sábado, 31 de julho de 2010

Encontro Explosivo

Tom Cruise e Cameron Diaz: no reino da adrenalina
Foto: AllMovie Photo
Tom Cruise quer de todo jeito recuperar o título de número 1 das bilheterias e não tem poupado tempo (nem milhas aéreas) em nome disso. Para o filme anterior, o sério Operação Valquíria, o astro veio ao Brasil com a mulher e a filha, mas o resultado não foi lá essas coisas. Dois anos depois, volta ao esquema de ação ininterrupta e retornou ao país, desta vez com Cameron Diaz. Será que vai dar certo?
Em termos de ação vertiginosa, tudo bem. O filme dirigido por James Mangold tem do início ao fim. E há locações em vários países, incluindo uma corrida de touros na Espanha. Cruise interpreta Roy, um agente que percebe uma operação suspeita e passa a ser perseguido pelos antigos parceiros.
Tudo está ligado a uma imporável bateria, que seria eterna, inventada por um nerd de 20 anos. Mas no caminho dele surge a bela June (Cameron), que a princípio o rejeita, mas depois, claro, se apaixona. Se há adrenalina de sobra, o problema é que o roteiro ao mesmo tempo pareça irreal ou previsível demais. É apenas cinema pipoca, e olhe lá. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sex And The City 2

Cynthia, Sarah, Kim e Kris em momento karaokê
Foto: AllMovie Photo
Comparada com a decepção que foi o primeiro episódio no cinema (que conseguiu transformar as personagens em quatro chatas e ansiosas), esta segunda aventura das moças (agora quase todas com um pé, ou os dois, nos 40 anos) investiu bem mais no humor. Conseguiu então ficar mais próxima do espírito da série? Pior que não.
Agora o investimento foi totalmente num humor descompromissado, quase caricato. Elas aparecem a cada cena em clima de comicidade quase forçada. Começa com a cena inicial em um casamento gay, com a participação especial de Liza Minelli, e prossegue com a viagem a Abu Dhabi, que toma boa parte da narrativa.
Carrie (Sarah Jessica Parker) reavalia de novo sua relação com Big (Chris Noth), Samantha (Kim Cattral) teme a menopausa, Charlotte (Kristin Davis) tem ciúme da babá dos filhos e Miranda (Cynthia Nixon) continua mandona. Há algumas piadas legais sobre a opressão da mulher muçulmana. A preocupação com a moda chega ao exagero, as troca de roupas chegam a cansar. Para rir sem compromisso. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Plano B

Jennifer Lopez e Alex O'Loughlin: romance sem novidades
Foto: AllMovie Photo
Dizem que a experiência de ter sido mãe recentemente (ela teve dois filhos), fez com Jennifer Lopez deixasse a carreira em segundo plano. Aliás, ela mesma fez questão de alardear o fato. Assistindo a essa comédia romântica, a gente percebe que é verdade. Além de falar sobre maternidade, o filme não acrescenta nada de novo ao gênero.
Dessa vez La Lopez vive Zoe, trintona que acredita já ter esperado demais que algum namorado tome a decisão de pedi-la em casamento e ser pai de seus filhos. Independente e bem-resolvida na carreira (como pede a cartilha atual de Hollywood), decide fazer inseminação artificial e ser mãe sozinha.
O problema é que logo depois ela Stan (o bonitão australiano Alex O'Loughlin), que parece ser mesmo o cara que sempre procurou, mas ele nem desconfia que ela está grávida. Como contar a verdade? Não há muita novidade, todo mundo sabe como termina e algumas cenas (como a do parto) são bem caricatas. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vidas que se Cruzam

Charlize Theron e John Corbett no reino da melancolia
Foto: AllMovie Photo
Desta vez o título nacional foi bem escolhido, porque a narrativa vai contando duas histórias paralelas, envolvendo duas mulheres fortes e fora dos padrões que moram numa pequena cidade do interior americano. Cabe ao espectador acompanhar e tentar entender antes qual é a ligação que existe entre elas. É um desafio estimulante, nas apenas em nível intelectual, mas emocional. E cinematograficamente o resultado é ótimo.
A primeira é a angustiada Sylvia (Charlize Theron, ótima), que guarda um segredo grave em seu passado e não consegue se relacionar direito com os homens. A outra é Gina (Kim Basinger, envelhecida mas ainda sensual), que tem casos com vários homens para compensar o casamento falido.
Existe também a jovem rebelde Mariana (Jennifer Lawrence), que não aceita o que acontece em sua família. São três ou duas mulheres? Em que ponto a trajetória deles se junta? Há um acidente envolvendo fogo que as une de forma trágica. Marca a estreia de Guillhermo Arriaga, roteirista dos filmes de Alejandro Iñarrittu (Amores Brutos, 21 Gramas, Babel). Brilhante. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Palavra Encantada

