segunda-feira, 31 de maio de 2010

Robin Hood

Russell Crowe dá vida ao arqueiro inglês
Foto: AllMovie Photo

Quando o diretor Ridley Scott anunciou que faria mais uma versão do mito Robin Hood, e com Russell Crowe no papel principal, muita gente pensou: será que eles irão dar conta? Agora, com o filme em cartaz nos cinemas, e alcançando sucesso, só resta reconhecer: e não é que eles conseguiram? O Robin Hood das telas é bom diferente daquele que a lenda conta. Só perto do final, ele se parece com aquele clichê de roubar dos ricos para entregar aos pobres.
A história começa quando Ricardo Coração de Leão (Danny Huston), ausente 10 anos da Inglaterra por causa das Cruzadas, morre numa batalha. Sua falta mergulhou a ilha britânica numa confusão, com grupos internos se digladiando e os franceses ameaçando anexar o país. A mãe de Ricardo, Leonor de Aquitânia (Eillen Atkins), segura as pontas, mas a morte do filho mais velho faz com que a coroa acabe na cabeça do cruele John (Oscar Isaac).
Enquanto isso, Robin Longstride (Crowe) socorre um cavaleiro e fica encarregado de devolver sua espada. Por causa disso, conhece Lady Marion (Cate Blanchett), que, ao contrário das outras versões, é uma mulher determinada e lutadora. O resultado é nada menos que brilhante e prende a atenção do público a cada minuto. Não perca. (Ronaldo Victoria)

domingo, 30 de maio de 2010

Homem de Ferro 2

Robert Downey Jr. em cena: interação entre ator e personagem
Foto: AllMovie Photo
Dizem que o título do filme poderia ser dado não apenas para o personagem, mas também para o ator. Afinal, muita gente achou que Robert Downey Jr. estava acabado há uns 10 anos por conta do envolvimento com drogas e das tretas com a polícia. Mas ele ressurgiue sua escalação para ser o herói da Marvel Comics a princípio foi vista com desconfiança.
Porém, ele acrescentou uma dose de ironia e de cinismo muito legais, já que aquele lance de se levar a sério demais contamina e deixa insuportáveis boa parte dos filmes baseados em super-heróis. Aqui, na segunda parte, continuando o sucesso, todo mundo já sabe que Tony Stark, o playboy teoricamente alienado, é o homão.
E aparece novos personagens bem interessantes. Mickey Rourke, cada vez mais assustador, faz o vilão russo que quer se vingar da família Stark. A bela Scarlet Johansson vive a perigosa Natasha, que derruba um monte de homens sozinhas. E Sam Rockwell é o rival de Stark. Diversão garantida, sem chateação. (Ronaldo Victoria)


sábado, 29 de maio de 2010

Aritmética Emocional

Elenco de peso reunido num acerto de contas
Foto: Google Image
Em certa altura deste drama, o personagem de Christopher Plummer diz o seguinte: "Eu detesto das boas intenções." Talvez se possa dizer algo parecido em relação ao próprio filme, que sem dúvida é cheio de boas intenções dramáticas. Mas não consegue emocionar o espectador. Sabe aquele prato em que todos os ingredientes são ótimos, mas não sai saboroso quanto a gente esperava? Então...
Quanto ao elenco, não há o que dizer. Além de Plummer, há Susan Sarandon, Gabriel Byrne, o galã canadense Roy Dupuis e o grande Max von Sydow. A história, ambientada em 1985, fala do eterno fantasma da segunda Guerra Mundial.
Tudo acontece quando Melaine (Susan) descobre que o homem que ajudou no campo de transição de Drancy, onde os prisioneiros esperavam até serem levados a Auschwitz, está vivo. Ela o convida para um reencontro numa fazenda no Canadá, mas ele traz junto o garoto por quem ela se apaixonou naquela época. É bom, mas não empolga com o ritmo lento. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Lunar

Sam Rockwell vive sempre no mundo da lua
Foto: Google Image

É uma ficção científica com doses de inteligência e ousadia na medida certa. Porém, não fez o sucesso que merecia e desembarcou direto nas locadoras sem passar pelas salas de cinema brasileiras, apesar dos muitos elogios no exterior. É difícil criar espaço com um tema árido, sem um grande nome popular no elenco (apesar de o astro, Sam Rockwell, ser ótimo ator). Aliás, é ele quem segura o filme praticamente sozinho, e essa solidão em cena pode contribuir para muita gente não ter encarado.
Rockwell interpreta Sam, um astronauta que trabalha para a Lunar Industries escavando o elemento químico hélio 3 na lua, onde vive há três anos apenas com um computador chamado Gerty. A voz da máquina é feita por Kevin Spacey e em alguns momentos lembra o famoso Hall 9000, o computador que enlouqueceu no clássico 2001 - Uma Odisséia no Espaço.
Faltando pouco tempo para completar sua missão, ele sofre um acidente nas máquinas de escavação e começa a desvendar um segredo e a duvidar de sua sanidade mental. Tudo está ligado a existência de clones dele mesmo. Em certo momento, o espectador se perguntar qual é o verdadeiro Sam e qual é a cópia. É um exercício sem dúvida interessante. Curiosidade: o diretor, Duncan Jones, é filho de uma lenda da música: David Bowie. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Onde Vivem os Monstros

