terça-feira, 31 de março de 2009

Jogos de Guerra

Amanda Walsh: perseguição sem motivo
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É representante de uma tendência que pode ser chamada de “genérica”. Funciona assim: usa-se o estilo de uma produção anterior e cria-se uma adaptação aos tempos atuais. Isso já foi feito com “A Rede”, “8 mm”, “Mulher Solteira Procura” e alguns outros.
Na versão original, de 1983, estrelada por Matthew Broderick, era curioso ver os computadores, parte essencial da trama, como trambolhos enormes ainda chamados de cérebros eletrônicos. Vinte e cinco anos depois, eles fazem parte da nossa vida, mas o roteiro atual não melhorou a trama em nada.
Com o subtítulo “O Código Mortal”, a aventura dirigida por Stuart Gillard fala de um programa com esse nome que na verdade é uma isca criada por um militar paranóico (Colm Feore) para encontrar terroristas. O problema é que Will (Matt Lanter), gênio informático, decifra o código e passa a ser perseguido junto com a namorada Annie (Amanda Walsh). Mas a premissa é furada: como os caras da inteligência vão achar que um garoto é perigoso terrorista e será que os integrantes da Al Qaeda perderiam tempo com esses jogos? (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Super-Heróis - A Liga da Injustiça

Cena da sátira: besteirol com nível rasteiro
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Muito quarentão não consegue entender por que os adolescentes gostam de filme besteirol como esse. Criticar a capacidade mental da moçada que vai às salas e depois aluga o DVD para ver uma besteira como essa é preconceito. Os jovens sabem que é uma grande porcaria, e curtem exatamente por isso. O problema é o nível do roteiro (?) e da direção (?) dos dois cineastas (?), Jason Friedberg e Aaaron Seltzer, que já fizeram “coisas” como “Espartalhões” e “Deu a Louca em Hollywood”.
Os jovens da geração passada tiveram muito mais sorte, já que iam ao cinema para dar risada em sátiras como “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu” ou “Corra que a Polícia Vem Aí”, que parecem obras-primas perto desta patacoada.
Os diretores só fazem gozação em cima de sucessos recentes como “Juno”, “Hancock”, “Encantada” e outros, com piadas que nem a turma do Casseta & Planeta teria coragem nas suas novelinhas satíricas. (Ronaldo Victoria)

domingo, 29 de março de 2009

Quatro Amigas e um Jeans Viajante 2

Lena, Carmen, Tibby e Bridget: quarteto inseparável
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Dizer que esse filme é mais indicado para o público feminino é tão óbvio como falar que o público-alvo de um desenho-animado é o infantil. Mas não precisa ser só dedicado às meninas. Um rapaz pode ver sem susto, mesmo que seja para descobrir o que elas pensam.
A história continua três anos após a primeira, que fez grande sucesso. A direção agora é de uma mulher, Sanaa Hamri. A história original, para quem não sabe, é de quatro amigas inseparáveis que, além das confidências, dividem algo material: um jeans que misteriosamente cai bem em todas, apesar das diferenças anatômicas.
A segunda aventura, como a outra, mostra histórias separadas que se cruzam no final. Tibby (Amber Tamblyn) estuda cinema em Nova York e se envolve com um rapaz de origem asiática. Carmen (America Ferrera, a “Ugly Betty”) cursa teatro e encara uma amiga falsa. Lena (Alexis Bledel) conhece um modelo, mas não esquece a temporada na Grécia. E Bridget (Blake Lively) tenta arqueologia e redescobre a família. (Ronaldo Victoria)

sábado, 28 de março de 2009

Space Chimps

Luna e Ham 3 em órbita: bichinhos simpáticos
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Há desenhos-animados indicados apenas para crianças e outros que os adultos também podem curtir. Esse filme, que recebeu no Brasil o subtítulo “Micos no Espaço” (EUA, 2008), pertence ao segundo time. Primeiro porque investe no humor e depois por que retrata os personagens animais por meio de um comportamento humano. E como se trata de macacos (alguém se esqueceu da teoria de Darwin?), a identificação é imediata.
A história fala sobre três chimpanzés mandados para a NASA em uma missão que tem como objetivo descobrir seres alienígenas. Luna é disciplinada, toda certinha, e tem fascínio por astronautas humanos. Titan é um atleta que só pensa nele. E Ham 3, o tipo mais simpático, é neto de um astronauta herói mas trabalha atualmente num circo.
É uma história que se acompanha com prazer. E ninguém vai fazer a piadinha batida de que alugar esse filme não é um mico. Só não resisto a uma piada involuntária. Sabem como se chama o diretor do filme? Kirk DeMicco! (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 27 de março de 2009

