quarta-feira, 11 de março de 2009

Luz Silenciosa

Criança menonita, uma das sete filhas do patriarca
Foto: Google Image
Este filme dirigido pelo mexicano Carlos Reygadas com certeza será uma experiência diferente. Na verdade será um teste para a paciência de quem vive nesse mundo corrido de hoje e já se acostumou com cinema em ritmo de clipe. Porque a história é contada de forma lenta, lentíssima até.
Começa com uma tomada de um céu todo preto, de madrugada. A luz vai entrando aos poucos, bem aos poucos, o céu escuro vai ficando roxo, depois vermelho, até o sol aparecer. Tempo da cena: cinco minutos e meio. Corta para uma família (pai, mãe e sete filhos) reunida na cozinha, em oração. A primeira palavra (“amém”) só surge aos oito minutos.
Foi a forma escolhida por Reygadas para mostrar o cotidiano dos menonitas, grupo de origem germânica que vive no México, mas rejeita o progresso e todas as suas comodidades. O grande problema é quando Johan (Cornélio Wall, membro real do grupo como todo elenco) se apaixona por outra mulher. (Ronaldo Victoria)