Max Records ao lado de Carol, seu amigo monstro
Foto: AllMovie Photo

Este é um filme surpreendente, em vários sentidos. Primeiro porque consegue pegar um livro infantil de poucas páginas, escrito por Maurice Sendak, e transformar num longa-metragem tão bom quanto a obra literária. Depois porque não se esperava esse estilo do diretor Spike Jonze, criador de obras "cabeça" (e também pretensiosas) como Quero Ser John Malkovich e Adaptação. Estranho é que, apesar do tema, é muito mais indicado para a platéia adulta.
O enredo fala sobre Max (Max Records), garoto travesso que não disfarça a crueldade que é característica das crianças (alguém ainda não acredita nisso?). Ele briga com a irmã, implica com o namorado da mãe (Catherine Keener) e, depois de uma discussão, foge dela sem dar explicações. Toma um barco vazio, atravessa um rio e chega a um lugar fantástico onde existem vários tipos de monstros, alguns bons outro francamente irritantes, com quem passa a conviver.
O menino alterna vários tipos de reações frente a seus novos amigos. E não precisa ser muito inteligente para sacar que cada criatura corresponde a um sentimento que temos dentro de nós mesmos, alguns que sufocamos, outros que não conseguimos apesar de nos fazerem mal. E destaca que a criança ainda tem uma espontaneidade que vamos perdendo ao longo da vida, por necessidade ou opção. Atores como James Gandolfini, Forest Witaker e Chris Cooper participam fazendo as vozes de monstros. Belo e intrigante. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Amor sem Escalas

George Clooney e Vera Farmiga: relações em trânsito
Foto: AllMovie Photo

Não é apenas a presença charmosa e carismática de George Clooney que chama a atenção para esse drama com toques cômicos. Ou seria uma comédia com tons dramáticos? A indefinição de gêneros só mostra como o filme consegue ser profundo ser sem ser chato. Mérito do belo elenco, de um roteiro muito bem escrito e da direção precisa do jovem Jason Reitman, que já havia realizado Juno e mostra que é um cineasta em que se deve prestar sempre atenção.
A história é centrada em Ray Bingham (Clooney), executivo que vive no ar (tradução literal do título, Up in The Air). Ele consegue atingir a marca das 10 milhões de libras voadas pela mesma companhia aérea, o que lhe garante um cartão vitalícia. Pela suas contas, passou 321 dias do ano anterior fora de casa. Seus papos, até com a bela Alex (Vera Farmiga), com quem flerta, são sobre dicas para não perder tempo em aeroportos ou saber a melhor locadora de carros.
O trabalho de Ray é tão desumano quanto ele vem se tornando. Ele é contratado por uma empresa que avisa funcionários de outras companhias que eles foram demitidos. Para isso conta com a parceria da jovem Natalie (Anna Kendrick). É uma bela e emocionante metáfora sobre o que estamos fazendo com a nossa vida hoje em dia, sobre como vivemos sem os pés no chão e cultivando apenas relações passageiras. Perfeito. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Jogos Mortais 6

Costas Mandylor interpreta mais uma vez o agente Hoffman
Foto: Google Image

Está difícil de os produtores resolveram largar o osso. Que no caso é essa série sanguinolenta, de extremo mau gosto, e que por razões talvez mais ligadas à psicologia que ao cinema, muita gente adora. E talvez nem seja o caso de se discutir o gosto, só de se lamentar. Provando que os produtores não são nem um pouco confiáveis, anunciou-se com estardalhaço que este seria o último capítulo. Porém, adivinhe? Deve vir mais um no ano que vem.
Apesar disso, há a boa notícia de que essa sexta edição não fez tanto sucesso quanto se previa. Será que está cansando? Tomara. Afinal, as armadilhas cruéis de Jigsaw (Tobin Bell) e sua cumplicidade com Hoffman (Costas Mandylor), agente da lei que seria encarregado de pegá-lo, já cansaram. Por trás das cenas de cabeças explodindo e vísceras expostas, o que a série de filmes destaca é algo mais que discutível: o direito de fazer justiça de forma arbitrária.
Assim, qualquer pessoa, por menor o seu erro, pode servir de exemplo. Nesta sexta história, tentou-se colocar como vilão alguém parecido, de certa maneira, com Jigsaw: um dono de plano de saúde privada, ou seja, um executivo frio que decide quem morre ou quem sobrevive. Mesmo assim, fica quase impossível encontrar algo decente. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma Mãe em Apuros