Chico Buarque é um dos astros do documentário
Foto: Google Image
Esse belo documentário foi lançado há mais de um ano nas salas de cinema e talvez seja difícil de encontrar nas locadoras. É um produto alternativo, diferenciado, mas que tem um resultado que passa longe do difícil, do pretensioso. Ao contrário, o filme dirigido por Helena Solberg é de fácil assimilação. O tema, como demonstra o título, é a ligação entre música e poesia.
Chama a atenção o depoimento de Chico Buarque dizendo não se considerar um poeta. Como assim? Será modéstia do rapaz? Afinal, um letrista de renome, como Paulo César Pinheiro, afirma ser Chico o maior exemplo do poeta musical. Mas o autor de Construção (a letra é ou não uma poesia?) prefere creditar a Cartola esse status. E lembra da dificuldade que teve, no início da carreira ao colocar melodia em Funeral de um Lavrador, de João Cabral de Mello Neto, poeta que assumia não gostar de música.
A lista de músicos e cantores é muito interessante: Maria Bethânia, Martinho da Vila, Lenine, Adriana Calcanhoto, Arnaldo Antunes e muitos outros. Vale por uma aula rica e nada chata sobre música e poesia. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sei que Vou te Amar

Luke Ford (à frente) e Rhys Wakefield: família diferente
Foto: Google Image
É um drama romântico interessante, que merece a atenção do público apesar do título nacional bobo, que imita Vinícius de Moraes e filme de Arnaldo Jabor. O diferencial deste para tantos outros filmes água-com-açúcar (o que ele não é) é falar como às vezes nos sentimos pressionados a nos anular por causa da família. E como, apesar de nos acharmos bons, nos sentimos frustrados por causa disso.
Ficou confuso? Vamos explicar melhor. É o que acontece com Thomas (Rhys Wakefield), rapaz de 16 anos que é escolhido pela família para cuidar do irmão mais velho, Charlie (Luke Ford). Ele tem autismo e transtorno de déficit de atenção, e tem idade mental de no máximo cinco anos.
Para complicar, a mãe dos meninos está grávida. Com isso o romance de Thomas com Jackie (Gemma Wad) pode ir por água abaixo. Acontece que em algumas situações Charlie se mostra de fato insuportável. A consagrada Toni Collette brilha como a mãe dos rapazes. (Ronaldo Victoria)

domingo, 25 de julho de 2010

Tudo por Ela

Diane Kruger em cena: o inferno de uma prisão injusta
Foto: Google Image
O drama francês prova que é possível misturar romance com situações policiais. A mistura não resulta estranha, ao contrário prende a atenção e ao mesmo tempo emociona o espectador. Mérito de uma direção sóbria e de uma narrativa enxuta e sem exageros. O elenco também é um destaque a parte, principalmente o ótimo ator francês Vicent Lindon, que dá um banho da primeira a última cena.
Ele intepreta Julien, marido completamente apaixonado pela esposa, a bela Lisa (a alemã Diane Kruger), e com um filho pequeno. Um dia o apartamento dos dois é invadido pela polícia e ela é levada presa, acusada pela morte da chefe. Acontece que Lisa teve uma séria discussão com a mulher, que no estacionamento da empresa foi atacada e morta por uma drogada, que foge.
Lisa chega nesse momento e é considerada culpada, até pelos motivos que tinha e por ninguém ter visto a tal mulher. Então, tirá-la da prisão passa a ser a obsaraessão de Julien que, por amor, passa por cima da lei. Os americanos acabaram de fazer uma versão, que deve estrear no final do ano, com Russel Crowe no papel principal. (Ronaldo Victoria)

sábado, 24 de julho de 2010

Quando em Roma

Josh Duhamel e Kristin Bell na fonte dos desejos
Foto: AllMovie Photo
É mais uma comédia romântica a traçar um retrato estereotipado das mulheres de hoje. Ou seja, por mais que elas se realizam na carreira, o que lhes falta mesmo é um marido. A personagem principal, Beth (Kristin Bell) é mostrada desse jeito. Jovem curadora de arte bastante conceituada no meio em Nova York, ao mesmo tempo é totalmente desajeitada no romance.
A bela entra em crise quando a irmã caçula, bem mais burrinha e ao mesmo tempo esperta, vai se casar de surpresa. Pior: com um italiano bonitão e milionário. Beth vai ser madrinha em Roma, dá vexame na festa e conhece o charmoso Nick (Josh Duhamel, marido da cantora Fergie).
As coisa parecem ir bem entre eles, mas durante uma bebedeira, ela vai à Fontana di Trevi e pega algumas moedas que o povo joga em busca do amor. O incrível acontece: os donos das moedas se apaixonam por ela. Bobinho, não? (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Aposta Final

