quarta-feira, 18 de março de 2009

Bezerra de Menezes

Carlos Vereza interpreta o médico espírita
Foto: Google Image
Esse filme pode ser chamado de popular. Quando foi exibido nas salas de cinema (ficou em cartaz duas semanas em Piracicaba), foi recebido a pauladas pela crítica, classificado de “tosco” e até de “horroroso” pelo suplemento paulistano de uma revista semanal. Duas semanas depois, a mesma revista publicou uma matéria falando das filas no cinema. O resultado é que o drama, dirigido pelos estreantes Glauber Filho e Joe Pimentel, atraiu mais de 500 mil pessoas.
A explicação do sucesso pode ser mais espiritual que artística. É uma biografia de Adolfo Bezerra de Menezes, médico cearense que no século 19 foi um dos pilares da doutrina espírita no Brasil, defendendo a crença dos preconceitos e tendo atuação marcante como médium e cirurgião espiritual. Até hoje seu espírito atuaria durante as sessões.
A questão é que o clima ficou excessivamente respeitoso, e isso nunca foi bom em termos cinematrográficos. A impressão é de ser uma palestra filmada, e de um tom amador. Todos os atores, incluindo Carlos Vereza no papel-título, professam a crença. (Ronaldo Victoria)