domingo, 28 de dezembro de 2008

Grande Dave

Eddie Murphy: trapalhão intergalático
Foto: Google Image
Alguns críticos disseram que Eddie Murphy havia chegado ao fundo do poço em sua carreira com “Norbit” uma comédia de tão mau gosto que parecia ofensiva. Pois bem, se isso for verdade, “Grande Dave” (Meet Dave, EUA, 2008), dirigido por Brian Robbins, é um recomeço. Mas essa nova comédia definitivamente não faz com que a carreira do homem dê uma grande levantada.
Perto da anterior, até parece elegante, já que tem a preocupação de pelo menos contar uma história com algum conteúdo. O problema de alguns cômicos norte-americanos, e foi assim com Richard Pryor no passado e hoje também com Martin Lawrence, é se envolver com enredos populares demais (que atolam no popularesco) para agradar as massas. Ou seja, nivelar por baixo.
Desta vez, Murphy interpreta extraterrestres. O maior, o grande do título, é uma nave que tem sua cara e seu corpo. Dentro dele estão os ETs, que não são verdes ou com antenas, mas sim miniaturas dos humanos. A missão que recebem é instalar um equipamento para roubar a água dos nossos oceanos e garantir a sobrevivência em seu planeta.
As piadas são as esperadas, na linha do extraterrestre que tenta compreender os humanos. E a tal da mensagem, que é bom dar uma chance aos terráqueos, no fundo parece meio demagógica, já que durante todo o filme nós somos mostrados como um bando de patetas. (Ronaldo Victoria)