A Ilha

Mila Kunis: entendendo a juventude transviada
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Imagine se aquele garoto rebelde ou aquela menina que não quer seguir os padrões fossem enviados para uma espécie de campo de trabalhos forçados? Pois é esse o ponto de partida do filme com título original “Boot Camp” (EUA, 2007), dirigido pelo canadense Christian Duguay. O cineasta parece adorar produções do tipo, já que assinou “Tráfico Humano”, “Hitler, A Essência do Mal” e alguns episódios da série “Cane”.
Nesta aventura Duguay fala sobre o autoritarismo paterno, que deseja filhos que só sigam as normas. Quem sente isso na pele logo de cara é Sophie (a bela ucraniana Mila Kunis), que por dar dor de cabeça para seus velhos é enviada para a tal ilha, um lugar perdido no meio do Oceano Pacífico. Lá os jovens são submetidos a treinamento militar e tortura psicológica comandada pelo tirânico doutor Normam (Peter Stormare).
Porém, o namorado da garota, Ben (Gregory Smith), vai atrás para resgatá-la. Achou o roteiro absurdo? Os produtores juram que é baseado em fatos reais. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 26 de março de 2009

O Traidor

Guy Pearce e Don Cheadle: paranóia e ambiguidade
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É provável que em alguns momentos você ache estranha e fique sem entender muito bem a postura do personagem-chave desse suspense, e que pode ser definido com o título, o coronel Samir Horn (Don Cheadle). Natural, afinal o roteiro é complexo e fala sobre algo que teve o apogeu no governo de Bush: a paranóia americana em relação aos terroristas islâmicos.
Na teia criada pelo roteiro (curiosamente escrito por um humorista famoso, Steve Martin), Horn é o indicado para dar a entender ser traidor entre dois lados em guerra. Afinal, é filho de um sudanês com uma americana, viu o pai ser morto num atentado a bomba. Ou seja, teria razões para odiar os Estados Unidos.
Contra ele, faz uma perseguição implacável o agente do FBI Roy Clayton (Guy Pearce), crente de que ele realmente mudou de lado. Mas a situação não é tão simples assim. Os dois atores principais são ótimos e a história desafia a inteligência do espectador. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 25 de março de 2009

REC

Manuela Velasco em cena: pesadelo sem fim
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Violento. Exagerado. Trash. Nojento. Histérico. Assustador. Todas essas definições valem para o filme espanhol dirigido pela dupla Jaume Balagueró e Paco Plaza e que renovou a estética dos filmes de terror. Tanto que gerou uma adaptação americana, batizada de “Quarentena”.
O que o filme tem de novo e impactante é utilizar a técnica do falso documentário (o título vem da tecla de gravação), que começou há mais de 10 anos com “A Bruxa de Blair”, mas ainda não tinha um exemplar bem-sucedido. Parece um filme caseiro, se assemelha até a uma postagem pelo You Tube ampliada, por isso sua aceitação pelas novas gerações.
Começa com uma matéria que a repórter Angela (Manuela Velasco) vai fazer com o câmera Pablo (o diretor de fotografia Pablo Rosso, que nunca aparece em cena) no Corpo de Bombeiros em Barcelona. Tudo acontece de forma suave, até a denúncia de algo estranho num velho prédio. Aí tem início o pesadelo, com direito a zumbis que mordem e transmitem a anomalia. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 24 de março de 2009

Entre Lençóis

Gianecchini e Paola: carisma e sensualidade em cena
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Duas coisas ficam aprovadas depois que se assiste a este filme: o carisma e o talento dos dois atores, Reynaldo Gianechinni e Paola Oliveira. Sem falar na beleza de ambos, mas isso é um tanto óbvio. Gianechini se mostra um ator competente ao defender um personagem sem muita razão, mesmo caso de Paola, que prova ser uma atriz em ascensão.
E esse elogio se faz apesar do roteiro pífio e da direção burocrática do colombiano Gustavo Nieto Roa, que fez filmes parecidos em vários países. A história é mais um pretexto para cenas de sexo, em que os atores mostram muita sensualidade e química em comum, e de striptease, das quais se desincumbem sem cair no ridículo.
Tudo acontece em uma noite só, quando Paula e Roberto, ela prestes a se casar e ele em processo de separação, se encontram numa boate e vão para o motel. Tudo é filmado em locação, no Rio de Janeiro, e a fotografia granulada é péssima. E a história de que, em meio às transas, eles se apaixonam, fica forçada. Mas dificilmente você ficará entediado. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 23 de março de 2009