Uma Thurman (ao centro) tem dia estressante
Foto: AllMovie Photo

A maior qualidade deste filme é ter um jeito simples e fazer com que muita gente se identifique. Claro que o público alvo são as mulheres jovens que se aventuram a ser mães (e o roteiro mostra que a maternidadade hoje em dia cada vez mais se parece com uma aventura), mas outras pessoas podem se reconhecer. Principalmente aquelas estressadas, que vivem numa permanente ameaça de ataque de nervos. Enfim, não é muito especial, mas pode ser uma experiência divertida, dependendo do ponto de vista.
A personagem principal é Eliza (Uma Thurman, que aparece desglamourizada, quase sem maquiagem). Ela é uma escritora que não consegue fazer o que deseja na carreira, por pura falta de tempo. Tem um blog sobre maternidade, mas os livros vivem atrasados. É que Eliza tem dois filhos e o marido, Avery (Anthony Edwards), não ajuda muito. A história toda acontece num dia só, quando ela prepara a festa de aniversário da filha mais velha.
Um simples preparo que se revela um drama. O que o roteiro da também diretora Kaherine Dieckman mostra é que a cidade em que a pobre mãe vive, Nova York, virou uma selva urbana com pessoas neuróticas que não aceitam diferenças e se pautam cada vez mais pelo politicamente correto. É mais um filme para se refletir e nem tanto uma comédia, como quer fazer acreditar a distribuidora nacional. (Ronaldo Victoria)

domingo, 23 de maio de 2010

Lua Negra


Chris Divecchio e Ginny Weirich em cena: amor selvagem
Foto: Google Image
Os lobisomens não andam com muita sorte no cinema. Neste ano o filme estrelado por Benicio Del Toro foi fracasso (merecido) nos cinemas. Há uns bons anos até Jack Nicholson, ator de reconhecido talento, dançou ao viver um peludão. Sempre fica um pouco ridícula a transformação, a não ser no caso da saga Crepúsculo, onde não se mostra tantos detalhes da metamorfose do garoto bombado Taylor Lautner.
Por isso, é bem provável que você rirá mais do que terá medo desse suspense de segunda linha. É uma produção com curiosidade de ser praticamente uma cooperativa entre atores já em linha decadente na carreira. Caso da latina Maria Conchita Alonso, que fez bons trabalhos nos anos 80 e aqui vive a delegada.
Tudo começa quando aparece numa pequena cidade o desconhecido Dan (o modelo Chris Divecchio). Ele provoca a paixão a paixão de Amy (Ginny Weirich), mas provoca suspeitas no pai da moça. Logo se descobre que a família do rapaz é vítima de uma maldição e seu pai, Bender (Max Ryan) é uma criatura sanguinária. (Ronaldo Victoria)

sábado, 22 de maio de 2010

Herança Paranormal

Tim Daly enfrenta a casa mal-assombrada
Foto: Google Image
Casas mal-assombradas dão samba (ou melhor, filme) desde que o cinema é cinema. Da época muda aos dias atuais, sempre há um lugar em que os fantasmas fazem a festa. Por isso, esse suspense tem pouco de originalidade, mas alguns momentos marcantes. Tudo começa quando Brian Beckett (Tim Daly) descobre que uma tia, com quem nunca teve muito contato, deixou para ele a casa onde sempre viveu, daí o título nacional.
Beckett, além de cético, não acredita em nada além do poder e do dinheiro. É um cara em crise no casamento. Sua mulher e seu filho se ressentem dessa falta de carinho e atenção. Assim, passar uns tempos na casa velha lhe parece uma forma de fazer um retiro.
Só que logo coisas estranhas começam a acontecer. Mesmo lutando contra a própria descrença, Beckett começa a entender que há um segredo envolvendo o lugar, principalmente o armário do quarto da tia. Logo chama uma paranormal atraente para decifrar o enigama. A moça é interpretada por Zoe Saldana, que depois teria bem mais destaque como a Neyrit de Avatar. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vingança entre Assassinos

Ving Rhames tenta o bicampeonato da matança
Foto: Google Image

Sem querer ensinar ninguém a viver, ou pelo menos a apreciar cinema, o fato é que existem pelo menos duas formas de assistir um filme. A primeira é levando ao pé da letra (ou da arte), analisando cada produção como candidata a obra de arte. A segunda é relaxar e aproveitar, como diria a ex-ministra. Veja bem o caso de Vingança entre Assassinos. A sinopse diz o seguinte: a cada sete anos uma pequena aldeia inglesa organiza um torneio especial chamado The Tournament.
É totalmente secreto, mas muitos milionários fazem apostas para ver quem será o vencedor. São reunidos os 30 melhores matadores profissionais do mundo e eles precisam, numa competição sangrenta, exterminar uns aos outros como gladiadores modernos. Ou seja, se você levar a sério, vai pagar de chato. Deixe rolar, apesar de todo o absurdo.
A história tem até um padre, MacAvoy (Robert Carlyle), que entra de gaiato na matança. O americano, Joshua (Ving Rhames), vencedor da edição anterior, queria cair fora, mas teve a mulher assassinada. Também participam a chinesa Lai Lai (Kelly Hu) e o inglês Miles (Ian Somerhalder, o boonie de Lost). O final é meio sem graça, mas o resultado até que fica divertido. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Distúrbio