Chazz Palmintieri e Patrick Cupo no mundo dos jogos de azar
Foto: Google Image
É uma comédia modesta, de produção nada luxuosa, e realizada há alguns anos. Mas pode interessar em DVD para quem gosta de enredos com tramas engraçadas que ao mesmo tempo falam de assunto bem sério. No caso é o vício pelas apostas, mais especificamente as corridas de cavalo, o que pode fazer com que muita vida se perca.
O personagem principal é Michael (Patrick Cupo), para quem a sensação de um dia de corrida é tão importante quanto respirar. O problema, claro, é que nem sempre ele acerta, e um palpite errado pode dar fim ao seu casamento. Ao mesmo tempo em que tenta se reerguer, ele percebe que sua fixação é uma doença e tenta se reerguer.
O elenco secundário traz nomes que já fizeram parte de grandes produções como Chazz Palmintieri, hoje um pouco sumido, e Robert Davi sempre fazendo papel de bandido. Outro nome de peso é do produtor, o chinês Ang Lee. Para ser descoberto. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Embarque Imediato

Marília Pera e José Wilker: casal caricato
Foto: Google Image
Não é à toa que foi um fracasso nos cinemas essa comédia brasileira. Certamente quem pagou ingresso para as salas de exibição deve ter reclamado. Talvez no formato DVD, num dia sem alternativas, possa ser apreciado com mais condescendência. Afinal, o resultado lembra bem mais progamas de humor como Zorra Total do que a sétima arte.
Isso porque o exagero, a caricatura, toma conta de tudo. Até uma atriz como Marília Pêra, de quem não se pode questionar o enorme talento, soa caricata em cena. Ela vive Justina, uma aeromoça sonhadora, enrolada pelo malandro Fulano (José Wilker), dono de agência para modelos gordas. Wilker parece repetir o papel de bicheiro da novela e Marília não convence como mocinha ingênua.
Para complicar, há o envolvimento dela com um rapaz mais novo (Jonathan Haagensen, que depois de Cidade de Deus parece ter desaprendido), que quer ir para os Estados Unidos. Os dois acabam participando de um concurso de calouros para cosneguir grana, mas tudo parece sem sentido. O mais recomendado é fuga imediata. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Mente que Mente

John Malkovich encarna um adivinho em crise
Foto: Google Image
Dizer que o título nacional ficou bobo e não atrai ninguém é chover no molhado. Apesar de desse tiro no pé da distribuidora, vale a pena ver essa comédia que tem como maior trunfo seu astro, John Malkovich. Ele ficou um ator bem mais interessante quando assumiu seus truques e canastrices. Antes era afetado e pretensioso, hoje se permite brincar em cena e faz a gente rir sem maiores compromissos.
Aqui Malkovich encara, com todo estoque de tiques e xiliques, o mentalista Buck Howard. Depois de ter sido enorme sucesso nos anos 70 (apareceu mais de 60 vezes no programa de entrevistas de Johnny Carson), o mago está decadente e faz shows em pequenas cidades. O ego, porém, continua enorme.
O roteiro mostra começa quando Troy (Colin Hanks, filho de Tom Hanks, que faz participação não creditada), ao sair da faculdade, decide recusar o emprego do sonho dos pais para viver assistente de Buck. Howard ensaia uma volta por cima, mas seu gênio difícil pode colocar tudo a perder. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Testemunhas de uma Guerra

Colin Farrell interpreta um fotógrafo ambicioso
Foro: Google Image
É um drama de guerra ambicioso e emocionante, que traz algumas cenas difíceis de aguentar para os mais sensíveis. Porém, não cai no mau gosto ou no exagero, consegue denunciar o horror de uma guerra seu sentido (seu objetivo) sem mergulhar no sensacionalismo. Mérito do diretor, o bósnio Danis Tanovic, que ganhou o Oscar de filme estrangeiro há alguns anos pelo belo Terra de Ninguém.
Aqui o diretor fala dos fotógrafos que vivem de documentar cenas sangrentas. São dois amigos ingleses, Mark (Colin Farrell) e David (Jamie Sives). Eles se conhecem há muitos anos e vão, nos anos 90, para a região conflagrada do Curdistão, na fronteira do Iraque.
Enquanto Mark é ambicioso e quer fazer uma foto famosa, David quer desistir e voltar para a casa, para a mulher Diane (Kelly Reilly), prestes a dar a luz. Já a esposa de Mark, a espanhola Elena (Paz Vega), entende a postura do marido. Mas apenas um deles irá voltar vivo, o que faz com que o sobrevivente reavalie toda a sua vida. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Assalto ao Carro Blindado

