domingo, 7 de dezembro de 2008

Max Payne

O herói do videogame entra na telona sem passar vexame
Foto: Google Image
Se existe uma parceria que não deu ainda os resultados esperados é a do cinema com os videogames. Afinal, quase toda adaptação de jogos para as telas (será que Resident Evil foi exceção) virou uma tragédia. Os executivos de Hollywood com certeza estão quebrando a cabeça para resolver a parada, já que a indústria dos games rende muito mais do que a das telonas e envolve um público principal: o adolescente, aquele considerado também o que vai garantir o futuro do cinema.
Por isso que, já há duas semanas, ao ver a grande fila de gente jovem esperando no Cine Shopping para ver Max Payne, dirigido por Jack Moore, confesso que demorei a entender. Para mim, o nome não dizia nada, já que não curto videogame. Pois bem, a boa notícia é que para gente que não faz a menor idéia disso, a adaptação funciona.
Com direção mais adulta e experiente (Moore fez o remake de A Profecia) e um ator interessante (a cara quase sem expressão de Mark Wahlberg funciona a favor), o filme não vira uma orgia de sangue adolescente, como os que falharam. O roteiro fala sobre um policial que quer vingar a morte da família, e esse é o ponto básico de qualquer história do gênero. A partir daí se descobre uma conspiração para criar “máquinas mortíferas”, soldados programados para matar, ponto parecido com o da série de Jason Bourne. Enfim, não melhora a vida de ninguém, mas não aborrece. (Ronaldo Victoria)