Mauricinhos e patricinhas adeptos do bullying
Foto: Google Image

O tema central deste drama inglês está (infelizmente) muito na moda: o bullying. Ou seja, fala daquele comportamento agressivo em que uma turma de alunos faz tortura, tanto física quanto psicológica, contra uma vítima escolhida ao acaso ou não. O bullying é uma atitude covarde, já que sempre escolhe os mais fracos, que não se enquadram no padrão. O problema, no caso deste filme, é que a narrativa foge cada vez mais do realismo, adquirindo tons estranhos e difíceis de engolir. A ponto de o espectador, em certo momento, torcer para que os valentões sejam eliminados. O que também é perigoso, ou não?
Tudo começa quando Darren (Calvin Dean), estudante do ensino médio, o mais gordinho e nerd, acaba cometendo suicídio, cansado de ser vítima das ameaças. Hostilizado pela turma mais popular, ele era apaixonado por Justine (Tuppence Middleton), que nem ligava para ele. Acontece que a garota é eleita representante da turma, ganha uma vaga para a universidade e começa a se envolver com Bradley (Alex Pettyfer), o bonitão da turma e o mais perigoso da escola.
Justine fica dividida entre descobrir o que levou Darren a se matar ou se acostumar com a popularidade. Nisso, o fantasma do gordinho passa a atacar. Poderia ser uma boa história sobre um fenômeno novo nas escolas. Pena que a direção optou por transformar tudo num raso terror adolescente. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fama

Produção traz nova versão do clássico dos anos 1980
Foto: Google Image

O filme realizado nos anos 1980, com direção de Alan Parker, marcou época e foi considerado um dos favoritos dos jovens daquele tempo. Pouca gente se esquece da música tema ou de On My Own (depois regravada pela cantora mirim Nikka Costa), ou de personagens como o loirinho que se assume gay, o DJ latino ou o dançarino de break. Agora chega essa nova versão, que é correta mas não tem nem a metade do brilho ou da repercussão que aquele conseguiu.
De qualquer maneira, serve para os saudosistas recordarem. Principalmente no momento em que On My Own é interpretada lindamente por Naturi Naughton. Ela vive Denise, garota cujos pais insistem que siga carreira na música clássica. No meio do caminho, porém, ela se descobre com talento para as canções pop. Os personagens são parecidos com os da outra versão. Jenny (Kay Panabaker) é a aspirante a atriz que cai no golpe de um galã cafajeste. Victor (Walter Perez) tenta ser cineasta, enquanto Marco (Asher Brook) é músico.
Há outras dramas, como o de Kevin (Paul McGill), que deseja ser bailarino, mas não consegue e cai em depressão. Já Alice (Kherington Payne) brilha na dança, mas se revela fria como pessoa. Para os mais jovens, talvez não haja tanto atrativo, já que o resultado final fica bem mediano. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Jogo de Mentiras

Elizabeth Shue e Thomas Haden Church: entre o real e a farsa
Foto: Google Image

Drama com narrativa enxuta e bem sacada, fala sobre os tormentos e as armadilhas que a solidão provoca. O personagem principal é Don (Thomas Haden Church, que fez sucesso em Umas e Outras). Ele é um tímido zelador de prédio sem outras emoções na vida a não ser esperar o tempo passar. Tudo muda quando recebe uma mensagem de Sonny (Elizabeth Shue, que se recupera da fase decadente), avisando que está com uma grave doença e à beira da morte.
Apesar de ele não ver Sonny há muito tempo, desde quando eram namorados e o casamento não deu certo, Don larga tudo para ver o que está acontecendo com a moça. Chega e ela parece fragilizada, como se estivesse esperando a morte. Conhece também mais dois personagens misteriosos: Marie (a ótima Melissa Leo, que foi candidata ao Oscar por Rio Congelado) e Lance (James Rebhorn, que apareceu com destaque em muitos filmes nos anos 90 mas deu um tempo). Esse último parece apenas o médico de Sonny, mas se revela violento e tem uma ligação mais forte.
Perdido no meio desse jogo perigoso, Don precisa decidir o que é realmente verdade e o que é enganação. Mas será que ele não sabe, será que entrou realmente de gaiato nesse navio? Cabe ao espectador responder, o que resulta num atraente desafio. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Arriscando Tudo

Justin Long (ao centro) e seus colegas de luta
Foto: Google Image

Teoricamente esse filme é uma comédia romântica. Porém, há dois "pequenos" problemas. O primeiro é que a parte cômica do enredo não tem lá muita graça. E o segundo é que a porção romântica também não ajuda, já que o galã e a mocinha não despertam assim tanto interesse. Somando, que problemão, não é? Resta saber qual é o interesse.
A história se passa numa pequena cidade americana, daquelas bem típicos, com aquele povo que adora progresso. Contra a corrente nada Chase Revere (Justin Long), que por isso mesmo é considerado o nerd, o esquisitão do pedaço. Quando surge um projeto que pretende a construção de um cassino no local —— claro, o discurso é que isso vai representar um estímulo ao turismo e a chegada de dólares nos cofres ——, ele se coloca contra, alegando que a lado histórico, ligado aos índios, vale muito mais.
Conta apenas com o apoio de dois amigos tão alternativos quanto ele: Lucy (Emanuelle Chriqui) e Digger (Keir O’Donell). Mas, para isso encara uma briga boa, pois todo mundo encara o cassino como saída para a comunidade decadente. Talvez essa discussão progresso x autenticidade seja a única coisa que se aproveite. (Ronaldo Victoria)