Matt Dillon vive um dos seguranças que trocam de lado
Foto: AllMovie Photo
A aventura fala de um assunto polêmico e bastante pertinente nos dias de hoje: a hora em que os profissionais podem mudar de lado, ou seja, a tentação que representa lidar com dinheiro. É essa a base do roteiro do filme que tem bastante ação, um elenco bem escolhido, mas também não ultrapassa o meio-termo. Diverte sim, mas não acrescenta muita coisa.
Os personagens principais integram um grupo de segurança de uma transportadora de valores. Até que decidem arriscar as vidas e as carreiras planejando um assalto ousado, que renderia para eles algo em torno de 10 milhões de dólares. É de se perguntar se continuariam no emprego ou se não pensaram que o ato levantaria suspeitas. Enfim, coisas de cinema de ação...
O problema maior é que durante a ação uma testemunha acaba sendo morta. Em crise de consciência, Ty (Columbus Short), um dos guardas, desiste do plano e quer convencer os outros de que não vale a pena. Matt Dillon, Jean Reno e Laurence Fishburne garantem interesse em cena. (Ronaldo Victoria)

domingo, 18 de julho de 2010

Maldito Futebol Clube

Michael Sheen é o técnico que fala mais do que a boca
Foto: Google Image
Apesar da ressaca provocada pela Copa do Mundo, vale a pena conhecer essa comédia inglesa ambientada no mundo do futebol. Escrita por Peter Morgan (o mesmo que retratou Elizabeth II em A Rainha) e estrelada por um grande ator (Michael Sheen, que foi o Tony Blair naquele filme), mostra a vida de um técnico arrogante e destemperado, Brian Clough, uma espécie de Dunga em euros.
Depois de ter uma temporada de sucesso num time de segunda linha, ele chega o poderoso Leeds United se achando a salvação da pátria. Cria caso com todo mundo, impõe suas vontades e trata os jogadores como escravos. Resultado: sua temporada dura apenas 44 dias, e tem de encarar a demissão sumária.
O roteiro conta tudo isso com muito humor, mas também relata a redenção do desequilibrado. Clough entende o que todo mundo sempre falava: que ele dependia de seu auxiliar, o pacato Peter Taylor (Timothy Spall), Assim, consegue se reerguer. O resultado é brilhante. (Ronaldo Victoria)

sábado, 17 de julho de 2010

Garras da Corrupção

Jakob Eklund interpreta detetive ousado
Foto: Google Image
Este policial é uma co-produção entre Suécia e Finlândia e demorou algum tempo (seis anos) para chegar ao nosso mercado de DVD. O título original é Tredje Vagen, traduzido no mercado internacional para The Third Wave, ou seja a terceira onda. No caso é o novo estágio do crime organizado europeu, que também ficou unido e agora contamina até mesmo grandes corporações a primeira vista insuspeitas.
É contra esse estado de coisas que se coloca, de maneira bastante corajosa, o novo chefe da Europol, o sueco Olaf Sellberg (Lennart Hjulström). Porém, ele logo é assassinado de maneira covarde. Enquanto isso, em Londres, a corretora Rebecca (Irina Bjorklund), descobre que seu noivo, Kane (Ben Pullen), um gênio das finanças, se envolveu com o crime.
Para reunir provas contra ele e testemunhar, ela conta com o apoio do aventureiro detetive Johan Falk (Jakob Eklund). O clima da narrativa é eletrizante e prende a atenção a cada minuto. Vale a pena descobrir. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Missão Quase Impossível

Jackie Chan com a menina Alina Foley: babá por acaso
Foto: Google Image
Mais cedo ou mais tarde, seja pela idade ou pela crise na carreira, astros de filmes de ação estrelam produções destinadas ao público infantil. Já foi assim com Schwarzenneger (Um Tira no Jardim da Infância), Vin Diesel (Operação Babá) e Dwayne Johnson (O Fada do Dente), O chinês Jackie Chan não poderia fugir do privilégio, ou do castigo, dependendo do ponto de vista.
Chan há alguns filmes já se preparava para mudar sua persona, investindo bem mais no humor do que na pancadaria. Aqui ele vive o agente Bob 006, que está prestes a se aposentar como espião da CIA. Dado que sua namorada, a bela Gillian (Amber Valletta) nem desconfia.
Muito menos os três filhos da moça: Farren (Madeline Carrol), Ian (Will Shadley) e Nora (Alina Foley). Para eles, Bob é um nerd sem noção, e fazem de tudo para sabotar o romance da mãe com o cara. Tudo muda quando Gillian precisa viajar e deixa os pestinhas com o namorado durante o fim de semana. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Toy Story 3