A Duquesa

Keira Knightley tem interpretação marcante
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Fica difícil não pensar em Lady Diana ao assistir a esse filme belíssimo. Até porque a personagem principal, Georgiana Cavendish Spencer, era sua tia em quarto grau. Era chamada de Ge, assim como Diana era Di. Era bela e a frente do seu tempo. Outra associação inevitável: casou-se com o homem que amava (ou julgava amar), mas dele só ganhou indiferença.
Keira Knightley está perfeita como a duquesa e Ralph Fiennes consegue uma interpretação primorosa na pele do duque, um homem que se revela desprezível porque movido a desprezo pela esposa. Ele a culpa por não lhe dar o que mais queria: um herdeiro, após três filhas. E mantém em casa a amante, Bess (Hayley Atwell), mais velha que a duquesa. Alguém pensou em Camila? É de Bess a frase que melhor define o drama de Georgiana: “A Inglaterra inteira se apaixonou por ela. O único homem deste país que não a ama é o marido.”
O roteiro do drama assinado por Saul Dibb, se não é original, transmite toda a emoção que se espera. E os figurinos de Michael O’Connor mereceram o Oscar. (Ronaldo Victoria)

domingo, 22 de março de 2009

Medos Privados em Lugares Públicos

André Dussolier e Laura Morante: ciranda de amores
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Existem muitos filmes considerados “cult”, aqueles não muito populares mas que têm um público que os adora Esse é muito “cult”. A prova é que estreou em julho de 2007 em São Paulo e ainda hoje está em cartaz numa sala do HSBC Belas Artes. Um ano e meio em cartaz e nem há previsão de quando vai sair.
O filme foi dirigido por Alain Resnais, um dos nomes mais famosos do cinema francês, com obras de vanguarda. O título nacional parece enigmático (o original em francês é bem mais simples, “Couers”, ou seja, corações), mas é a tradução literal da peça em que foi baseado, do inglês Alan Ayckbourn.
Se você está pensando, “ah, deve ser aqueles filmes franceses cabeça, em que se fala muito e se faz pouco, duros de entender”, um aviso: errou. O filme fala de seis pessoas, Thierry (André Dussolier), Charlotte (Sabine Azema), Daniel (Lambert Wilson), Nicole (Laura Morante), Lionel (Pierre Arditi) e Gaelle (Isabelle Carré). Eles moram no mesmo bairro em Paris, a vida desses seis “corações” se cruza em busca do amor e de uma cura para a solidão. (Ronaldo Victoria)

sábado, 21 de março de 2009

Show de Bola

Lui Mendes e Thiago Martins: entre a favela e o futebol
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A visão que estrangeiros têm de nós, brasileiros, é algo que quase sempre nos surpreende. Por conta da globalização e da internet, passou aquela fase de achar que aqui vive um bando de gente pelada e cobras passeiam pelas ruas. Mas os clichês tropicais ainda persistem. A prova é esse filme, dirigido por um alemão, Alexander Pickl, escrito por um francês e um russo, falado em português e interpretado por brasileiros.
Essa salada não poderia dar certo. E não é que não deu? Pickl, que gosta do Brasil principalmente por causa de jiu-jitsu e luta de vale-tudo (seu outro filme é sobre o assunto), foi pelo caminho mais fácil. Brasil lembra o quê? Futebol e favela, deve ter pensado.
Então a história fala sobre Thiago (Thiago Martins), que tenta a sorte no futebol, enquanto o amigo, Tubarão (Lui Mendes), vira traficante. Numa cena, a mãe de Thiago, vivida por Sandra Pêra, passa mal no barraco, o filho chama socorro e o médico vem atender no local. Em que país esse alemão acha que a gente vive? Ah, Pickl também dirigiu o clipe da música “To nem aí”, da Luka, lembra dela? Se é que isso acrescenta alguma coisa... (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Nossa Vida sem Grace

John Cusack e as duas filhas: diversão antes da triste notícia
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O tema abordado pelo filme é difícil: a ausência. A Grace do título é uma jovem militar que morre em circunstâncias trágicas: desaparece durante uma operação no Iraque. Quem fica é Stanley (John Cusack), que a partir da tragédia tem duas missões: primeiro aceitar a viuvez e depois contar para as duas filhas, Heidi (Shelan O’Keefe) e Dawn (Grace Bednardzyck) que a mãe não vai mais voltar.
De nenhuma das duas tarefas ele se desincumbe bem. A viuvez, apesar do trabalho da esposa a obrigar a viajar sempre, pesa como um fardo. Até porque ele sente que nem tem tanta intimidade assim com as meninas, principalmente para dar uma notícia tão triste.
O resultado é que faz o que a maioria dos pais pensaria: pega as garotas para uma viagem em que podem fazer o que quiser. Primeiro para realmente conhecerem o pai, depois para saberem o que aconteceu. O resultado é bom por causa do clima sem pieguice e da bela atuação de Cusack, mas o diretor James C.Strouse não consegue ser muito original. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Prova de Fogo

