domingo, 28 de fevereiro de 2010

Inimigo Público nº 1 - Parte 2

Vincent Cassel: segunda parte atrás das grades
Foto: Google Image
Já fica claro que se trata de uma continuação, pois parece que a vida do personagem principal, o bandido Jacques Mesrine, foi tão intensa na França que não coube em apenas um filme. E é bom avisar que o entendimento da vida do fora-da-lei fica quase impossível se você não tiver visto o primeiro. A direção é de Jean-François Richet, francês que adora o cinema americano.
O que gera uma crítica ao filme. É que desde a primeira cena fica claro que o cineasta se deixou influenciar demais pelo jeito americano de dirigir. Na verdade, seu filme parece uma versão francesa (ou uma cópia) de uma produção de Martin Scorsese, um gênio ao retratar gangsteres, principalmente em Os Bons Companheiros. E o astro Vincent Cassel, de reconhecido talento, pareceu se influenciar por Robert De Niro.
Essa segunda parte mostra Mesrine a maior parte do tempo na cadeia e fazendo planos para loucas e espetaculares fugas. Ele ganhou nos anos 70 da imprensa francesa o apelido que consta no título, também por causa dos seus incríveis disfarces e pela ousadia com que encarava os policiais. É um exemplar de filme policial um tanto pretensioso, como gostam os franceses. (Ronaldo Victoria)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Rios de Sangue

Tess Panzer e Andrew Howard: violência e sadismo
Foto: Google Image
Com um título explícito desses, não dá para ninguém reclamar depois do que levou para casa. É o tipo de filme não recomendado para quem não curte sangreira e para quem não vê muita graça em exibições de sadismo. Também não é indicado para quem aprecia bom cinema, mas aí já é questão de gosto. É uma produção assumidamente B, o que não disfarça, e serve para dar uns bons sustos.
O roteiro é uma coleção de lugares-comuns, e você esperava alguma coisa diferente? É a velha história do casal normal que se perde no interior americano e dá de cara com um malucão, algo parecido com o australiano e recente Wolf Creek. Tudo começa quando os recém-casados Clark (Ian Duncan) e Summer (Tess Panzer) decidem ir até o Arizona dar pessoalmente a notícia aos pais que ela está grávida.
No caminho, claro, o carro quebra, e surge Joseph (Andrew Howard), o psicopata de plantão que vai mostrar que o povoado onde eles pararam é cheio de segredos. Aí vai ser um rio que vai passar na vida deles... Para quem tem estômago. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tá Rindo do que?

Adam Sandler, Eric Bana e Seth Rogen: humor pretensioso
Foto: AllMovie Photo

Desta vez a gente precisa reconhecer que o título nacional foi bem escolhido. Isso porque tem momentos em que você provavelmente não saberá o motivo da risada. Isso se tiver mesmo vontade de rir, entende? O fato é que depois dessa comédia o diretor Judd Apatow, que era o queridinho da crítica, por causa de filmes como O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos, bateu na trave. Ou jogou a bola fora. Foi tremendo fracasso nos Estados Unidos e no Brasil nem chegou aos cinemas, indo direto ao DVD.
O motivo é simples: pretensão. Esse sentimento que parece acometer alguns comediantes quando tentam fazer rir olhando todo mundo de cima. Parece que só eles sabem viver e criticam sutilmente ou não qualquer pessoa que não siga sua cartilha. Ô coisa chata! Na história Adam Sandler vive um cômico famoso que um dia recebe a notícia de que tem uma doença incurável.
Como é um sujeito que não se dá bem com ninguém, entra em crise e encontra num novato, Ira (Seth Rogen), uma espécie de conselheiro. Ao mesmo tempo tenta se reaproximar da ex-mulher, Laura (Leslie Mann, mulher do diretor e fraca como atriz), agora casada com Clarke (Eric Bana), um grosseirão. O roteiro é todo assim, sem muito interesse, e o pior é que dura mais de duas horas e meia. Se locar, vai reclamar do que? (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Garota Infernal