Andy e Buzz lutam contra a aposentadoria
Foto: AllMovie Photo
Deve ser mesmo o desfecho da bela e engraçada série que marcou o sucesso definitivo da produtora de desenhos animados Pixar, depois comprada pela Disney. O que é uma pena, já que o fecho dessa trilogia é ótima sob todos os aspectos. Mesmo sabendo que não tem como continuar o enredo, a gente fica no final com uma sensação de quero mais. E as lágrimas, principalmente do público maduro, são inevitáveis.
Essa terceira parte chega a um ponto crucial. Andy, o menino dono dos brinquedos, cresceu e entrou na faculdade. Sua mãe, dona do espírito prático feminino, aconselha o rapaz a separar o que vai ser jogado fora e o que será doado para uma creche. As duas opções são terríveis para seus velhos amigos de brinquedo (ou de verdade?).
Na busca para fugir da lalta de lixo ou de serem destruídos por criancinhas, eles encontram a ajuda da boneca Barbie e enfrentam Lotso, um paranóico bichinho de pelúcia. O desfecho é emocionante. Foi tão elogiado que no site IMDB (Internet Movie Database), especialista em cinema, está em sexto lugar entre filmes de todos os tempos, pela avaliação do público. Para todas as idades. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Marmaduke

Cachorrão dá uma de surfista na Califórnia
Foto: AllMovie Photo
A gente sabe que é um filme feito para as crianças, mas acontece que em já passou (um pouco ou muito) da fase alvo, que deve ser no máximo oito anos de idade, tem tudo para se aborrecer. É daquelas produções em que a gracinha rima com preguiça de fazer algo um pouco mais criativo. E, convenhamos, filmes com animais falando já deram o que tinham de dar.
No caso o falante é um dog alemão de mais de 90 quilos, o Marmaduke do título. Nas versões originais quem faz a voz é Owen Wilson, que está em fase canina, já que viveu o dono do Marley. O problema de Marmaduke é que a família se muda do Kansas para a ensolarada Califórnia e ele demora a se adaptar.
Além disso, ele se apaixona por uma afgan patricinha. E ainda por cima seu dono, um publicitário, inventa de criar uma competição de surfe para cães e ele tem de bancar o cobaia da ideia maluca. É meio bobinho, mas pode divertir numa tarde chuvosa. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Os Homens que Encaravam Cabras

George Clooney e Ewan McGregor: absurdos da guerra
Foto: AllMovie Photo
O letreiro inicial do filme já adverte: "você ficaria surpreso com a quantidade de coisas que são reais." É desse absurdo que o filme extrai sua graça, e seu interesse para o público. Curiosamente, o teor "viajandão" da maioria das histórias pode afugentar aqueles espectadores mais ligados no lado realista da vida. Enfim, é o típico produto "ame-o ou deixe-o."
O ponto de partida acontece quando o jornalista Bob (Ewan McGregor), em crise profissional e à procura de uma matéria atraente, fica sabendo de um incrível pelotão do exército americano que reúne paranormais.
O fundador do chamado Exército da Nova Terra é Bill Django (Jeff Bridges), ex-combatente da Guerra do Vietnã que se recusou a matar no campo de batalha. Seu pupilo principal é Lyn (George Clooney, também produtor), capaz de matar uma cabra com um simples olhar. A categoria do elenco, que inclui ainda Kevin Spacey, também garante boas risadas para quem entrar no clima. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Esquadrão Classe A