Laurence Fishburne: heroísmo e preconceito
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Talvez você se confunda um pouco ao procurar esse lançamento nas locadoras. Afinal, há dois filmes com esse título, e curiosamente ambos estrelados por Laurence Fishburne, o Morpheus de “Matrix”. No outro ele contracena com Angela Bassett, com quem trabalhou na biografia de Tina Turner, numa história ambientada nas disputas de soletrar palavras.
Este, embora seja mais antigo, foi rodado em 1995 e só agora lançado em DVD, fala de um tema que se torna atual após a eleição de Barack Obama: na verdade é um louvor à força da raça negra. Nos Estados Unidos, The Tuskegee Airmen, título original do drama, é conhecido até hoje como um grupo de heróis da Segunda Guerra Mundial.
Foi o primeiro esquadrão de pilotos de caça da América composto apenas por negros. Em 1943, os alemães estavam vencendo o conflito e os americanos tendo terríveis baixas. Foi quando o grupo se reuniu, mas também teve de encarar o preconceito em sua própria casa para lutar. É fácil de assistir e de gostar. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Bezerra de Menezes

Carlos Vereza interpreta o médico espírita
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Esse filme pode ser chamado de popular. Quando foi exibido nas salas de cinema (ficou em cartaz duas semanas em Piracicaba), foi recebido a pauladas pela crítica, classificado de “tosco” e até de “horroroso” pelo suplemento paulistano de uma revista semanal. Duas semanas depois, a mesma revista publicou uma matéria falando das filas no cinema. O resultado é que o drama, dirigido pelos estreantes Glauber Filho e Joe Pimentel, atraiu mais de 500 mil pessoas.
A explicação do sucesso pode ser mais espiritual que artística. É uma biografia de Adolfo Bezerra de Menezes, médico cearense que no século 19 foi um dos pilares da doutrina espírita no Brasil, defendendo a crença dos preconceitos e tendo atuação marcante como médium e cirurgião espiritual. Até hoje seu espírito atuaria durante as sessões.
A questão é que o clima ficou excessivamente respeitoso, e isso nunca foi bom em termos cinematrográficos. A impressão é de ser uma palestra filmada, e de um tom amador. Todos os atores, incluindo Carlos Vereza no papel-título, professam a crença. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 17 de março de 2009

High School Musical 3

Turma unida: fenômeno para os adolescentes
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É claro que se trata de um produto impróprio para maiores de 15 anos. Quem tem mais que essa idade não vê graça mesmo na trama rala e não suporta a gritaria dos números musicais. Porém, esconder que se trata de um fenômeno é prova de ranzinzice. Coisa de gente que se “esqueceu” que na infância ou adolescência assistiu “Grease” ou “Dirty Dancing” 15 vezes ou berrava nos shows do Menudo.
Vai daí que o filme dirigido por Kenny Ortega, apesar dessas limitações, até que é bem bonitinho. Vamos pensar no que ele tem de bom. O roteiro não fala de discriminação, e mostra uma escola em que todo mundo se dá bem. Ninguém parece ter preconceito, nem contra negros ou gays (sim, porque o irmão da Sharpay é, não) e existe até uma líder de torcida gordinha.
Dessa vez a história mostra o grupo diante de uma grande dificuldade: a formatura e a decisão por uma faculdade. Troy (Zac Efron), Gabriela (Vanessa Hudgens), Ryan (Lucas Grabeel), Sharpay (Ashley Tisdale), Chad (Corbin Bleu) e Taylor (Monique Coleman) agora se separam. Vamos ver o que os roteiristas inventam para reunir a turma na quarta edição. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Diário dos Mortos

Turma de estudantes encara mortos-vivos
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George Romero, norte-americano de 69 anos, é conhecido como “o cineasta dos zumbis”. Ele já dirigiu filmes como “A Noite dos Mortos-Vivos”, dos anos 1970, e “Terra dos Mortos”, mais recente, que têm os mortos-vivos como tema. É conhecido também como mestre do terror B, ou seja, cria obras em que o baixo orçamento é compensado com criatividade de sobra.
Quem gosta de Romero, adora. Para quem não é fã, fica difícil não achar seus filmes um pouco toscos. É o que acontece com esse aqui. Em matéria de atualização, Romero é aprovado com nota 10, pois agora fala de uma turma de seis estudantes de cinema que resolve criar um roteiro de terror, mas se vê dentro de um pesadelo real.
Fica difícil não pensar em algo como “A Bruxa de Blair”, com a trama sugerindo mais do que mostrando, e repleta de críticas sociais e aos meios de comunicação. O diretor até brinca de “filme dentro do filme”. Só que o resultado fica tedioso e apenas os muito fãs devem curtir. (Ronaldo Victoria)