domingo, 16 de maio de 2010

Apaixonados em Nova York


Freddie Prinze Jr. e Chris Klein: eterna imaturidade
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Comédia romântica estrelada por dois atores que pareciam candidatos a grandes galãs de Hollywood há uns 10 anos: Freddie Prinze Jr. e Chris Klein. Com o tempo, porém, a carreira dos dois foi ficando morna de sucesso e de retorno. Parece que decidiram tentar juntos novamente, mas a repercussão não foi lá essas coisas. Eles vivem personagens parecidos o que já fizeram: Prinze é sempre mais romântico e Klein tem um jeito mais para o bad boy.
No fundo o roteiro fala de um problema que parece crescer hoje em dia: a dificuldade de os homens que passaram dos 30 assumir responsabilidades. Ray (Klein) é baterista de uma banda mas não se dedica à carreira e tem um emprego que detesta. Owen (Prinze) é cineasta amador à espera de uma oportunidade.
Um dia, Owen leva um fora da namorada (por culpa de uma pulada de cerca boba) e os dois vão a um festival de cinema. Lá Owen banca o esperto, queima o filme do amigo, e a amizade que vem desde a infância corre perigo. Não é nada de especial, mas tem uma simpatia e pode fazer algum trintão encalhado refletir sofre o rumo da vida. (Ronaldo Victoria)

sábado, 15 de maio de 2010

Pinguins de Madagascar


Paranóicos em ação no zoológico
Foto: Google Image
Eles apareceram com destaque nas duas edições de Madagascar, animação da Disney que foi a mais bem-sucedida na onda de produções infantis estreladas por animais (Os Sem-Floresta, O Bicho vai Pegar e o Segredo dos Animais foram lançados na mesma época. Porém, não se trata de um longa-metragem mas sim da reunião de 12 episódios exibidos pelo canal kid Nickelodeon desde novembro de 2008.
Os astros são quatro, todos tendo em comum uma certa ranzinzice e a paranóia, que sempre os faz bolar planos mirabolantes contra inimigos (quase sempre imaginários). Skipper, ou capitão, é a neurose em pessoa e vive dando ordens para os outros. Kowalski é o nerd que cria estratégias. Recruta é o caçula e mais realista. E Rico, o especialista em armas, quase não fala.
Vem das personalidades deles muito da graça das histórias. Mas os menores talvez não entrem muito no clima, por causa do texto nem tão simples. Adolescentes e adultos com alma infantil são os mais indicados. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Terror na Antártida

Kate Beckinsale investiga assassinato na neve
Foto: AllMovie Photo

Terminada a projeção, o espectador talvez possa argumentar que no final das contas não existe tanto terror assim. Há mais suspense, acontece que isso pode não chamar tanto a atenção. O que existe mesmo nessa produção e que impede bastante a adesão do público é um clima frio na narrativa. E isso não tem nada a ver com o fato de que a ação se passa no continente gelado. É frieza de estilo.
O filme é dirigido por Dominic Sena (de A Senha e 60 Segundos) e estrelado pela Bela Kate Beckinsale (de Anjos da Noite e Van Helsing). O que, em outras palavras, significa que os dois são literalmente pés-frios em matéria de cinema. No roteiro, Kate vive Carrie, a única agente federal de uma estação de pesquisa na Antártida.
No lugar, as temperaturas chegam a 48 graus negativos. Ela está prestes a voltar para a casa, mas antes terá de solucionar o primeiro caso de assassinato por lá. O final é supresa, mas você pode achar que foi uma fria. Uma curiosidade é que Kate exigiu uma dublê de corpo para a breve cena em que aparece o bumbum da personagem. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Bela e a Fera

Estella Warren e Victor Parascos: unidos pela justiça
Foto: Google Image

Quantas versões de A Bela e a Fera já foram realizadas em todo mundo? Boa pergunta. De acordo com o Imdb (Internet Movie Database), site especializado em cinema, foram 49, desde 1905 até essa, a mais recente. Claro que as versões mais famosas foram o desenho animado da Disney (1991) e o clássico dirigido em 1946 pelo francês Jean Cocteau.
Pois bem, sendo uma história tão explorada, ficaria difícil mesmo lançar alguma novidade. Esta fantasia bem que tentou, colocando o subtítulo A Dark Tale (um conto gótico), mas não teve bons resultados. O problema maior é a produção bastante modesta, com efeitos de segunda. Nem mesmo a maquiagem da Fera é lá essas coisas.
Tudo se passa numa aldeia na época medieval, onde vários moradores estão sendo assassinados misteriosamente. A culpa recai sobre a Fera (Victor Parascos), príncipe deformado. Acreditando em sua inocência, Belle (Estella Warren) o ajuda. Eles se juntam para encontrar o verdadeiro culpado. Nasce também um sentimento novo. Não espere originalidade nem luxo. Só um passatempo descartável. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mistério na Índia