Megan Fox ataca Johnny Simmons: terror pop
Foto: AllMovie Photo

Existe alguém mais pop hoje em dia do que Megan Fox? A atriz de 23 anos, vista como clone mais jovem de Angelina Jolie, é notícia pelas declarações polêmicas, pelo suposto bissexualismo e até mesmo por causa dos polegares curtos. Quanto ela se junta a uma roteirista que adora ser popular, como Diablo Cody, que ganhou o Oscar no ano passado por Juno, o resultado só pode ser leve e divertido.
E é assim que tem de ser visto esse filme, como uma brincadeira inconsequente. O começo mostra Needy (Amanda Seyfried, essa sim uma atriz e não uma estrela como Megan). Sabemos que a moça está numa espécie de sanatório e prisão após uma série de acontecimentos dramáticos. E aí que chegamos à história de Jennifer (Megan em momento linda canastrona). Descolada e popular, Jennifer não se furta a ser amiga de Needy, a nerd do colégio.
O problema acontece quando ela é seqüestrada por uma banda de rock que faz culto ao diabo e precisa de uma virgem para sacrificar e assim conseguir fama fácil. Mas Jennifer não é virgem faz tempo e vira uma zumbi devoradora de homens, incluindo Chip (Johnny Simmons), o namorado da amiga. Dá para levar a sério? Então, relaxe e divirta-se um pouco. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Novidades no Amor

Catherine Zeta-Jones e Justin Bartha: boa química em cena
Foto: Google Image

Para uma comédia romântica dar certo, são fundamentais alguns ingredientes de uma fórmula: atores bonitos no elenco, uma história com um mínimo de originalidade (mesmo que a gente saiba de cara que o casal principal vai terminar junto) e uma direção com um pouco de talento. Dito isso, até que Novidades no Amor se sai bem. Na parte da beleza, Catherine Zeta-Jones continua sensual, agora como quarentona, e sempre correta como atriz. Justin Bartha, seu galã, faz a linha garoto com cara de menino, e tem também veia cômica, como provou em Se Beber Não Case.
O diretor Bart Freundlich (na vida real marido de outra estrela, Julianne Moore) entende do estilo e já fez várias comédias românticas de sucesso. Problema talvez seja a originalidade. A história fala sobre Sandy (Catherine), bela quarentona com dois filhos que descobre a traição do marido com uma amiga conferindo os dois se agarrando no vídeo de uma festa. Larga o malandro e vai tentar a vida sozinha com as crianças em Nova York.
Chaegando lá, conhece Aram (Justin), rapaz de 24 anos que se oferece para ser "o" babá de seus filhos. Nas horas vagas ele também serve de saco de pancadas nas aulas de defesa pessoal que Sandy frequenta. A relação deles e o jeito como tentam esconder o sentimento que nasce entre ambos, rende bons momentos. Não vai marcar a sua vida, mas com certeza não irá te aborrecer. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Besouro

Ailton Carmo interpreta o herói, líder da capoeira
Foto: Google Image

Quando chegou às salas de cinema brasileiras, Besouro causou sensação. Na verdade, os comentários começaram muito antes, ainda na internet. Tudo porque o filme dirigido pelo estreante João Daniel Tikhomiroff, publicitário premiado, investia num tipo de produção a qual o cinema brasileiro não está muito acostumado (na verdade, bem pouco): a fita de ação, repleta de efeitos especiais.
Isso fica claro no teaser que virou febre na internet. Nas cenas de capoeira, os atores voam por cima das árvores, num efeito que lembra O Tigre e o Dragão. As referências pop são grandes, lembrando também Kill Bill e até Matrix. Legal algo que o Brasil não cultua, ainda mais usando uma tradição bem nativa, a capoeira. Mas nem tudo saiu tão bom assim.
O roteiro, inspirado num livro de sucesso, conta como a capoeira era feita no início do século passado na Bahia. Besouro (o estreante e professor de capoeira Ailton Carmo) tenta defender a tradição, mas esbarra na briga com Quero-Quero (Anderson Santos), com quem também disputa o amor de Dinorá (Jessica Barbosa). Técnica e efeitos nota 10, mas o problema acontece no ponto fraco do cinema nacional: um roteiro esquemático e uma direção burocrática que não auxiliam em nada. Pena. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Um Olhar do Paraíso

Saoirse Ronan interpreta a garota assassinada
Foto: AllMovie Photo

Cineasta de reconhecido talento —— só o fato de ter criado a trilogia O Senhor dos Anéis já comprova este fato —— o neozelandês Peter Jackson conta que se apaixonou à primeira leitura pelo livro The Lovely Bones (aqui traduzido como Uma Vida Interrompida) e logo comprou os direitos do romance da americana Alice Sebold. Para criar o roteiro, contou com suas colaboradoras habituais, Fran Walsh (sua esposa) e Phillipa Boyens.
Para quem não leu o livro, é bom dizer que o ponto de partida é a descrição literal do estupro e morte de uma garota de 14 anos, Susan Salmon, por um psicopata que mora na vizinhança. Do modo como foi morta aos "toques" que tenta dar, do além, para a família que se consome após seu sumiço, a narrativa comoveu muitas pessoas por todo mundo, incluindo Jackson.
Porém, o diretor optou por não deixar explícita a violência que sofre a menina. Decisão louvável do ponto de vista humano, mas nem tanto quando se trata de cinema. O espectador não tem meios de entender a extensão do drama. Fora isso, as cenas no paraíso são deslumbrantes e emocionam, apesar de um pé na pieguice. Saoirse Ronan tem destaque como Susan, assim como Stalnley Tucci (o psicopata, indicado ao Oscar de coadjuvante), Rachel Weisz (a mãe) e Susan Sarandon (a avó). (Ronaldo Victoria)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Garota do Parque

