sexta-feira, 28 de maio de 2010

Lunar

Sam Rockwell vive sempre no mundo da lua
Foto: Google Image

É uma ficção científica com doses de inteligência e ousadia na medida certa. Porém, não fez o sucesso que merecia e desembarcou direto nas locadoras sem passar pelas salas de cinema brasileiras, apesar dos muitos elogios no exterior. É difícil criar espaço com um tema árido, sem um grande nome popular no elenco (apesar de o astro, Sam Rockwell, ser ótimo ator). Aliás, é ele quem segura o filme praticamente sozinho, e essa solidão em cena pode contribuir para muita gente não ter encarado.
Rockwell interpreta Sam, um astronauta que trabalha para a Lunar Industries escavando o elemento químico hélio 3 na lua, onde vive há três anos apenas com um computador chamado Gerty. A voz da máquina é feita por Kevin Spacey e em alguns momentos lembra o famoso Hall 9000, o computador que enlouqueceu no clássico 2001 - Uma Odisséia no Espaço.
Faltando pouco tempo para completar sua missão, ele sofre um acidente nas máquinas de escavação e começa a desvendar um segredo e a duvidar de sua sanidade mental. Tudo está ligado a existência de clones dele mesmo. Em certo momento, o espectador se perguntar qual é o verdadeiro Sam e qual é a cópia. É um exercício sem dúvida interessante. Curiosidade: o diretor, Duncan Jones, é filho de uma lenda da música: David Bowie. (Ronaldo Victoria)