola para meninas da Inglaterra. Ao contrário das outras professoras, Miss G (a bela Eva Green, de Os Sonhadores e Cruzada) é a frente do seu tempo e seduz as alunas com seu jeito. O problema é que com uma novata, a espanhola Fiamma, a mestra sente um desejo forte de realmente seduzi-la.
É o que basta para desestabilizar o grupo, e Di (Juno Temple), garota cheia de recalques, une as companheiras contra a situação. O final é trágico. (Ronaldo Victoria)

domingo, 8 de agosto de 2010

Provas e Trapaças

Bruce Willis e Reece Thompson: guerra na escola
Foto: AllMovie Photo
É uma mistura de comédia e drama, que mostra mais uma vez como as escolas norte-americanas cada vez mais se parecem com campos de guerra. O tema são aqueles exames feitos no final do ensino médio deles (a high school) e que preparam para a entrada numa boa universidade. A suspeita é de que foram roubados, o que provoca o maior alvorço.
Quem acaba fazendo as vezes de bode expiatório é Bobby Funke (Reece Thompson), o nerd do pedaço, que escreve para o jornal escolar. Ele é induzido a publicar uma máteria dando conta de que o autor do roubo é Paul Moore, o cara mais popular da escola.
Com isso o rapaz, que é chefe dos esportes e se dá bem com as meninas (clichê do país) cai em desgraça. E parece que Bobby curte essa vingança. Só que não espera contar com dois problemas: que a sedutora Francesca (Mischa Barton) tenha algo a ver com a história e que o inspetor Jared (Bruce Willis) resolva investigar melhor a história). (Ronaldo Victoria)

sábado, 7 de agosto de 2010

Tabu

Aaron Eckhart não resiste à tentação
Foto: Google Image
A direção deste drama polêmico é de Alan Ball, o mesmo que escreveu Beleza Americana, vencedor do Oscar, e produziu A Sete Palmos, série de televisão considerada. Segue o mesmo caminho de suas outras realizações. Aliás, é até mais ousada e nisso o título nacional até que cai bem. Afinal, fala de um tema como a pedofilia sem buscar condenações.
O roteiro fala sobre Jasira (a intensa Sumer Bishil), filha de uma americana e de um libanês. Em fase difícil com a mãe, vai morar com o pai, que é muçulmano tradicional. Acontece que Jasira percebe a atração que exerce sobre os homens, especialmente seu vizinho Travis (o galã Aaron Eckhart), um soldado tão bonito quanto bronco.
Acontece que Jasira não parece tão inocente assim e gosta de provocar, o que torna o filme ainda mais incômodo para quem não aceita do que a narrativa fala. E as relações entre a menina e o homem são bem fortes. Só indicado para quem não se choca facilmente. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Cinzas do Passado Redux

Tony Leung vive o espadachim amargurado
Foto: Google Image
É uma nova versão do filme lançado em 1994, considerado um clássico, e que traz a visão original do diretor. Wong Kar Wai, o cineasta, é considerado também um poeta, não só pela beleza das imagens, mas por conseguir misturar a violência com o romance. Aqui esse lado aparece em estado bruto. Pode ser que alguns espectadores tenham dificuldade pelo ritmo lento e a história intrincada, mas vale a pena.
O herói é Ouyang Feng (tony Leung), que vivia em um vilarejo na Montanha do Camelo Branco. Lá sua vida era dividida pelo amor por uma mulher, interpretada por Maggie Cheung, e o desejo de conquistar a glória como um grande guerreiro. Ao se decidir pela segunda, perde a mulher que ama, pois na volta a encontra casada com seu irmão mais velho.
O choque é tão grande que ele desiste de ser espadachim e passa a contratar guerreiros como assassinos de aluguel. O casal central é o mesmo de outro filme do diretor, Amor à Flor da Pele, ambientado nos tempos atuais. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Armadilhas do Amor

Meg Ryan e Timothy Hutton: guerra conjugal
Foto: AllMovie Photo
Meg Ryan já foi considerada, lá pelos anos 90, como a rainha das comédias românticas de Hollywood, posto que hoje seria de Jennifer Aniston, se ela tivesse o mínimo de gosto para escolher seus filmes. Meg era sempre a mocinha de produções que marcaram época como Harry e Sally e Sintonia de Amor. Hoje estrela atrações modestas como essa, em que o amor já não é assim tão cor-de-rosa. Maturidade ou decadência?
Aqui ela vive Louise, advogada que só pensa na carreira. Um dia é surpreendida pelo marido, o pacato Ian (Timothy Hutton), com um pedido de divórcio. Ao saber que ele se apaixonou por uma mulher mais jovem, Sara (Kristen Bell), ela não tem dúvida: amarra o marido no banheiro.
As coisas se complicam quando aparece Todd (Justin Long), um assaltante atrapalhado. Pioram quando Sara, que ficou esperando Ian no aeroporto, vem ver por que ele não apareceu. É um roteiro póstumo, escrito por Adrienne Shelly, morta em 2006 por um ladrão que invadiu sua casa. Outro travo amargo para o filme. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Capitalismo: Uma História de Amor