Sigourney Weaver tem atuação destacada no trama
Foto: Google Image
A perda de um filho, para uma mulher, é um trauma que não se supera. É da constatação desse ditado, avaliado pelo senso comum, que este drama extrai sua força. A mãe em questão é Sigourney Weaver, atriz muito talentosa que voltou a ter fama (ainda bem) após viver a cientista em Avatar.
Aqui ela vive Julia que ainda jovem, se perde da filha de três anos no tal parque durante alguns minutos, tempo suficiente para que a menina desapareça sem deixar vestígios. Vinte anos depois, ela é amargurada, se afastou da família, do marido e do filho (David Rasche e Alessandro Nivola), e virou uma autista emocional.
Até que aparece em sua vida Louise (Kate Bosworth), uma malandra que lhe dá pequenos golpes, pede dinheiro emprestado e conta uma história triste. Mas a amargura de Julia faz com que ela passe a achar, com toda a convicção, que a moça é a sua filha que se perdeu. Na verdade, ela precisa acreditar nisso para continuar vivendo. É um drama sensível e que tem tudo para emocionar. (Ronaldo Victoria)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

High School Band

Vanessa Hudgens e Gaelan Connell: entre o amor e a música
Foto: AllMovie Photo
É engraçado como as distribuidoras nacionais parecem trabalhar contra elas mesmas. Isso porque o título dessa comédia adolescente (acreditem) não tem nada a ver com o musical da Disney, a não ser a presença no elenco de Vanessa Hudgens. Isso evitaria que fosse visto com preconceito para quem não suporta aquela gritaria juvenil. Até porque é bem melhor do que parece.
O herói da história é Will Button (Gaellan Connell), que não esquenta muito quando sua mãe (Lisa Kudrow, a ex-Phoebe de Friends) decide mais uma vez mudar de cidade. O garoto já se acha um perdedor mesmo, um nerd que não se encontrou a não ser na música e na lembrança do pai ausente, um roqueiro.
Na nova escola, se divide entre duas garotas, a suave Sam (Vanessa) e a loira popular Charlotte (Alyson Michalka). Decidida a se livrar da fama de patricinha, Charlotte a Will e seus amigos nerds para ser vocalista da banda com a qual eles irão disputar um grande concurso. Mas a falta de sinceridade da garota pode ser um choque para Will. E Sam pode aparecer no momento certo. Nada original, claro, mas fácil e agradável de ver. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Informers - Geração Perdida

Mickey Rourke interpreta ex-presidiário
Foto: Google Image

Uma das tentativas de os produtores americanos "vender" esse drama —— que nem foi exibido nos cinemas brasileiros, saindo diretamente em DVD —— foi anunciar que se trata do reencontro, 25 anos depois de Kim Basinger e Mickey Rourke, astros do fenômeno erótico Nove e Meia Semanas de Amor. Pura propaganda enganosa, já que os personagens deles mal se cruzam.
Também se tentou contar que o roteiro é baseado num livro de Bret Easton Ellis, autor adptado com sucesso em Psicopata Americano e Abaixo de Zero. Também não adiantou. Ellis, na literatura, é verborrágico, escreve demais, e cultiva uma amargura e um cinismo que com o tempo acabam incomodando. Sua popularidade baixou, sua bola está em baixa, cansou.
E isso se reflete demais no filme, já que o diretor Gregor Jordan não demonstra a menor personalidade. O roteiro mostra gente perdida, depressiva, o que termina por enjoar. O personagem principal é Graham (Jon Foster), filho do produtor de cinema William (Billy Bob Thornton). Enquanto o rapaz não sabe o que fazer da vida, o pai se divide entre a esposa Laura (Kim) e a amante Cheryl (Winona Ryder). Há também espaço para um ex-presidiário, Peter (Rourke). Só uma coisa não se pode negar: o elenco é muito charmoso. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Lutador de Rua