Cooper, Jackson, Copley e Neeson: quarteto da pesada
Foto: AllMovie Photo
A origem é um seriado de sucesso nos anos 80 que, como muito produto daquela época, hoje é visto ou como brega ou como cult (depende do freguês). Portanto, o maior mérito do diretor moderninho Joe Carnahan (que fez Narc e A Última Cartada), foi manter o equilíbrio entre tirar a aura trash e ao mesmo tempo não se levar a sério demais.
Há também de se dar o crédito para o ótimo elenco que escolheu. O inglês Liam Neeson esbanja carisma e autoridade como Hannibal. Bradley Cooper mostra que é o galã da hora na pele de Templeton. Sharlto Copley, revelado em Distrito 9, rouba as cenas em que aparece vivendo Murdock. E Quinton Jackson completa bem o time sendo B.A.
Na série, o time era chamado para as missões mais estapafúrdias. O roteiro do filme é mais complexo e conta que eles foram considerados à margem do Exército por conta de uma missão mal-sucedida em 2003. São perseguidos por uma agente do FBI (Jessica Biel), enquanto tentam provar a inocência. Fácil de ver e não ofende a inteligência de ninguém. (Ronaldo Victoria)

domingo, 11 de julho de 2010

Shrek Para Sempre

Ogro verde cai numa armadilha no final da série
Foto: AllMovie Photo
É mesmo o encerramento da série que no começo, em 2001, revolucionou os desenhos animados por acrescentar um toque satírico aos contos de fada. Poderia ter dado errado, era de fato arriscado, se não contasse com um trunfo: inteligência. O terceiro espisódio, porém, já dava marcas de cansaço e não foi o sucesso que se esperava.
Essa nova produção surgiu, então, para dar um encerramento digno. O que consegue em termos artísticos, mas nem tanto comerciais pois até o momento não foi o estouro que se esperava. A questão provável é um tom sombrio que toma conta dessa última narrativa.
Casada com Fiona e com três filhos, Shrek parece ter entrado em crise de meia idade antes da hora e passa a sonhar com o tempo em que não era "domesticado", mas sim um ogro selvagem. Aí que surge o vilão Rumpelstilstskin, que oferece a ele a chance, mas, claro, não conta que há um preço a pagar. (Ronaldo Victoria)

sábado, 10 de julho de 2010

Decisões Extremas

Harrison Ford e Brendan Fraser: medicina e esperança
Foto: Google Image
A primeira coisa que chama a atenção neste drama é o fato de o nome do estrelíssimo Harrison Ford (astro de Indiana Jones, Blade Runner, A Testemunha e tantos outros) aparecer em segundo lugar no elenco. O primeiro nome é o de Brendan Fraser, galã que aumentou bastante a circunferência da cintura, com vários quilos extras. Claro que são questões superficiais, pois o que conta é o fato de ser um filme que emociona.
É feito para a televisão, contando úma história de superação da medicina, baseada em fatos reais. Fraser vive John Crowley. Ao lado da esposa, Aileen (Keri Russell), ele encara o drama de ter dois filhos com a síndrome de Pompe. É uma rara disfunção genética que faz com que as crianças aos poucos percam o movimento e morram antes de chegar à juventude.
Assim como outros pais, eles lutam para buscar uma cura. A esperança chega por meio do pesquisador Robert Stonehill (Ford), que tenta isolar a enzima que facilitaria a cura. O enredo fala dessa busca, com investimento em dinheiro, e brigas para conseguir apoio ao trabalho. O final, claro, é emocionante. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Alô Alô Terezinha

O Velho Guerreiro com suas chacretes em cena
Foto: Google Image
À primeira vista, o documentário assinado por Nelson Hoineff analisaria a importância de Abelardo Barbosa para a cultura pop brasileira. Figura que atravessou décadas com sua irreverência e seu estilo até identificado com o tropicalismo ("Chacrinha continua balançando a pança", dizia Gilberto Gil em Aquele Abraço), hoje, nesse mundo virtual, ele parecia um tanto apagado.
Porém, Hoineff, fiel a seu estilo revelado no antigo e escandaloso programa Documento Especial, da Manchete, prefere centrar foto nos bastidores. Ele revela atração por contar por onde andam hoje as famosas chacretes, parceiras de palco do Chacrinha. Ele tem especial predileção por revelar como a maioria delas, hoje senhoras pra lá dos 50, estão em fase decadente.
Além de Rita Cadillac, a mais famosa ( "a mais burra e esperta de todas ao mesmo tempo", na definição de um produtor), há Índia Potira, que teve problema com a polícia por causa de um namorado, há muitas outras. Nos depoimentos dos artistas, Hoineff também prefere o inusitado, como deixar na edição final a cena em que Elba Ramalho para de cantar e diz "ih, esqueci a letra". Divertido mas superficial. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Harry Brown