Nicholas Irons vive marido infiel em apuros
Foto: Google Image

Este é o que se pode chamar de drama "básico", apesar de ter locações, como entrega o título nacional, na Índia. Tirando esse luxo, tudo na produção é um tanto "genérico", da história manjada ao elenco pouco conhecido, passando pela direção não muito inspirada. É o tipo do filme que se não chateia, também não acrescenta nada. Bom para uma segunda-feira chuvosa.
Tudo começa quando um rico casal britânico sofre um acidente de carro enquanto volta de uma festa. O marido, Andy (Nicholas Irons, que não é filho de Jeremy), que dirigia, sai ileso. Mas a mulher, Lili (Thamzin Outhwaite), atriz de televisão, fica paraplégica. Depois disso, o casamento, que já estava frio, gela de vez. Ou melhor, esquenta, já que Lili vira megera vingativa e o acusa por tudo.
A saída é passar uma temporada na spa indiano em Kerata. Lá Andy conhece uma sensual nativa e passa a ter um caso. A esposa descobre, faz um escândalo, e no dia seguinte desaparece. Andy, considerado o principal suspeito, precisa provar a inocência e ao mesmo tempo se livrar da perseguição do marido violento de sua amante. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pendragon - A Herança de um Guerreiro

Raymond Burns interpreta o líder inglês
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Olha só uma parte do elenco dessa mistura de aventura com fantasia: Aaron Burns, Adrianne Burns, Andrew Burns, Chad Burns, Marilyn Burns, Nicholas Burns e Raymond Burns. Deu pra perceber que se trata de uma família. Não um grupo comum. Nos Estados Unidos a Family Burns é conhecida mais por sua atividade religiosa que artística. Melhor colocando, os filmes que produz são veículos para divulgar a fé evangélica.
Por isso, os personagens são todos divididos entre bons e maus e as falas mais parecem discursos gritados em algum púlpito ou nos programas de televisão que eles produzem. Desta vez, eles colocaram o roteiro na época medieval. Fala sobre o capitão inglês Justinian (Raymond), conhecido como Pendragon, filho de Artos (Aaron) e Wenneveria (Marilyn).
Depois que sua vila é atacada por bárbaros saxões e levado como escravo, começa uma nova luta que o levará a um impasse: ficar com a mulher que ama ou defender o seu povo. É chover no molhado dizer que algumas passagens soam forçadas e que o resultado é apenas curioso. Melhor não dizer que de boas intenções o inferno está cheio... (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Invencível Largo Winch

Tomer Sisley interpreta o herdeiro em perigo
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O nome do herói é diferente, soa estranho para os nossos padrões, e talvez isso dificulte a atração do público para o filme nas locadoras. Porém, é uma aventura bem feita, com roteiro original e que não se perde em cenas difíceis de engolir. A razão é que Largo Winch, vivido pelo alemão Tomer Sisley, é filho de um milionário francês, mas foi criado num orfanato bósnio, onde ganhou o primeiro nome.
O motivo dessa aparente fuga é que o pai de Largo, o bilionário Nerio Winch (o sérvio Miko Monjolovic), temia por sua vida, já que estava sendo perseguido por ferozes inimigos. Um dia, Nerio é morto por afogamento (a cena da morte, com o assassino pulando da água e o jogando, é deslumbrante).
Fundador e principal acionista de um poderoso conglomerado, o W Group, o magnata teoricamente não teria família. Mas o aparecimento de Largo, a revelação de seu segredo, é um golpe para os bandidos. Enquanto isso, a executiva Ann Ferguson (a ótima inglesa Kristin Scott Thomas) começa a dar as cartas na empresa. Prova de que a França não faz apenas filmes-cabeça, mas também dá conta de aventuas. (Ronaldo Victoria)

domingo, 9 de maio de 2010

A Trilha

Milla Jovovich, Steve Zahn e Timothy Olyphant em cena
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Filmes de aventura que se passam em lugares paradisíacos, o espectador já sabe: tudo vai virar um inferno. É o que acontece neste filme que extrapola em termos de beleza nas paisagens, mas economiza um pouco na originalidade. Tudo bem que há uma reviravolta do meio para o fim da história, mas a resolução não parece muito satisfatória.
Tudo acontece quando Cidney (Milla Jovovich) e Cliff (Steve Zahn) resolvem passar a lua-de-mel numa remota praia havaiana. A chegada deles , por via aérea, mostra um cenário deslumbrante. Tirando o gosto pela aventura e pela descoberta de novos lugares, os dois parecem um casal em tudo careta.
Porém, quando chegam, acabam se enturmando com outra dupla, Nick (Timothy Oliphant) e Gina (Kiele Sanchez), que parecem espíritos livres e abertos a tudo, bem mais resolvidos que o primeiro casal. Ao mesmo tempo, começa a desconfiança de que psicopatas estão matando por lá. Cabe ao público tentar adivinhar, antes da revelação, qual dos dois casais é de fato maluco. Será que você acerta? (Ronaldo Victoria)

