segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Um Amor para toda a Vida

Shirley MacLaine: mulher amarga
Foto: Google Image

Não é só o título brasileiro que arrumaram para o filme — no original é Closing the Ring — que cheira a antigo. Toda a produção parece meio defasada. Esse deve ter sido o principal fator para o fracasso de "Um Amor para Toda a Vida" nos cinemas. Em DVD talvez só tenha mais sorte com os românticos de carteirinha. É que o diretor, o inglês Richard Attenborough, o mesmo de "Gandhi" e "Chaplin", preferiu contar a história da forma mais acadêmica possível.
No começo da história vemos Shirley MacLaine na pele de Ethel Ann, uma velhota ranzinza (a atriz, aliás, parece ter se especializado neste tipo de personagem), no enterro do marido. A coroa não esconde de ninguém que não era o amor de sua vida e nem trata bem a filha que teve com ele, Marie, interpretada por Neve Campbell.
Esse já é um problema: fica difícil para o espectador se identificar com uma pessoa tão amarga que, 50 anos depois, ainda fica remoendo o passado e sem aceitar o que aconteceu. Depois, o filme tenta mostrar as razões de Ethel, mas as coisas não melhoram. Na juventude ela é vivida por Mischa Barton, a Marissa da série "The O.C.", cuja nudez em cena "bombou" no You Tube. Ela é amada por três rapazes que vão para a Segunda Guerra Mundial, mas só gosta de um deles. O problema é que ele morre em ação durante um bombardeio e durante esse tempo todo o avião em que estava e corpo nunca foram chamados. A história dela acaba se cruzando, por conta disso, com a de um rapaz chamado Jimmy, que encontra algo muito importante. O resultado final, se não empolga, ao menos não compromete. (Ronaldo Victoria)