Michael Caine na pele do coroa vingador
Foto: Google Image
A capinha do DVD força uma comparação com Gran Torino, filme estrelado por Clint Eastwood. O tema desse tipo de produção é sempre polêmico (afinal, se fala de fazer justiça com as próprias mãos), o que dá margem a filmes bons como o de Eastwood ou coisas mais radicais como Desejo de Matar, com Charles Bronson. A diferença é que também conta aqui com um grande ator encabeçando o elenco, o inglês Michael Caine.
Caine é aquele tipo de artista com autoridade suficiente para convencer em qualquer tipo de papel, dos mais dramáticos aos satíricos. Aqui ele vive um viúvo amargurado, o Harry Brown do título, que vive num daqueles conjuntos habitacionais infectos de Londres. Um dia, seu melhor amigo é morto por uma gangue de garotos malfeitores que toma conta do pedaço.
Apesar de contar com apoio de uma policial, Alice (Emily Mortimer), ele percebe que não conseguirá ver os culpados punidos se não agir pelas frestas da justiça. Ele chega a entrar em contato com perigosos traficantes de armas. O roteiro é tão envolvente que fica difícil não torcer para que os malandros se dêem mal. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Adam

Rose Byrne e Hugh Dancy: mundos paralelos
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Já ouviu falar em Síndrome de Asperger? A psicologia moderna a define como uma espécie de autismo moderado, que não impede uma aparente vida normal mas faz com que a pessoa se concentre demais em seu mundo interior e tenha dificuldade em manter laços emocionais. Por isso quase todos são geniais na profissão, mas crianças em outros aspectos. Tanto que exemplos disso seriam Mozart e Einstein.
Explicado isso, vamos ao filme. A comédia romântica consegue um ótimo resultado ao mostrar um rapaz diagnosticado com Asperger, o Adam do título, vivido pelo inglês Hugh Dancy, marido de Claire Danes na vida real. Ele é um astrônomo muito avançado, mas vive em total solidão.
Até que se muda para o apartamento vizinho a encantadora Betty (Rose Byrne). Logo pinta um clima entre os dois, mas os sintomas de Adam podem botar tudo a perder. O roteiro não força a barra para mostar que "o amor vence tudo", por isso é bem mais maduro do que se espera. Vale a pena descobrir. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 6 de julho de 2010

É Proibido Fumar

Glória Pires: entre o amor e a nicotina
Foto: Google Image
"O cigarro parece meu amigo, mas é meu inimigo". Essa frase, em ritmo de mantra, persegue Baby (Glória Pires) em suas tentativas para parar de fumar. Ainda solteira e romântica, ela mora num apartamento que foi herança da mãe e dá aulas de violão sem muito empenho. Além de Chico Buarque, o cigarro é sua única paixão.
Porém, quando se muda para o apartamento vizinho o músico Max (Paulo Miklos), meio malandro e recém-separado, ela percebe a chance de dar uma virada na vida. O filme de Ana Muylaert, a mesma diretora de Durval Discos, segue o mesmo estilo: fala de vidas simples em que acontece algo grande, sem aviso.
Mas é bom alertar que esse evento na vida de Baby não é exatamente a paixão, mas algo bem mais trágico. O roteiro extrai sua originalidade do fato de não ter nenhum resquício de moralismo. E nesses tempos em que fumar praticamente virou crime, soa irônico. Ah, Glória Pires está perfeita em cena, mas isso é novidade? (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mãos Talentosas

Cuba Gooding Jr. interpreta brilhante cirurgião
Foto: Google Image
As mãos do título não são de pianista ou de jogador de basquete, sim de um médico, e que conseguiu fama enorme nos Estados Unidos. Seu nome é Ben Carson, e sua história segue o figurino que os americanos adoram: negro, filho de mãe solteira com problemas de depressão, foi criado a duras penas e conseguiu entrar na faculdade e ser referência mundial em sua área.
Claro que essa trajetória virou drama para a televisão de seu país, com toda a dose de sentimentalismo que cabe. A questão, pórém, é que se assiste com prazer e dá mesmo uma visão positiva da vida. Quem faz o papel principal é Cuba Gooding Jr., que tem a chance de um personagem interessante depois de tantas aventuras de segunda linha que estrelou.
Kimberly Elise também convence na pele da mãe sofredora, Sonya. Ela consegue ver que a educação é a chance para os dois filhos e se sacrifica por eles. Ben acaba fazendo uma operação de separação de gêmeos siameses, que durou mais de 24 horas, e hoje é reconhecido em todo mundo, já tendo repetido várias vezes o feito. (Ronaldo Victoria)