domingo, 15 de março de 2009

Regras do Amor

Taryn Manning e Freddie Prinze Jr: os opostos se atraem
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Só para lembrar a palavra contida no título nacional (o original traz o nome dos dois personagens principais, Jack and Jill VS the World, ou seja, Jack e Jill contra o Mundo), existem “regras” para a comédia romântica. Uma é que o roteiro deve reunir duas pessoas de personalidade opostas. Aqui, Jack (Freddie Prinze Jr.) é um executivo todo certinho e até meio travado, enquanto Jill (Taryn Manning) é uma garota linda, aspirante a atriz, leve e solta, que não dá a mínima para as convenções.
A outra regra diz que eles são obrigados a conviver por uma questão qualquer, no caso dividir o apartamento de Jack, e, claro, se apaixonam. E a terceira regra destaca que tem de aparecer uma doença grave que pões em risco o romance e explica tudo.
Como se vê, o filme, dirigido por Vanessa Parise, segue todo o manual e não ousa em nada. Só que quem curte comédia romântica, nem liga. Já quem não curte não gosta... ora, por que locaria um filme com este título? (Ronaldo Victoria)

sábado, 14 de março de 2009

Asterix nos Jogos Olímpicos

Clovis Cornillac e Gerard Depardieu: amigos unidos
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A terceira aventura da engraçada turma criada pelos franceses Uderzo e Gosciny chegou aos cinemas no ano passado (e agora ao DVD) com novidades. Começa pela substituição do experiente Christian Clavier pelo menos carismático Clovis Cornillac no papel de Asterix. Já Gerard Depardieu, cada vez mais gordo, continua perfeito na pele de Obelix. O tema também foi bem proposital, já que em 2008 se vivia em plena euforia das Olimpíadas de Pequim.
A história, claro, se passa durante os Jogos, em que os gauleses podem ter problema de “doping” por causa daquela poção que todo mundo conhece. Mas também mostra Asterix e Obelix ajudando o amigo Apaixonadix a conquistar a bela princesa grega Irina. Mas a moça foi prometida a Brutus (Benoit Poelvoorde), que rouba a cena e deixa a dupla gaulesa de coadjuvante. Mas há participações especiais de Alain Delon como Cesar e dos esportistas Zinedine Zidane e Michael Schumacher. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Procura-se um Marido

Heather Graham e um de seus "candidatos"
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Uma das coisas mais chatas numa comédia é quando se força a mão na graça e o resultado fica artificial. É como se em determinada cena soasse um sinal e o diretor falasse: “gente, for favor, é pra dar risada, viu?” É desse mal que padece esse filme, cujo título original é “Miss Conception” (EUA, 2008), dirigido por Eric Styles e estrelado por Heather Graham, atriz que já atuou em produções mais importantes, como “Boogie Nights” e “Do Inferno”.
Heather vive Georgina, que já passou dos 30 e ainda não realizou seu maior sonho: ser mãe. Quando o marido, Zack (Tom Ellis), prova que não deseja ser pai, ela rompe a relação. É que descobre uma estranha característica feminina: menopausa precoce.
Portanto, descobre que tem pouco tempo para engravidar e sai feito louca (a expressão é essa mesmo), sem noção alguma, procurando um pai para seu filho. Estabelece um prazo final e até avisa o amigo gay: se não conseguir um homem que a engravide, ele terá de fazer o "serviço". Sentiu que o título nacional está errado e não é marido que ela procura? E se você tentar procurar graça, vai ser difícil. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 12 de março de 2009

O Menino da Porteira

João Pedro Carvalho e Daniel: universo caipira
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Logo na primeira cena, na tela fica situado o tempo em que se passa a história: 1954. Com isso, a segunda edição de “O Menino da Porteira”, dirigida pelo mesmo Jeremias Moreira de 33 anos atrás, deixa claro que deseja fazer um passeio pelo tempo com o público, falar de um Brasil rural em que ser caipira era um orgulho.
É o caso de se perguntar se o filme, em cartaz nos cinemas, fará tanto sucesso quanto a primeira edição, ou mais, que “Dois Filhos do Francisco”, fenômeno de público que claramente pretende repetir. Como chamariz há Daniel, cantor que não se mostra natural como ator. E a diferença entre ele e Sérgio Reis, o boiadeiro Diogo da outra versão, era que Reis, depois do início na Jovem Guarda abraçou a música sertaneja. Daniel, ao contrário, começou sertanejo e quis virar galã romântico da canção.
Talvez esteja aí o maior problema para o sucesso do filme. Hoje as platéias interioranas nem gostam muito de ser identificadas com o universo caipira. Pena porque o filme diverte, o menino João Pedro Carvalho é uma graça no papel-título e Daniel canta muito bem “Tocando em Frente” na abertura. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Luz Silenciosa