Michael Jai White encara submundo das lutas arranjadas
Foto: Google Image

Por mais que você curta assistir a esse drama —— e o trabalho até que tem bastante qualidades —— não há como negar que a originalidade não é o forte dele. O roteiro fala sobre luta-livre, e mostra a vida de um rapaz revoltado que decide canalizar a sua rebeldia e faturar com seus punhos de aço. Claro que ele não consegue isso sozinho, e há um mentor (alguém que tem os neurônios que o bruto não usa) para ter um resultado positivo.
Lugar-comum, não? A vida de Mike Tyson, por exemplo, foi assim, e está atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros um documentário. Curioso também é o fato de o personagem principal deste filme, Isaiah Bone, ser interpretado por Michael Jai White, que viveu Tyson numa cinebiografia.
Bone é um ex-condenado que, ao sair da prisão, só encontra as portas fechadas. Não encontra outra opção a não ser se arriscar no circuito das lutas de rua de Los Angeles. Após cumprir cinco anos de pena, derrota o campeão que reinava no underground da cidade. O problema é que a máfia local tenta convencê-lo a entrar numa série de lutas internacionais de alto risco, muitas delas arranjadas. Ele recusa e acaba tendo de encarar no braço os inimigos poderosos. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Batalha de Passchendaele

Caroline Dahvernas e Paul Gross em cena no Canadá
Foto: Google Image

É mais um filme sobre a estupidez das guerras, o que não chega a ser nenhuma novidade. É bem feito, fala de um drama real, mas o roteiro não investe muito na emoção que a história permitiria. Para nós, brasileiros, o título não diz nada, mas Passchendaele é considerada pelos canadenses uma das batalhas mais sangrentas e importantes da Primeira Guerra Mundial, em 1917.
O Canadá chegou a mandar para o conflito na época milhares de jovens, e perdeu metade desse contingente. No início do século passado, sem recursos de medicina, as guerras eram até mais mortais, em que pese o primarismo das armas. Enfim, a guerra é sempre um drama inútil, é o que conta o filme dirigido pelo galã canadense Paul Gross, que também faz o papel principal.
É um projeto muito pessoal de Gross, lembrando a história de seu avô, que durante o conflito matou um rapaz recém-saído da adolescência com uma estocada de baioneta na testa e nunca se perdoou por isso. Na história ele se recorda a todo momento dos intensos olhos azuis do garoto antes de morrer. O roteiro também conta sua paixão por uma enfermeira vivida por Caroline Dahvernas. E as paisagens são deslumbrantes. Para ser descoberto nas locadoras. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Alvin e os Esquilos 2

Simon, Alvin e Theodore em cena: apenas para crianças
Foto: AllMovie Photo

Alguém ainda precisa dizer que este é um filme para crianças, e crianças menores? Dito isso, fazer uma análise séria de Alvin e os Esquilos 2 para quem passou (há algum tempo) da infância parece coisa de gente ranzinza, não? O que conta mais é saber se a molecada gosta, e gosta bastante. Tanto que o primeiro filme foi lançado há dois anos e não demorou para ter uma continuação.
O segredo da produção é fazer com que os três personagens, Alvin (voz na versão original de Justin Long) e seus dois amigos, o gordinho Simon (Mathew Gubler) e o nerd Theodore (Jesse McCartney), pareçam realmente crianças, apesar de serem esquilos. Eles são agitados, fazem bagunça e têm aquela voz fininha que encanta a garotada.
Nesta segunda parte, eles têm de enfrentar vários desafios quando se veem longe de seu protetor, Dave (Jason Lee). Agora quem toma conta deles é o atrapalhado Toby (Zachary Levi), que os coloca na escola, um terror para os esquilinhos. E eles ainda encaram a concorrência de um trio de esquilinhas charmosas. Se você não for mais criança, relaxe e pare de ser chato! (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Lobisomem