sábado, 8 de maio de 2010

Diário Proibido

Bélen Fabra e Leonardo Sbaraglia: sexo demais é bom?
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É engraçada essa mania das distribuidoras nacionais de colocar a palavra proibido em títulos que têm relação com sexo. Na verdade a tradução literal desse drama espanhol é bem mais direto, e atraente: Diário de uma Ninfomaníaca. Tudo bem que gostar demais de sexo é complicado e que a ninfomania é classificada como um transtorno, mas por que dizer que é proibido?
Deixando isso de lado, o fato é que o filme atrai, não só por conta das cenas de sexo (que são muitas, até para não parecer propaganda enganosa). A base do roteiro é um corajoso livro autobiográfico escrito pela francesa Valèrie Tesso em 2003 e sucesso na Europa. A história é transferida para a Espanha, onde Valére (Belèm Fabra) é uma executiva que troca de parceiro com uma frequência impressionante.
Nos primeiros 20 minutos a quantidade de cenas sexuais chega a enjoar. Mas logo tudo muda quando ela conhece Jaime (Leonardo Sbaraglia), que se revela um marido controlador e à beira da loucura. Geraldine Chaplin, filha de Charles e casada com o diretor espanhol Carlos Saura (por isso a fluência em castelhano), vive a avó e confidente da moça. A implicância com o título brasileiro tem a ver com a forma como o diretor espanhol Christian Molina conduz a história, sem julgar a personagem. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Caprica

Esai Morales e Eric Stoltz são os patriarcas rivais
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É o piloto de uma série de ficção científica que estreou este ano. Está ligada a Battlestar Galactica, até porque mostra os eventos que aconteceram 58 anos antes e que deram origem à batalha. Os personagens principais são os líderes das famílias rivais, os Graystones e os Adamas, e o tema principal é o desenvolvimento da inteligência artificial e seus efeitos (mais negativos que positivos, destaca o roteiro) sobre as relações humanas.
Joseph Adama (Esai Morales), pai do futuro comandante William Adama, e Daniel Gresytone (Eric Stoltz), são os patriarcas. Adama é o proprietário de uma empresa de informática que lidera a venda de robôs cylons, máquinas quase humanas. Cenas de bom efeito mostram também um aparelho, como se fosse uma mistura de ipod e walkman, em que se pode mergulhar direto numa realidade virtual.
O roteiro é bem feito, e também destaca a crise de Zoe (Alessandra Torresani), filha adolescente de Greystone, dividida entre as duas realidades e encarando a rebeldia própria da fase. Mas é o tal negócio: quem é fã de ficção científica adora, quem não é boceja. Dificilmente quem não curte esse tipo de história vai aproveitar. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

G8 A Conspiração

Bruce Greenwood e James Purefoy: males do capitalismo
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Antes, um aviso: este filme será mais apreciado por quem se alia com as idéias da chamada esquerda. Ou seja, quem acha que o capitalismo só visa o lucro e não está nem aí para as pessoas. Tudo começa às vésperas do encontro que reunirá o G8, os sete gigantes da ecomia mais a Rússia. Junto com os milhares manifestantes que protestam, está Maria Puerta (Mia Maestro).
Ela busca por justiça depois de ter o filho morto após uma experiência com remédio em que atuou como cobaia. O problema foi que a indústria farmacêutica irresponsável não preveniu sobre as consequências. Querendo justiça, ela ameaça espalhar uma amostra de sangue infectado, provando a conspiração.
No caminho ela cruza com o bio-terrorista Tom Lighstone (James Purefoy), que se infiltra no governo para conseguir atuar. Também chama a atenção o caso de Richard Aderley (Bruce Greenwood), político inglês chantageado por causa da vida amorosa. O problema pode ser a longa duração, mais de três horas, já que se trata de uma minissérie condensada. E se você acha tudo exagero, continue bem no mundo em que vive. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

As Pedras de Fogo

Tom Cameron, Sam Neill e Sophie McBride com as pedras mágicas
Foto: Google Image

Fantasia juvenil ambientada na Austrália e na Nova Zelândia, tem um resultado mais para o curioso do que para o empolgante. E fica em nítida desvantagem num tempo em que o cinema dedicado aos adolescentes capricha cada vez mais em produção e efeitos especiais, casos de Harry Potter, Crepúsculo e Percy Jackson.
Tirando isso, pode agradar ao público, desde que as expectativas não estejam muito altas e seja uma tarde meio chuvosa... Bom, o roteiro fala sobre uma estranha maldição que recai sobre órfãos. E que atinge Rachel (Sophie McBride) e Theo (Tom Cameron), gêmeos que possuem uma forte ligação, assim como a genética garante ser possível.
Eles descobrem uma velha mansão à beira de um lago vulcânico onde existem terríveis criaturas que querem dominar o mundo. Eles habitam os subterrâneos da cidade e têm como instrumentos as tais pedras do título. Se a dupla não conseguir reverter a magia do mal, o futuro corre perigo. Curiosidade no elenco é a presença do veterano Sam Neill, de Jurrassic Park e O Piano, na pele de Mr. Jones, o guardião dos adolescentes. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Chèri