Criança menonita, uma das sete filhas do patriarca
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Este filme dirigido pelo mexicano Carlos Reygadas com certeza será uma experiência diferente. Na verdade será um teste para a paciência de quem vive nesse mundo corrido de hoje e já se acostumou com cinema em ritmo de clipe. Porque a história é contada de forma lenta, lentíssima até.
Começa com uma tomada de um céu todo preto, de madrugada. A luz vai entrando aos poucos, bem aos poucos, o céu escuro vai ficando roxo, depois vermelho, até o sol aparecer. Tempo da cena: cinco minutos e meio. Corta para uma família (pai, mãe e sete filhos) reunida na cozinha, em oração. A primeira palavra (“amém”) só surge aos oito minutos.
Foi a forma escolhida por Reygadas para mostrar o cotidiano dos menonitas, grupo de origem germânica que vive no México, mas rejeita o progresso e todas as suas comodidades. O grande problema é quando Johan (Cornélio Wall, membro real do grupo como todo elenco) se apaixona por outra mulher. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 10 de março de 2009

Rede de Mentiras

Russell Crowe e Leonardo DiCaprio: serviço sujo
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Thriller político de grande talento, foi enorme fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, por motivos que a gente entende e que nada têm a ver com as suas qualidades. É que já virou norma dizer que americano não vai ao cinema para assistir nada relacionado com a intervenção no Iraque. E por motivos que, ironicamente, o filme com muitas estrelas envolvidas (Ridley Scott na direção, Leonardo DiCaprio e Russel Crowe como protagonistas), ajuda a entender.
Deve ser difícil (senão impossível) mostrar o que o país foi fazer lá com algum traço de patriotismo, coisa que o americano acha fundamental. Nem mesmo John Wayne levantando do túmulo seria capaz. A história fala sobre dois homens envolvidos até o pescoço com o tema, dois agentes da CIA.
Enquanto Roger Ferris (DiCaprio) é aquele que põe a mão na massa, faz o serviço sujo, Ed Hoffman (Crowe, gordo e envelhecido) fica na retaguarda, comandando tudo. O roteiro é engenhoso e cheio de reviravoltas, coerente com o próprio título. E a cena de tortura em DiCaprio dá arrepios. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 9 de março de 2009

PU-239

Paddy Considine, Rada Mitchell e Danya Barishnikov em cena
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O título nacional enigmático se refere a plutônio enriquecido, material com o qual trabalha numa usina nuclear o operário Timofey Berezin (Paddy Considine) durante o ocaso da União Soviética. A falta de segurança do local fez com que ele esteja infectado por uma carga de 100 rems, medida referente à contaminação nuclear parecida com a das vítimas de Hiroshima no final da Segunda Guerra.
Desesperado também com as incertezas da economia da nova Rússia, Timofey quer deixar uma vida melhor para a esposa, Marina (Rada Mitchell), e o filho, Tolya (Danya Barishinikov). Vai a Moscou levando no peito uma cápsula cheia de plutônio para negociar com a emergente máfia russa.
Entra em contato com Shiv (Oscar Isaac), malandro de bom coração que tenta ajudá-lo. Mas a crueldade da máfia não poupa ninguém. O destino do plutônio em Moscou é tragicômico. Produzido pela HBO com direção de Scott Z.Burns, é uma bela dica para quem gosta de filmes ao mesmo tempo exóticos e realistas. (Ronaldo Victoria)

domingo, 8 de março de 2009

Mulheres Sexo Verdades Mentiras

Branca Messina e Júlia Lemmertz: desejos de mulher
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Já que 8 de março é o Dia Internacional da Mulher, nada como analisar um filme em que elas são as donas totais da cena. É o caso desta produção curiosa, nem tão bem-sucedida, estreia na tela de Euclydes Marinho, que escrevia novelas para a televisão. A última, aliás, tinha um título bem parecido, “Desejos de Mulher”, e foi um grande fracasso.
Como o título indica, o tema é a visão que a mulher tem do sexo. Elas só falam “naquilo” em quase todas as cenas. Pode-se dizer que é um “Sex and the City” tupiniquim, alguma coisa assim. A personagem principal é Laura (Julia Lemmertz), documentarista premiada que acabou de se separar e tem uma filha adolescente.
Então elege o tema para seu próximo filme e acaba misturando a vida pessoal com a profissional. O elenco é formado por atrizes do teatro carioca ainda pouco conhecidas do público, como Cristina Amadeo, engraçada como a amiga ninfomaníaca, Malu Galli (hoje na TV, em “Três Irmãs”) na pele da irmã reprimida, e Branca Messina, a filha da protagonista. (Ronaldo Victoria)