Benício Del Toro: interpretação sem alma
Foto: AllMovie Photo

Só para começar com uma metáfora carnavalesca, própria para os dias de agora: imagine você esperar uma Beija-Flor na Sapucaí e topar com uma Zoon-Zoon na Armando Salles. Pode até ser exagerada a comparação, mas a decepção é quase certa para quem for ver essa nova produção de horror da Universal. O objetivo declarado é dar uma aparência de luxo para aqueles antigos filmes de horror ingleses, dos anos 40, que a gente assistia (e morria de medo) na Sessão Coruja da Globo.
Deu tudo errado. Ficou ainda mais trash que o original. Faltou tudo, alma, talento, uma dose mínima de humor que fosse. O elenco, então, está numa apatia de dar dó. Benício Del Toro parece ter confundido o personagem. Ele parece uma múmia em cena, sem expressar a menor emoção. Anthony Hopkins deve ter topado para engordar a conta bancária. Ligou o piloto automático da canastrice e deixou rolar. Emily Blunt e Hugo Weaving também não se salvam do desastre, nem Geraldine Chaplin em participação especial como uma cigana.
A trama é básica e infantil. Del Toro vive Lawrence, ator de sucesso inglês, especialista em Shakespeare, que volta para casa a fim de desvendar os mistérios sobre a morte do irmão. Descobre uma maldição que ronda a família e que faz a linhagem masculina virar lobo. Perda de tempo. (Ronaldo Victoria)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Reação Colateral

Josh Hartnett interpreta executivo em crise
Foto: AllMovie Photo
O mês a que se refere o título original deste drama americano (August, 2009) é o período que antecedeu talvez o maior trauma americano, a queda das Torres Gêmeas de Nova York. Ou seja, tudo se passa em agosto de 2001. E o roteiro mostra o período como uma época que parece trazer notícias ruins, embora não se saiba direito quais serão as mudanças.
Para o personagem principal, o jovem executivo Tom (Josh Hartnett). Ao lado do irmão, Joshua (Adam Scott), ele tenta manter uma rica empresa em Wall Street, mas sente a ameaça de um colapso na área financeira, logo depois do estouro da bolha da internet.
As dificuldades econômicas levam Tom a questionar sua vida pessoal, seu relacionamento sem futuro com Sarah (Naomie Harris) e seu futuro. No elenco, há uma ponta marcante do eterno roqueiro David Bowie como Ogilvie, o principal investidor da empresa. O clima geral, porém, é um pouco frio e distante. (Ronaldo Victoria)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

3 Lados do Amor

Elizabeth Reaser e Gretchen Mol: relações indecisas
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É uma comédia romântica que tem um título nacional bem mais direto que o original, Puccini for Beginners, ou seja, Puccini para Principiantes. Puccini, para quem não sabe, é o grande compositor italiano de óperas, um dos passatempos preferidos da personagem principal, a descolada jornalista novaiorquina Allegra (Elizabeth Reaser).
Ela costuma conversar sobre arte e ópera com um grupinho de amigas, em papos quase sempre bastante pretensiosos e chatos.
No fundo Allegra parece não ter se definido muito bem. Por medo de assumir um compromisso, acaba levando um fora da namorada, Samantha (Julianne Nicholson). Resolve enfrentar seu medo e tentar novos relacionamentos, acordando ao lado de Philip (Justin Kirk).
Porém, mais confusa ainda, começa a paquerar a indecisa Grace (Gretchen Mol), desiludida com um relacionamento com um homem que nem ata nem desata. O problema é que Philip e Grace estão de casamento marcado, coisa que nenhum dos três vértices desse triângulo sabia. Leve e divertido. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Maluca Paixão

Sandra Bullock entre Thomas Haden Church e Bradley Cooper
Foto: AllMovie Photo

Foi um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos e nem foi exibida nas salas brasileiras esta comédia estrelada por Sandra Bullock, que sempre leva gente para os cinemas. O fiasco ficou ainda maior pelo fato de Sandra estar numa excelente fase, tanto que deve levar o Oscar de melhor atriz deste ano pelo drama Um Sonho Possível. E esse filme ficou no meio de dois sucessos dela, já que veio na seqüência do divertido A Proposta.
Talvez o maior problema do roteiro seja a forma como foi retratada sua personagem, Mary Horowitz, que parece estar à beira da debilidade mental. Encalhada e morando até hoje na casa dos pais, sua única diversão é fazer palavras cruzadas e criar uma coluna sobre o assunto num jornal de Sacramento, na Califórnia.
Um dia seus pais arrumam um encontro às escuras com o cinegrafista Steve (o bonitão Bradley Cooper, de Se Beber Não Case). Vem daí o título original da comédia, All About Steve (Tudo Sobre Steve), brincadeira com o nome americano de A Malvada (All About Eve). Crente de que ele é sua alma gêmea, Mary larga tudo e vai atrás do moço, parceiro do vaidoso repórter Hartman (Thomas Haden Church). Eles fazem uma matéria sobre a polêmica em torno de um bebê que nasceu com três pernas. Tudo é americano demais, o que no caso tem um sinônimo: chato. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Solista

