quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Hellboy 2 - O Exército Dourado

Ron Perlmann em cena: capetão do bem

Crédito: Google Image
Imagine um super-herói enchendo a cara de cerveja ao lado de um amigo (que é um peixe!) e reclamando das mulheres ao som de "I Can’t Smile Without You", de Barry Manilow, uma das baladas mais bregas (e legais) da música pop.
Só essa cena de "Hellboy 2 - O Exército Dourado", em cartaz nos cinemas do Shopping Piracicaba, mostra que o filme tem uma grande qualidade: não se leva a sério. Esse tipo de visão funciona melhor em produções de super-herói, ao contrário de "Batman, o Cavaleiro das Trevas" que, apesar de tão elogiado pela crítica especializada, se acha tão sério, tão importante que fica tãoooo chatoooo!!!
A segunda aventura do Hellboy, ao contrário, não corre esse risco. Afinal, como levar a sério um herói que é filho de uma criatura demoníaca, tem dois chifres serrados na testa, um rabão vermelho e o braço direito deformado? O diretor, o mexicano Guillermo Del Toro, é o grande responsável pelo fato de o filme ser diversão garantida. Especialista em criaturas esquisitas — como provou no sensacional "O Labirinto do Fauno", seu filme anterior —, ele aproveita o orçamento generoso para deixar a tela animada.
A história — a vingança do príncipe Nuada contra os seres humanos — é mais um pretexto para as cenas de ação. O elenco também está ótimo: Ron Perlmann como o diabão e Selma Blair na pele de Liz, sua mulher que nos momentos de TPM pega fogo (literalmente). Motivo que leva o maridão (que ela chama de "Red") a encher a cara antes a mande "para o diabo que a carregue". Até porque, no caso, o diabo é ele. (Ronaldo Victoria)