sábado, 7 de março de 2009

Corrida Mortal

Jason Statham: ação da primeira a última cena
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Tem coisa mais classe A do que às vezes curtir um bom filme B? Desses que você assiste com os neurônios de molho, sem pensar em nada a não ser se divertir. Uma boa dica é essa produção de ação total, da primeira a última cena. Dirigida por Paul Anderson, é um remake de um clássico do gênero realizado em 1973 por Roger Corman, chamado justamente de “rei do filme B”.
A receita de Corman, seguida pelos discípulos, é criar aventuras que não gastem demais, nem dinheiro dos produtores nem intelecto do público. Ou seja, algo econômico e popular que lhe deixa bem durante duas horas, mas logo você esquece. Essa refilmagem, para ser atual, tem além das inovações tecnológicas e um roteiro ambientado num futuro ainda mais sombrio.
O herói é Jensen (Jason Statham), que vai preso injustamente e, na cadeia, é intimado pela diretora linha-dura (Joan Allen) a participar da tal corrida do título, em que só um competidor ficará vivo no final. Ele assumiria a vaga do corredor mascarado, mas logo percebe que tem armação por trás. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 6 de março de 2009

As Ruínas

Jonathan Tucker em cena com as plantas assassinas
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Não deve ser fácil a vida de jovens turistas americanos. Além de serem torturados por traficantes brasileiros no trash (e por isso divertido) “Turistas”, agora eles são vítimas de plantas assassinas mexicanas no terror dirigido por Carter Smith, e com roteiro de outro Smith, Scott, que dirigiu “Um Plano Simples”. Os dois Smiths disseram em entrevistas que não tem nada a ver essa história de que estariam estimulando nos jovens o medo do Terceiro Mundo (apesar de numa cena uma amiga censurar a outra por beber água local).
Pensando bem, é paranóia acreditar nisso. O fato é que, comparado ao similar que se passava no Brasil, esse aqui cria bem mais clima de terror. São quatro típicos jovens americanos em férias pelo México, dois casais: Jeff (Jonathan Tucker), Amy (Jena Malone), Eric (Shawn Ashmore) e Stacy (Laura Ramsey).
Um dia, aconselhados por um alemão, Mathias (Joe Anderson), vão conhecer uma ruína maia pouco explorada por turistas. Mas o passeio se revela um pesadelo, pois era local de sacrifícios e as plantas que ficam lá matam quem chega perto. Ok, é difícil de engolir, mas quase todo filme de terror não é? (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Segurando as Pontas

James Franco e Seth Rogen: chapadões no sofá
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Uma comédia maconheira. Se a questão for rótulo, use-se este para o filme dirigido por David Gordon Green cujo título original é “Pineapple Express”, algo como ‘expresso abacaxi’. Na história, trata-se de uma variedade especial da cannabis, que dá um barato ainda maior para os consumidores.
É vendida por Saul (James Franco), que aos 30 anos ainda é sustentado pela avó e passa os dias fumando baseados e sentado no sofá assistindo seriados antigos na TV. Um de seus clientes mais assíduos é Dale (Seth Rogen), encarregado de entregar intimações judiciais. Um emprego mole, como ele mesmo diz, com muitas horas de folga para fazer adivinhe o que? Acender unzinho, incluindo um modelo especial, um baseado em cruz, com três pontas acesas em grupo.
Claro que a vida dos dois não é essa moleza. Um dia, quando vai entregar uma intimação, Dale surpreende um assassinato e um traficante “do mal” passa a persegui-los. No final, a comédia deixa um “barato” incômodo. O ato de consumir maconha, a gente sabe, é visto em certos meios sociais como “descolado”, mas é no mínimo discutível levar esse conceito para um filme. Talvez fique melhor de ver chapado num sofá. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Fatal