Robert Downey Jr. e Jamie Foxx: dois homens isolados
Foto: AllMovie Photo

São dois excelentes atores em cena: Jamie Foxx, que ganhou o Oscar ao encarnar Ray Charles, e Robert Downey Jr., que deu a volta por cima ao viver O Homem de Ferro. Eles vivem dois personagens reais de Nova York. Foxx é Natahaniel Ayers, músico que após ter se formado como violoncelista na Juliard School é dominado pela esquizofrenia e passa a viver como mendigo nas ruas da cidade.
Downey Jr. é o jornalista Steve Lopez, que procura uma boa história para a sua coluna no jornal e tem a vida cruzada com a do músico. Os dois são criaturas exiladas deles mesmos e isoladas do mundo. O músico, apesar de toda a sua genialidade, não consegue articular frases e tem ataques quando se sente pressionado a fazer alguma coisa que seja para o seu bem. Lopes também é talentoso, mas parece ter desistido de contato. Tem uma ex-mulher que virou amiga e mal fala com o filho.
O problema do filme é um toque cerebral demais do diretor Joe Wright, que impede uma maior emoção e faz com que resulte pretensioso. Mas tem como vantagem o fato de não buscar soluções fáceis, ou seja, não tenta "curar" o músico, solista dele mesmo. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

500 Dias com Ela

Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel: amor original
Foto: AllMovie Photo

Tem gente que acredita que comédia romântica é um gênero cinematográfico que ainda vive na base dos clichês, com histórias que são infinitas varações a respeito do tema "casal se conhece, se odeia de cara mas acaba descobrindo o amor e vivendo felizes para sempre." Para esses críticos (ou chatos), esse filme de estréia do diretor Marc Webb, também roteirista, é uma sugestão preciosa para que mudem de idéia.
Tudo na comédia respira a simpatia e alto-astral, apesar da história ter lá muitos pontos amargos. Os 500 dias do título são aqueles que Tom (Joseph Gordon-Levitt, que andava desperdiçado), arquiteto que não segue a profissão e trabalha numa editora escrevendo cartões de felicitação, passa ao lado da bela Summer (Zooey Deschanel).
Ele se encanta à primeira vista pela secretária do chefe. Tom é tímido mas tenta convencer Zooey de amor vale a pena. Mas ela não acredita muito nisso e pode colocar tudo a perder ao se decidir por uma relação mais estável. Será? O filme é cheio de soluções criativas, e a mais original é aquela em que a tela é dividida em duas partes. Enquanto numa acontece o real, a outra mostra a expectativa de Tom. Brilhante e inteligente. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Premonição 4

Bobby Campo e Shantel VanSanten em cena: fórmula requentada
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Toda franquia cinematográfica, ainda mais quando chega ao quarto produto, deve seguir os itens da fórmula de sucesso. Mas não é preciso exagerar, como acontece com Premonição 4. Desse jeito, nem os efeitos 3D (em cópias apenas dubladas) salvam o filme da mesmice total. Quem assistiu ao primeiro, sabe do que se trata: um acidente horrível acontece logo antes dos créditos. Antes, porém, uma pessoa tem a tal intuição do desastre e salva uma meia-dúzia de pessoas.
A partir daí, a Dona Morte, vista mesmo como uma entidade, sai correndo atrás de quem conseguiu escapar de sua foice. Seguem acidentes bizarros, que nas outras edições incluiam um líquido no computador, um aparelho de bronzeamento artificial maluco ou um aparelho de ginástica que "malha" a cabeça de um coitado. De tão estranhos, provocam risos na platéia adolescente, o que dá também um ar meio doentio.
No quarto episódio, o desastre acontece durante uma corrida de carros, e há dois problemas principais. Os efeitos especiais são bem fraquinhos e os personagens são muito chatos. Quando Hunt, o loiro burro vivido por Nick Zano morre sugado na piscina, é até um alívio. E o casal central, formado por Bobby Campo e Shantel VanSanten, é muito insosso. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fim da Escuridão

Mel Gibson interpreta policial durão e amargurado
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Mel Gibson não parece estar envelhecendo bem. Nem se trata das coisas que anda aprontando —— semana passada ele brigou com um apresentador de TV ao vivo e o chamou de "babaca", além de ter trocado a mulher com quem teve sete filhos ——, mas sim do que ele transmite na tela. Na pele do policial durão Thomas Craven, ele parece duro, triste, com as rugas tomando conta da face. Nem se pode dizer que tenha virado um coroa charmoso.
Essa aparência talvez sirva para a história, que cai fundo na melancolia. Craven é um homem amarga, que espera a volta da filha, Emma (a sérvia Bojana Novakovic), que trabalha em outra cidade. Logo a garota é morta na porta de casa, quando estava ao seu lado. Além da dor do pai, ele sente remorso ao achar que a bala era para ele.
Porém, ao investigar, descobre que a empresa onde Emma era estagiária, a Northmoor, tinha muitos segredos sujos. Especialista em segurança, a firma até desenvolvia artefatos nucleares, e destinados a países inimigos dos americanos. Atores experientes e carismáticos como Ray Winstone (o ambíguo Jedburg) e Danny Huston (o chefe da Northmoor) têm participação de destaque. Há vários corpos na história, mas o clima meio lento pode incomodar uma parte do público. (Ronaldo Victoria)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pequenos Invasores