domingo, 4 de julho de 2010

O Amor Pede Passagem

Jennifer Aniston e Steve Zahn: paixão sem noção
Foto: AllMovie Photo
Agora que Meg Ryan anda decadente, quem parece querer ficar de vez com o título de nova rainha da comédia romântica é mesmo Jennifer Aniston. A ex-Rachel de Friends e ex-senhora Brad Pitt vem fazendo um filme atrás do outro no estilo. E os títulos brasileiros, claro, acham que precisa haver a palavra "amor" no título. O problema é que nem todas as produções vem se tornando marcantes para o público.
O problema desse não é a falta de inteligência, já que o roteiro até que é interessante. Acontece que não oferece muito para o público a que se destina. Afinal, Steve Zahn e Woody Harrelson, os galãs da moça, se são atores interessantes, não provocam lá muitos suspiros. Aliás, a história mosta mais gente esquisita, sem noção, como diz a moçada.
Zahn na verdade é o ator principal na pele de Mike, um nerd sem coragem de encarar a vida e que dirige um motel de beira de estrada com os pais. Um dia aparece a executiva Sue (Jennifer) e ele vai simplesmente bater na porta do quarto dela querendo romance. Há cenas constrangedoras como aquela em que Sue deixa que ele apalpe o bumbum. E o mané vai atrás dela, mesmo saber que ela tem um noivo valentã, Jango (Harrelson). (Ronaldo Victoria)

sábado, 3 de julho de 2010

Apenas o Fim

Erika Mader e Gregorio Duvivier: acerto de contas
Foto: Google Image
É um filme dirigido por um rapaz de 20 e poucos anos, Matheus de Souza, que já vem sendo saudado no circuito cult brasileiro como uma promessa de renovação do cinema brasileiro. Ao contrário de tantos cineastas nacionais, que querem falar da questão social e mostrar bandido na favela (o que, cá entre nós, já encheu), ele aborda o que conhece: as dores e amores de sua geração.
Seu guru declarado é Domingos de Oliveira, até pela forma de filmar, de um jeito barato, num cenário só e com poucos atores. E até se pode ver ecos de Woody Allen na forma como ele conta a história. Tudo se passa na PUC carioca, onde Adriana (Erika Mader) vem contar a Antonio (Gregório Duvivier) que está indo embora.
O que se mostra é o acerto de contas entre o jovem casal, que nunca descamba para a baixaria. Enquanto tentam entender o que aconteceu, eles falam de referências pop para quem nasceu nos anos 80, de Power Rangers a Vovó Mafalda. Divertido e original. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um Crime Nada Perfeito

Christopher Walken e Morgan Freeman: seguranças atrapalhados
Foto: AllMovie Photo
É quase uma raridade no mercado uma comédia como essa, que ao mesmo tempo não ofende a inteligência do espectador com baixarias nem fica posando de cult ou descolada, o que é caminho quase certo para a chatice. Ajuda também o roteiro bem feito e o elenco de peso, composto quase na totalidade por atores veteranos e que já ganharam o Oscar.
A história fala sobre três seguranças de um museu que têm em comum, além da vida monótona, o fato de gostarem realmente das obras de arte da qual tomam conta. Essa é outra coisa legal no roteiro, mostrar que a arte tem o poder de mudar pessoas. O problema é que não muda exatamente para melhor. É que quando descobrem que o acervo será transferido para outro país, eles bolam um plano para roubar as obras durante o transporte.
Claro que tudo resultada em várias trapalhadas, que garantem a diversão. Christopher Walken (Roger), Morgan Freeman (Charles), William H. Macy (George) e Marcia Gay Harden (Rose, mulher de Roger) estão ótimos em cena, o que não é nenhuma novidade. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Mensageiro

Woody Harrelson e Ben Foster: más notícias
Foto: AllMovie Photo
Este drama não fez sucesso nos cinemas pela única razão que seu tema, a guerra do Iraque, se transformou em "veneno de bilheteria" tanto nos Estados Unidos quanto aqui. Guerra ao Terror ganhou o Oscar este ano, mas conseguiu muito mais prestígio junto à crítica do que repercussão popular. Aliás, o filme guarda muitas semelhanças com o vencedor da estatueta, não apenas pelo assunto, mas pelo tom sombrio.
Se no outro se falava de soldados especialistas em desarmar bombas, aqui a "bomba" é outra, e´tão perigosa quanto. Trata-se de uma divisão do Exército especialista em ir até as casas dos soldados mortos em combate e avisar para mães, filhos, esposas, o que aconteceu. Para isso precisam estar de prontidão de forma que a notícia não chegue por outros meios.
Claro que as cenas são fortes, incluem desespero e às vezes agressividade de quem não quer acreditar. Woody Harrelson, indicado ao Oscar de coadjuvante, vive o veterano capitão Tony Stone, enquanto Ben Foster é o impulsivo sargento Foster Montgomery. Forte e intenso. (Ronaldo Victoria)