Ben Kingsley e Penélope Cruz: romance adulto
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Penélope Cruz, que acabou de receber o Oscar de atriz coadjuvante por “Vicky Cristina Barcelona”, também poderia ter recebido por este filme, confirmando sua excelente fase. O drama romântico, dirigido por outra espanhola, Isabel Coixet, e baseado num romance de Philip Roth, “O Animal Agonizante”, tem razão e emoção nas doses certas. O resultado é perfeito.
A personagem de Penélope é Consuela, estudante cubana que desperta a atenção do professor de literatura David (Ben Kingsley). Divorciado há muitos anos, David pula de cama em cama, e mantém um relacionamento de 20 anos, baseado na receita sexo e amizade, com a colega de profissão Carolyn (Patrícia Clarkson). E tem um filho médico quarentão, Ken (Peter Sarsgasrd), que ainda o culpa por seus problemas.
Consuela mexe com o cinquentão, o faz viver a sensação de ser um Otelo, morto de ciúme e querendo controlar os passos da moça. Coerente com seus princípios, ele foge do relacionamento, como um bom intelectual que vive a vida na teoria. Mas uma surpresa o aguarda no final. E ao público também. Imperdível. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 3 de março de 2009

A Solução Final

Thomas Kretschmann: carrasco nazista na juventude
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Existe tema que não saia nunca dos noticiários como o Holocausto nazista? Mais de 60 anos se passaram e o tema continua na ordem do dia, como o fato de aquele padre cretino ter sido expulso da Argentina por negar o fato. No cinema, Kate Winslet acaba de receber o Oscar de melhor atriz por viver uma mulher com passado nazista. Para quem não enjoou do tema, esse filme é uma opção de primeira classe.
O título original do drama, produzido na Alemanha mas dirigido por um americano, Robert Young, é “Eichmann”. E a tradução deixa claro por que o personagem principal, Adolph Eichmann, ficou tristemente famoso, e para a eternidade: foi ele quem teria inventado um jeito mais fácil e rápido de exterminar judeus. E sem gastar muito dinheiro e munição, colocando o gás zyclon B nos chuveiros do campo de concentração.
O roteiro mostra quando Eichmann (vivido por Thomas Kretschmann, um ator excelente) é capturado no recém criado estado de Israel para ser interrogado e confessar seus crimes. O encarregado é Avner Less (Troy Garity), mas ele enfrenta problemas por ser considerado brando demais. Vale a pena descobrir. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Procurando Amanda

Brittany Snow e Matthew Broderick: problemas de família
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Matthew Broderick fez sucesso nos anos 80, com sua carinha de menino, em vários filmes como “Feitiço de Áquila” e “Curtindo a Vida Adoidado.” Hoje quarentão, não anda numa fase profissional boa e é mais lembrado como o marido da Sarah Jessica Parker. Esta comédia (“Finding Amanda”, EUA, 2008), também não fez muito sucesso, mas não é de se jogar fora.
Broderick vive Taylor Peters, escritor de comédias para televisão, que está numa sinuca. Seus trabalhos entram em decadência e, além disso, ele está viciado em várias coisas, de álcool a jogo. Apesar disso, é convocado pela família a buscar em Las Vegas a jovem sobrinha Amanda (Brittany Snow) que, dizem, está se prostituindo.
Quando se encontram, a garota não parece ter vergonha do que faz, ao contrário, acha uma opção válida. A comédia tem boas cenas, mas talvez ficasse melhor se o roteiro explorasse mais a diferença de visão entre as gerações. É que o quarentão Taylor, por ser viciado em tanta coisa, não parece ser lá um exemplo de vida para a moça. (Ronaldo Victoria)

domingo, 1 de março de 2009

Felon

Val Kilmer interpreta matador experiente
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O título soa esquisito, mas ficou mantido no original em inglês, que significa algo como delinqüente, marginal. Nisso que é transformado um pacato trabalhador, Wade (Stephen Dorff) no filme escrito e dirigido por Ric Roman Waugh que tem ação empolgante do início ao fim. Algumas cenas podem ser violentas demais para os mais sensíveis, mas é boa opção para quem gosta de filme de cadeia, que já virou um subgênero.
Tudo acontece com Wade quando ele reage à invasão de sua casa, mata o ladrão na saída da casa, mas é condenado por que teoricamente o invasor não teria condições de se defender, o que caracteriza execução. Logo de cara o espectador esperto estranha tal rigor da lei, achando que pode haver uma história mal contada por trás.
E como tem! É o que Wade vai descobrir, a duras penas, no presídio, em que a força bruta fala mais alto e há gangues controlando tudo. Seu guia é o experiente matador John Smith (Val Kilmer, que já foi galã e está gordo e barbudo). E tudo é controlado pelo sádico carcereiro Jackson (Harold Perrineau, de “Lost”). Dificilmente você irá se aborrecer. (Ronaldo Victoria)