Turma enfrenta alienígenas numa casa à beira do lago
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Você até pode se divertir com essa aventura juvenil, isso se já estiver ultrapassado a idade do público-alvo a qual ela se destina, se levar em conta certas condições. A primeira, e principal, e não esperar muita originalidade. Afinal, invasão de alienígenas simpáticos ou não já não é novidade há muito tempo, desde quando o ET de Spielberg fez aquele estrago nas bilheterias.
Feito isso, é até possível dar umas risadas. A história é básica. Fala sobre uma família que vai para um feriado prolongado numa casa à beira de um lago justamente quando o local passa a ser pouso de uma nave de alienígenas bastante atrapalhados. Eles ficam no sótão e quem os descobre são as crianças.
Claro que os adultos são todos bobões e não percebem o que está acontecendo. Para complicar, a irmã mais velha do menino, vivida por Ashley Tisdale, a Sharpai de High School Music, tem um namorado canastrão e se intromete na trama. E a vovó da molecada acaba mostrando que é boa de artes marciais. É tudo despretensioso e divertido. (Ronaldo Victoria)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ponto de Partida

Jessica Biel e Patrick Swayze: histórias depressivas
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Antes vamos ao que chama mais atenção, ao acessório. E esse drama apresenta dois bons motivos para comentários. Primeiro que nele a bela Jessica Biel (ela ainda namora Justin Timberlake?) vive um stripper e faz um show bastante sensual em cena. Depois, este foi o último trabalho do já saudoso Patrick Swayze, que aqui aparece bem decadente, feio e de rabo- de-cavalo, justamente na pele do dono do clube onde a personagem de Jessica, Rose, trabalha.
O roteiro é daquele tipo em que várias histórias se entrelaçam numa grande cidade, no caso Los Angeles. Algo em que o falecido diretor Robert Altman era mestre, mas aqui não se chega ao mesmo efeito.
A história também fala sobre Doolitle (Eddie Redmayne), agente funerário apaixonado por Rose. Randall (Kris Kristofferson) é o líder de uma facção criminosa onde também atua Jack (Ray Liotta). E Charlie (Forest Witaker) é um ex-padre que tem um caso com uma transexual. O elenco é bom, mas o clima geral é bem depressivo. Gente de espírito mais leve deve passar batida. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Jogando com Prazer

Anne Heche e Ashton Kutcher: sexo e dinheiro
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É curioso como há algum tempo, em comparação com o que acontece hoje, havia uma certa aura sentimental em filmes que falavam a respeito de garotas (ou garotos) de programa). Talvez seja o caso de comparar esse drama com o agora clássico Gigolô Americano, que Richard Gere estrelou no comecinho dos anos 80, e que John Travolta recusou para não queimar a imagem.
Parece que havia uma imagem mais “romântica”, se é que se pode definir assim. Agora, o rapaz protagonista, Nikki (Ashton Kutcher, marido de Demi Moore e campeão do Twitter), chega a Los Angeles com uma filosofia bem definida: ou você é a caça ou é o caçador. O que ele deseja é se dar bem, saindo com coroas ricas, e sem levar em conta o que aconteceu antes em sua vida que possa justificar tal atitude.
A principal cliente dele é a poderosa advogada Samantha (Anne Heche, com interpretação fria), na casa de quem ele mora e que investe grande quantidade de dinheiro em duas prioridades: rapazes e plásticas. Mas Nikki comete o “erro” de se apaixonar, e justamente por Heather (Margarita Levieva), que parece ser tão ou mais “esperta “ que ele nesse ramo. O final é triste. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A Cidade das Crianças