Michael Moore em cena com seu amado megafone
Foto: AllMovie Photo
Para cineastas que escolhem fazer de sua carreira algo "engajado", expressão que foi moda há alguns anos, o risco é o de perder o bonde da história. De certa forma foi isso que aconteceu com Michael Moore, que parecia heróico nos tempos dos desmandos de George W. Bush, como provam os filmes Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de Setembro, premiados em todo o mundo.
Agora, como Obama no poder, já aparecem críticas de que o gordo e abusado cineasta exagera na dose e cria situações falsas em seus documentários. Sicko, que falava sobre o sistema americano de saúde, nem foi tanto sucesso e este aqui aterrissou direto nas locadoras. Desta vez, Moore elege como alvo o capitalismo, claro, algo mais abrangente e sem alvo pessoal definido. O bom é que fica mais responsável. O ruim (para ele) é que fica menos bombástico.
Moore toma como ponto de partida a crise econômica de 2008, que fez com que muitas pessoas perdessem suas casas com o estouro da "bolha". Ao mesmo tempo, fuça as sujeiras do Congresso, de deixar o público com os cabelos em pé. Seja como for, Moore é sempre interessante. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Justiça Infinita

Raza Jaffrey: seduzido pela causa fundamentalista
Foto: Google Image
O drama foi lançado há pouco no mercado de DVD, mas demorou a chegar, já que sua estréia no mercado americano data de 2006. Teve dificuldade em fazer sucesso, já que os atores são pouco conhecidos, o tema não seduz (as questões ligadas ao terrorismo logo após ao 11 de Setembro). Mas pode ser uma boa descoberta para quem gosta de filme sério.
São dois homens em lados diferentes do mesmo grande problema. O jornalista americano Arnold Silverman (Kevin Collins), judeu, investiga a rede terrorista Al Qaeda. Ele tem motivação especial, já que sua irmã estava no World Trade Center. De outro lado, há Kamal Khan (Raza Jaffrey), filho de paquistaneses que estuda na Universidade de Londres.
Ao reencontrar um velho amigo, que agora é muçulmano fundamentalista, ele vai a um campo de treinamento na Bósnia e muda de vida. As trajetórias dos dois se unem de forma trágica, quando o jornalista está num porão, sequestrado. O final é chocante. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Distúrbios do Prazer

Jason Patric e Maria Bello: extremos da atração
Foto: Google Image
É um drama que tem tudo para incomodar, causar desconforto, entre o público mais sensível. O tema é bastante atual, e pesado: os extremos a que podem chegar as pessoas em sua busca de prazer pela internet. E a forma de contar a história foi radical, sem fazer concessão. Pior é que se descobre que tudo foi baseado numa história real.
O roteiro começa quando Albert (Rufus Sewelll) chega em casa e encontra um bilhete de Nancy (a intensa Maria Bello), sua esposa há 15 anos, dizendo que saiu para viajar com uns amigos. Mas não é verdade. Ela foi atrás de Louis (Jason Patric), que conheceu em chats.
O marido rastreia as conversas pelo computador e fica estarrecido ao descobrir a verdade. Apesar de não assumir que ele sempre tratou a mulher com descaso, ele nunca percebeu que ela queria na verdade o prazer de sofrer, para aquietar a alma masoquista. Indicado apenas para quem não se choca com facilidade. (Ronaldo Victoria)

domingo, 1 de agosto de 2010

Planeta 51

Capitão Chuck ao lado de Lem, seu amigo verdinho
Foto: AllMovie Photo
Nesses tempos atuais em que o 3D virou moda (ou obrigação para que o cinema continue a atrair a moçada), a disputa entre os desenhos animados ficou cada vez mais acirrada. A ponto de esta comédia interessante ter passado praticamente em branco nas salas. Mas pode garantir boa diversão no formato DVD, assistida em casa.
O roteiro fala sobre um corajoso austronauta, o Capitão Chuck, que deseja ser conhecido por seu feito de ser o primeiro a chegar ao tal Planeta 51 do título. O problema é que quando ele chega, descobre que o local já é habitado por encantadoras criaturinhas verdes com anteninhas e orelhas grandes.
Aí se inverte o modelo do alienígena invasor, já que o intruso é o capitão. E se mostra a turma de verdinhos em família, algo que rende diversão desde os Flinstones na Idade da Pedra. Mas Chuck também precisa ter cuidado se não quiser terminar como peça do museu de invasores do Planeta 51. A versão original tem vozes de Dwayne Johnson como o astronauta, Justin Long como o camarada Len e Jessica Biel fazendo Neera, a nmorada de Lem. (Ronaldo Victoria)