Michelle Pfeiffer: a dor e a delícia de ser madura
Foto: AllMovie Photo

Não fez o sucesso esperado nas cinemas esse romance que une mais uma vez o brilhante diretor inglês Stephen Frears e a estrela Michelle Pfeiffer, que continua talentosa e linda depois dos 50 anos. Os dois já haviam trabalhado juntos no sensacional Ligações Perigosas. Aqui a base é um romance da francesa Colette e mais uma vez a adaptação ficou a cargo do dramaturgo Christopher Hampton, que também fez o roteiro de Ligações.
Colette falava, com uma visão feminina e açucarada, de um tempo que ficou conhecido, principalmente na Paris onde ela vivia, como Bèlle Epoque. Mas a época, o começo do século passado, não era tão bela quando se trata de valorização feminina. É o que se retrata aqui, por meio de Léa (Michelle), uma cortesã, espécie de prostituta de classe, que se retira e se apaixona perdidamente por Chèri (Rupert Friend).
O rapaz, filho de uma ex-colega de Léa, Madame Peloux (Kathy Bates), é mimado e curte ser sustentado por ela. Até que a mãe, para alfinetar a ex-amiga, decide que está na hora de ele se casar com uma garota de sua idade. O texto é brilhante e mostra, com um toque de amargura, a dor de envelhecer e se sentir solitário. Descubra. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Fenômeno Lázaro

Ian McCormack sobreviveu ao ataque de água-viva
Foto: Google Image

É uma opção curiosa, não exatamente satisfatória, assistir a este documentário. Primeiro que a produção é bem simples, quase tosca. Além de dramatizar duas histórias sobre o tema principal —— a vida após a morte ——, tem cenas de um programa de televisão que destaca assuntos variados, e os efeitos especiais e ambientação são bastante grosseiros, algumas até caindo no humorismo voluntário.
O título tem a ver com Lázaro, o homem que, de acordo a Bíblia, morreu e foi ressuscitado por Jesus Cristo. É nisso que o roteiro quer nos fazer acreditar, que é possível retornar após ser dado como clinicamente morto. A primeira história fala sobre o nigeriano Daniel Ekechukwu, que chegou a ter o corpo preparado para o velório, mas voltou. E hoje ele é um dos pastores mais procurados da Nigéria.
A segunda destaca o drama do surfista neozelandês Ian McCormack, que foi atacado por um dos seres mais venenosos do mar, uma água-viva. A narrativa mostra sua angústia depois de ser recusado por taxistas (um chinês e um indiano) a ser levado no hospital. É polêmico e acetiá-lo pode ser uma questão de fé, não de bom gosto. (Ronaldo Victoria)

domingo, 2 de maio de 2010

A Vida é Bela

Angela Sarafyan em cena com Jesse Garcia: traumas do passado
Foto: Google Image
É claro que não se trata do drama sobre o holocausto, feito por aquele italiano chato que sumiu, o Roberto Benigni. Trata-se de uma produção modesta, feita com alguns atores pouco conhecidos e com mistura de nacionalidades: o diretor (Alejandro Chomski) é argentino, a mocinha (Ângela Sarafyan) é americana e o galã (Jesse Garcia) nasceu nos Estados Unidos mas tem sangue latino. Para completar, a amiga da mocinha (Bai Ling) é chinesa e o vilão (Jonathan LaPaglia) veio da Austrália.
A história fala sobre Maggie (Ângela), garota que foge da família e vai para Los Angeles. Lá ela conhece David (Garcia), imigrante ilegal, e faz amizade com uma stripper, Esther (Debi).
Mas o passado de Maggie tem mais surpresas do que imagina David, que se apaixona por ela. O trauma de abuso da infância pode ter deixado marcas que ele não sabe como ajudá-la a curar. O clima em geral é pesado e cai de boca no dramalhão. (Ronaldo Victoria)

sábado, 1 de maio de 2010

Contaminação

Val Kilmer: pesquisa perigosa no Ártico
Foto: Google Image
Esse drama é indicado para quem curte aquelas histórias sobre fim de mundo, sobre as ameaças que pairam pela nossa cabeça se o estilo de vida atual não mudar. Quer dizer, gente com um pé (ou os dois) na paranóia. O tema principal é o tal do aquecimento global de que se fala tanto, alguns dizendo que é iminente seu risco, outros achando que se trata de exagero de cientistas.
Pouco importa, o caso é que é uma ficção e nem tão científica. Até porque o tema é tratado de uma maneira bastante esquisita, pode-se dizer assim. Tudo acontece numa remota estação de pesquisa no Ártico, para onde vão quatro estudantes de ecologia. Lá eles descobrem que o vilão da história não é só o descongelamento, mas o que está dentro do gelo derretido.
Acontece que um parasita da época da pré-história, que vivia em mamutes, é libertado e ataca a equipe. No final das contas, parece uma cópia de Aliens. Val Kilmer, na pele do pesquisador chefe, é o nome mais conhecido do elenco. (Ronaldo Victoria)