Filme fala sobre meninos e meninas vivendo sem os pais
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Filme francês que fala sobre a inocência (ou esperteza?) das crianças, é uma fábula que deixa belos toques para os tempos atuais. Apesar de a trama se passar numa época meio indefinida, talvez início do século, bem poderia acontecer nos dias de hoje. As crianças de agora estão independentes demais? Que tipo de adultos nós iremos formar se não tivermos tempo para eles? São perguntas que os adultos podem se fazer ao assistir. Já as crianças terão prazer em se ver reconhecidas em alguns personagens. Tudo se passa numa aldeia francesa fictícia chamada Timpelbach, que aparece no título original (Les Enfants de Timpelbach, ou As Crianças de Timpelbach). O problema com os garotos do local é que são rebeldes, não respeitam nenhuma forma de autoridade.
Então os pais decidem dar um susto na molecada. Saem todos da cidade para passar um dia fora e deixam um bilhete coletivo anunciando que não voltam mais. Só que os pequenos adoram a novidade. O elenco infantil é ótimo, com destaque para Raphäel Katz (o nerd Manfred), Adèle Exarchopoulos (a líder Marianne) e Léo Legrand (o grosseirão Thomas). Astros. Astros como Gèrard Depardiu e Carole Bouquet fazem participação especial. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Diplomata - Ameaça Internacional

Dougray Scott e Claire Forlani: casal em perigo
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O primeiro detalhe (nem tão pequeno assim) a respeito desse filme é de que se trata na verdade de uma minissérie produzida pela televisão inglesa. São dois episódios, de 90 minutos cada um, reunidos aqui num DVD só. O que resulta num filme de três horas de duração. Impressionante como isso acaba fazendo diferença. A gente ainda agüenta um tempo tão extenso se for uma obra-prima. Quando é uma aventura mediana como essa, a atração tende a se dispersar.
Ainda mais que a trama é cheia de reviravoltas, algumas de compreensão nem tão fácil. A história começa quando é descoberta uma grande quantidade de droga num container pertencente ao diplomata inglês Ian Porter (Dougray Scott, bom ator mas que transmite uma imagem antipática). A Scotland Yard começa a investigar o caso e descobre que Porter tem ligações escusas com um grande traficante russo.
O desfecho da história é de bastante impacto. Também é abordada a vida amorosa em conflito do personagem, que acaba de se separar da mulher, Pippa (Claire Forlani, casada com Scott na vida real). O resultado é bom, mas exige esforço. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ponto de Colisão

Maximilian von Pufendorf interpreta o co-piloto
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Opção diferenciada nas locadoras, trata-se de um filme de catástrofe alemão. Engraçado como a gente coloca rótulos nas pessoas e imagina que os alemães como pessoas sérias e profundas. Está provado que só é possível filosofar em alemão?, dizia a música antiga. Nem sempre, eles também sabem ser pops e artificiais. No bom sentido, claro.
A prova é esse filme de ação parecido com vários outros feitos em Hollywood, mas que mantem o público tenso, o que é uma qualidade. Ou não? A história fala sobre um avião de passageiros que colide no ar com uma aeronave de carga. Atravessa a toda velocidade os céus da Alemanha e a queda é inevitável. E o ponto de impacto é facilmente calculado: o centro de Berlim.
Enquanto os passageiros se desesperam, a equipe em terra tenta evitar a tragédia. O capitão, Michael (Peter Haber), e o co-piloto, Niclar (Maximiliam von Pufendorf) tentam unir a equipe. Há histórias variadas de passageiros: aquele que tenta ajudar e é tragado em pleno ar, o menino que banca o herói, a aeromoça decidida, o chato que só reclama e a garota que se diz médica mas largou a faculdade. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Eu Te Amo, Beth Cooper

Paul Rust e Hayden Panettiere (à frente): confusões juvenis
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Não espere originalidade desta comédia dirigida por Chris Columbus, cineasta que teve dias bem mais badalados com Esqueceram de Mim e a primeira aventura de Harry Potter. Aqui, neste roteiro que parece ter tons autobiográficos, Columbus fala sobre a dificuldade que enfrenta um nerd ao se ver apaixonado pela menina mais bonita da escola. Pode ser mais clichê? No entanto, Columbus conseguiu uma história com altas doses de simpatia.
O herói é Denis (Paul Rust), cuja inteligência é diretamente proporcional ao nariz e inversamente ao sucesso com as meninas. Escolhido como orador da turma para a cerimônia, ele ouve do amigo Rich (Jack Carpenter) —— que passa o filme todo insistindo não ser gay —— que deve fazer um discurso de impacto.
O que ele faz? Como sugere o título, declara seu amor por Beth Cooper (Hayden Panettiere, a chefe de torcida da série Heroes). O fato provoca a fúria do namorado valentão da moça, mas ela resolve dar uma chance para o admirador. O que se segue é uma sucessão de confusões que, apesar de previsíveis, divertem o público. (Ronaldo Victoria)